terça-feira, 31 de março de 2009

Governo brasileiro surpreende e derruba impostos

Diante da indústria estagnada e do comércio morto, o Governo Brasileiro voltou a agir. Prorrogou o IPI reduzido para os automóveis e derrubou ainda taxações de outras mercadorias. Tudo para o mercado não perecer diante da falta de dinheiro na economia e para o brasileiro não ter seu cotidiano afetado negativamente.

Para compensar as perdas das tributações, o Governo decidiu por um aumento de 30% no preço dos cigarros. Confira a tabela das reduções abaixo:

Créditos para a tabela: FOLHA ONLINE

MATERIAL REDUÇÃO DO IPI
Cimentos aplicados na construção 4% para 0%
Tintas e vernizes dos tipos aplicado na construção 5% para 0%
Massa de vidraceiro 10% para 2%
Indutos utilizados em pintura 5% para 2%
Revestimentos não refratários do tipo dos utilizados em alvenaria 5% para 0%
Aditivos preparados para cimentos, argamassas ou concretos 10% para 5%
Argamassas e concretos para construção 5% para 0%
Banheiras, boxes para chuveiros, pias e lavatórios de plástico 5% para 0%
Assentos e tampas, de sanitários de plástico 5% para 0%
Caixas de descarga e artigos semelhantes para usos sanitários ou higiênicos, de plásticos 5% para 0%
Pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidês, sanitários, caixas de descarga, mictórios de porcelana 5% para 0%
Pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidês de cerâmica 5% para 0%
Grades e redes de aço, não revestidas, para estruturas ou obras de concreto armado ou argamassa armada 5% para 0%
Outras grades e redes de aço, não revestidas, para estruturas ou obras de concreto armado ou argamassa armada 5% para 0%
Pias e lavatórios, de aços inoxidáveis 5% para 0%
Outras fechaduras; ferrolhos 5% para 0%
Partes Cadeados, fechaduras e ferrolhos 5% para 0%
Dobradiças de qualquer tipo (incluídos os gonzos e as charneiras) 5% para 0%
Outras guarnições, ferragens e artigos semelhantes para construções 10% para 5%
Válvulas para escoamento 5% para 0%
Outros dispositivos dos tipos utilizados em banheiros ou cozinhas 5% para 0%
Disjuntores 15% para 10%
Chuveiro elétrico 5% para 0%

Coisa de gente branca e de olhos azuis

Uma peça especialmente valiosa para os estudantes de filologia germânica é o poema “Der Abschied”, ou “O Adeus”, de Peter-Johann Rottmann. Publicado em 1840, o poema fala da partida do imigrante alemão Hannes para o Brasil, deixando sua querida Lisekett desconsolada à sua espera na terra natal. A moça entra em desespero e avis ao moço que ele enfrentará todo tipo de adversidades, cobras , monstros terríveis e macacos. Hannes, por sua vez, fala das grandes chances que terá no imenso Brasil e promete voltar para sua amada com o dinheiro obtido no novo país.

Não sabemos se Hannes ganhou dinheiro no Brasil. Não sabemos se ele voltou a ver sua amada Lisekett – provavelmente nunca mais a viu. Embrenhado no interior dos Estados do Sul, ou nas serras do Sudeste, era grande a chance de ter sido vítima daqueles monstros terríveis, das cobras e dos macacos que tanto assustavam a sua namorada. Mesmo assim, centenas de milhares de pessoas como ele enfrentaram a fome, o frio, o calor, os monstros terríveis, as cobras e os macacos e, com rara força de vontade, fizeram mais do que deles se esperava: sobreviveram. Construíram cidadezinhas floridas e agradáveis no interior daquele imenso país, deram impulso à indústria e ao comércio e o seu idioma, o rude Hunsruckish, desprezado em sua Alemanha natal, continuaria a ser falado naquela longínqua e desconhecida terra por muitos dos melhores brasileiros que, desde então, carregaram consigo o mesmo sangue que o seu. O aventureiro Hannes e a sua querida Lisekett nunca poderiam imaginar que a saga da sua gente na nova terra seria tão produtiva e tão bela. Nunca poderiam imaginar que eram capazes de fazer algo tão grandioso. E nem poderiam imaginar que os descendentes de gente como eles, simples, trabalhadora e sonhadora, seriam acusados de serem responsáveis por uma crise que eles não criaram e que eles não entendem . E, vejam só, acusados por ninguém menos que o próprio presidente do país que os acolheu.

