terça-feira, 7 de abril de 2009

O Grêmio está virando freguês do Internacional…

…ou o julgamento está sendo injusto?

Quando do lançamento da tabela do Campeonato Gaúcho de 2009 a classificação do Grêmio para a Libertadores estava praticamente assegurada. E todos sabem, desde 1995 o Grêmio refere-se ao estadual como CAFEZINHO quando tem uma prioridade como a Copa Libertadores, uma forma educada de dizer que o que importa de fato é o torneio continental. Ou seja, era evidente que o Imortal Tricolor iria utilizar reservas durante a competição – e todos sabem, os reservas são reservas; eles são piores que os titulares. Jogam mal. Perdem pontos. Levam quatro gols do Caxias e três do Veranópolis,

Sendo assim, era evidente que o Grêmio não seria a equipe líder em pontos gerais do torneio. Fatalmente pontos seriam perdidos com o rodízio de atletas em prol da Libertadores. E é exatamente aí que quero chegar: o interessante desta GENIAL tabela proposta pela Federação Gaúcha de Futebol inspirada no Campeonato Carioca é o privilégio que ela concede para a equipe de melhor campanha – nas fases de mata-mata, o time de melhor retrospecto decide em casa. Natural que fosse assim. O time que teve melhor desempenho merece jogar em seus domínios a decisão da vaga. O que intriga é que a decisão se dá em PARTIDA ÚNICA nos domínios dos adversários.

No campeonato estadual carioca as tradicionais Taça Guanabara e Taça Rio seguem estes moldes e com relativo sucesso. O diferencial é que no Rio de Janeiro existe um estádio neutro para estas decisões, o Maracanã. O Flamengo enfrenta o Fluminense em jogo único também, assim como no Rio Grande do Sul neste ano… só que com estádio dividido entre as torcidas, mando de campo e renda para a equipe de melhor campanha e chances iguais de classificação.

Negar que uma decisão em jogo único na casa do adversário é um favorecimento absurdo significa desconhecer o futebol e o que cerca uma partida. Ainda mais quando se trata de um clássico Gre-Nal com duas apaixonadas torcidas e a visitante em número irrisório. E dos três clássicos disputados neste estadual o Grêmio jogou dois no estádio adversário e um como mandante, sendo que este – vejam só! – foi realizado…em campo neutro!

Ou seja, estas quatro derrotas consecutivas gremistas em clássicos não caracterizam o Grêmio como freguês do Internacional, eis que em todos os casos jogou longe de seu quintal. Claro, deve se acender um sinal de alerta: os gremistas esperam conseguir resultados positivos fora do Olímpico também. Uma análise mais verdadeira poderá ser feita no primeiro Gre-Nal do Brasileirão, que será disputado na casa gremista. O resultado desta partida irá nos dizer se o Grêmio realmente sofre dificuldades enfrentando o Internacional nos dias atuais. Até lá, qualquer julgamento de méritos é errôneo e completamente injusto.

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