Três das responsáveis pela crise:


Fonte: www.santacatarinabrasil.com.br

Brian e Ronaldinho II

Em Brian e Ronaldinho tratamos sobre a matéria veiculada pela SporTV a respeito de Brian, um jovem fã de Ronaldinho e a carta que leu frente as câmeras da emissora. Hoje tivemos a notícia de que Luciano Calheiros conseguiu com que Brian tivesse acesso a Ronaldinho e entregasse sua carta. Brian ainda recebeu um presente de Dunga:dois ingressos para assistir ao jogo do Brasil. A Seleção iniciou os preparativos finais para a partida com um golaço.

Clique aqui

Brian e Ronaldinho

Emocionante a carta, dirigida a Ronaldinho Gaúcho, que foi lida pelo jovem Brian, na SporTV após o treino da Seleção no Beira- Rio. O jovem fã do jogador conclama seu ídolo a vencer as dificuldades que se apresentam em sua carreira e invoca seu exemplo de superação, eis que enfrenta as sequelas da doença chamada osteogênese imperfeita, que causa fragilidade extrema aos ossos.

O inteligente e articulado Brian, que também é fã de Tcheco, deixou um recado importante, de uma forma clara, limpa, sem exagero, ao qual tivemos chance de ouvir pela sensibilidade de Luciano Calheiros, da SporTV, que o levou ao conhecimento de todo Brasil. Esperamos que chegue aos ouvidos de Ronaldinho.

domingo, 29 de março de 2009

Seleção Brasileira dá show e arranca empate contra o Equador!

Que partida, meus amigos! Jogando contra a tradicionalíssima Seleção Equatoriana, o Brasil conseguiu arrancar a duras penas um empate importantíssimo nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. O futebol vistoso apresentado pelo escrete canarinho lembrou os áureos tempos de Pelé, de Gerson, de Rivelino, da Seleção de Telê Santana e também das épocas de Romário ou Ronaldo.

Esta atuação de alto nível só foi possível pelo empenho dos jogadores da Seleção. Após o hino nacional – que não foi cantado pela maior parte dos jogadores por eles saberem que não são grandes talentos do vocal e com isso desrespeitariam a Nação -, Felipe Melo gritava a plenos pulmões:

- A gente temos que honrar a camisa da Seleção!!!!

É verdade Felipe, a gente temos que honrar mesmo! E foste a prova viva disto: com desarmes fantásticos, armando jogadas geniais e brilhantes conclusões a gol, Felipe Melo mostrou que teria espaço na Seleção Mundial de todos os tempos. Claro, sejamos justos também: seu parceiro de volância Gilberto Silva não mostrou muito menos futebol. Com elevada capacidade de marcação demonstrada e sua liderança em campo, Gilberto contagiou a equipe que lutou o tempo inteiro durante os 95 minutos de partida.

Mas o verdadeiro destaque da partida foi o pequeno Ronaldo. Nascido em Porto Alegre, Ronaldinho provou que seu futebol alegre está definitivamente de volta. Participativo o tempo inteiro com passes precisos e finalizações geniais – e completamente em forma -, R.10 está credenciado a ser mais uma vez o melhor jogador do mundo FIFA. Justíssimo pelo que apresentou na partida de hoje. Foi substituído pelo sempre atento Dunga na metade do segundo tempo para lamentos da torcida nacional.

Como destaque negativo aponto o goleiro Júlio César. Destoou do restante da equipe que demonstrou amor a camisa o jogo inteiro. A defesa esteve brilhante e, apesar do goleiro, segurou o ímpeto andino.

Ao final da partida, eufórico pelo resultado histórico alcançado na tarde deste domingo, nosso poeta Felipe Melo foi aos microfones com enorme orgulho:

- Estamos satisfeitos porque sabemos que orgulhamos a torcida e honramos a camisa!

Mas a frase impactante ainda estava por vir. Felipe em seguida fez um alerta muito perspicaz aos torcedores que ainda estavam digerindo o resultado:

- É melhor empatar do que perder, né? E a gente empatamos hoje. Agora vamos pro Brasil buscar a vitória.

É de jogadores assim que o Brasil precisa e vamos com eles rumo a mais uma Copa! Com 200 milhões em ação, Dunga no coração e muita emoção! Pra frente, Brasil!

sábado, 28 de março de 2009

Alívio cômico da noite

Significado de algumas expressões:

Abismado – sujeito que caiu de um abismo.

Pressupor – colocar preço em alguma coisa.

Biscoito – fazer sexo duas vezes.

Missão – culto religioso com mais de três horas de duração.

Padrão – padre muito alto.

Esgrimista – Um cidadão que torcia para o Grêmio

Estouro – boi que sofreu operação de mudança de sexo.

Democracia – sistema de governo do inferno.

Barracão – proíbe a entrada de caninos.

Homossexual – sabão em pó para lavar as partes íntimas.

Ministério – aparelho de som de dimensões muito reduzidas.

Edifício – antônimo de “é fácil”.

Desviado – uma dezena de homossexuais.

Detergente – ato de prender seres humanos.

Armarinho – vento proveniente do mar.

Eficiência – estudo das propriedades da letra F.

Entreguei – estar cercado de homossexuais.

Conversão – papo prolongado.

Barganhar – receber um botequim de herança.

Fluxograma – direção em que cresce o capim.

Halogênio – forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes.

Unção – erro de concordância verbal. O certo seria “um é”.

Expedidor – mendigo que mudou de classe social.

Luz solar – sapato que emite luz por baixo.

Cleptomaníaco – mania por Eric Clapton.

Tripulante – especialista em salto triplo.

Viaduto – local por onde circulam homossexuais.

Contribuir – ir para algum lugar com vários índios.

Aspirado – carta de baralho completamente maluca.

Testículo – texto pequeno.

Coitado – pessoa vítima de coito.

Cerveja – é o sonho de toda revista.

Regime Militar – rotina de dieta e exercícios feitos pelo exército.

Bimestre – mestre em duas artes marciais.

Caçador – indivíduo que procura sentir dor.

Suburbano – habitante dos túneis do metrô.

Volátil – avisar ao tio que você vai lá.

Assaltante – um “A” que pula.

Determine – prender a namorada de Mickey Mouse.

Pornográfico – o mesmo que colocar no desenho.

Coordenada – que não tem cor.

Presidiário – aquele que é preso diariamente.

Ratificar – tornar-se um rato.

Violentamente – viu com lentidão.

Diabetes – as dançarinas do diabo

Fonte: fórum Uol Jogos

Escrito por FRules

A razão dos jogos de videogames serem mais caros que os de PC no Brasil

Evidentemente quem joga videogame já deve ter ficado intrigado com os valores praticados no ramo aqui no Brasil. Já estamos acostumados com consoles custando mais de r$2000, jogos com preços acima de r$ 300 e acessórios que passam de duas centenas de reais. Faz parte do nosso cotidiano assim como dos americanos: sempre que passamos por uma loja e observamos o produto que nos interessa, entramos para buscar informações. A diferença é que eles, os malditos imperialistas, saem com uma sacola nas mãos com a mercadoria e nós saímos com a frase “eu só vim olhar” machucando a cabeça de tanto que repetimos.

Os lojistas aproveitam-se que é um mercado de grande apelo? Pode até ser. Mas a verdade dos altos preços praticados no ramo de videogames brasileiro está na alta tributação praticada pelo governo. O videogame lançado oficialmente aqui já sai com 100% de impostos diretamente. O curioso é que 25% deste percentual coresponde ao II (Imposto de Importação), que é uma taxação de defesa do Governo Federal para proteger o mercado nacional. Seria extremamente válido caso…existisse um mercado nacional de videogames. A Tec Toy ainda lança oficialmente o Mega Drive e o Master System, que existem há mais de vinte anos. O atraso é latente.

Mais intrigante ainda: as máquinas de videopoker (aquelas que encontramos em botecos de qualidade duvidosa) tem taxação total de 40%! Sim, isto mesmo. Estas máquinas que se alimentam da ingenuidade e da total tolice humana recebem taxação inferior aos jogos de videogame, um entretenimento quase sempre inocente e, se bem dosado, saudável.

Ah sim, e a razão pela qual os jogos de PC entram no Brasil com preços acessíveis: eles são incluídos no benefício para programas de computador do Governo no plano de inclusão digital. Por esta razão que encontramos Pro Evolution Soccer de PC custando 99 reais e logo ao lado a versão de Xbox 360 pela bagatela de 249 reais.

Para quem quer se horrorizar ainda mais: o repórter Theo Azevedo fez uma excelente reportagem para o site UOL JOGOS que detalha ainda mais o assunto. Quem quiser acessar, basta clicar aqui.

Escrito por F Rules |

Hora do Planeta – É hoje! Vamos apagar as luzes!

O vereador de Porto Alegre, Beto Moesch, que tem um trabalho marcante em prol do meio ambiente nos enviou um lembrete para que participemos da Hora do Planeta,apagando as luzes hoje, das 20h30m às 21h30m.

Reproduzimos abaixo a conclamação que nos foi feita:

O movimento Hora do Planeta convida o mundo a apagar as luzes durante uma hora no sábado, dia 28 de março, das 20h30 às 21h30. A iniciativa, coordenada pela organização não-governamental (ONG) WWF, tem por objetivo mobilizar governos, empresas e população em um ato simbólico que demonstra a preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. Aproximadamente 1 bilhão de pessoas em mil cidades ao redor do mundo devem participar.

O ato também resultará em significativa economia de energia. Se um milhão de residências desligarem apenas uma lâmpada incandescente de 100 watts durante 60 minutos, a luz economizada seria suficiente para suprir as necessidades de energia de cerca de 136 mil apartamentos durante um mês inteiro.

PORTO ALEGRE – O primeiro país a ter suas lâmpadas apagadas será a Nova Zelândia, seguido por nações da Ásia, Europa, África e Américas. No Brasil, 55 cidades já aderiram ao movimento. No Rio Grande do Sul, participarão os municípios de Canela, Canoas, Dois Irmãos, Pedro Osório, Porto Alegre e Taquara.

Na capital gaúcha, a prefeitura irá suspender a iluminação no Largo dos Açorianos, praças da Matriz e da Alfândega, Viaduto Otávio Rocha, Monumento ao Expedicionário, Fonte Talavera, Três Guerreiros Vigilantes, no Parcão, estátuas do Laçador e de Bento Gonçalves e Praça da Alfândega.

HISTÓRIA – O movimento iniciou em 2007, em Sydney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e 2.100 empresas resolveram chamar atenção para o aquecimento global apagando suas luzes. O feito gerou uma redução de 10,2% no gasto energético da cidade. Se tivesse sido repetido todos os dias, num período de um ano, a redução de CO2 na Terra equivaleria a 48.616 carros fora de circulação. Em 2008, o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente, apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco, e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

Site oficial: Hora do Planeta


quarta-feira, 25 de março de 2009

Artigo de Barack Obama no “Times”, de Londres

Neste dia 25 o presidente dos EUA, Barack Obama, publicou no Times, de Londres, um artigo intitulado “We are ready do lead. Are you ready to join us” (Nós estamos prontos para liderar. Você está pronto para juntar-se a nós?).

A seguir, traduzimos alguns trechos:

“Minha mensagem é clara: os Estados Unidos estão prontos para liderar e convocamos nossos parceiros a juntarem-se a nós, munidos de senso de urgência e propósitos comuns. O trabalho está sendo muito bem feito, mas ainda resta muito por fazer. Nossa liderança é baseada numa simples premissa: a de que vamos agir com coragem para tirar a economia americana da crise e reformar o nosso sistema regulatório, e estas ações serão fortalecidas por outras ações complementares. Através do nosso exemplo, os Estados Unidos podem promover uma recuperação global e trazer confiança ao resto do mundo; e se a cúpula puder ajudar a incentivar uma ação coletiva, podemos forjar uma recuperação segura e crises futuras poderão ser evitadas.”

A seguir, o presidente estabelece três passos para combater a crise.

1- Ações rápidas para estimular o crescimento;

2- Restaurar o crédito do qual dependem consumidores e empresários;

3- Ajudar países e povos mais suscetíveis à crise.

Não fica nisso, porém, o recado do presidente americano:

“Se é verdade que estas ações podem ajudar a nos tirar da crise, nós não podemos deixar espaço para um retorno ao status quo. Devemos pôr um fim à especulação desenfreada e aos gastos acima das nossas possibilidade; pôr um fim ao mau uso do crédito, aos bancos superavaliados e à ausência de regulação que nos condenam a bolhas que inevitavelmente explodem. Somente a ação coordenada pode prevenir a irresponsável atitude arriscada que causou esta crise. É por isso que eu me comprometo a aproveitar a oportunidade de pôr em marcha reformas estruturais profundas no nosso sistema de regulação da economia.

Obama está colocando as asas esquerdistas de fora? Está lançando as bases de um socialismo moreno versão ianque? Nem tanto. Está apenas repetindo o que praticamente todos os analistas econômicos do mundo estão dizendo: que o mercado tem de ser regulado, que não podemos deixar o lobo do capitalismo à solta na rua e que a crise só terá fim após o esforço conjunto de todos. Nenhuma novidade, mas é algo que, saído da sua boca, agrada tanto aos esquerdistas, que adoram ouvir falar em intervenção estatal, e aos direitistas, que respiram aliviados ao saber que Obama não diz nada que um Alan Greenspan já não tenha dito.

Ao mesmo tempo, com este discurso convocatório ao melhor estilo “sigam-me os bons”, Obama apresenta-se como o grande timoneiro da retomada econômica global e convoca a todos para caminhar ao seu lado, de braços dados, em direção a um futuro brilhante onde os EUA não são arrogantes nem imperialistas, mas apenas bons companheiros, líderes por vocação e não por imposição forçada. Uma bela imagem, sem dúvida. E ainda mais bonita para os EUA, que alcançam uma popularidade no mundo como raras vezes alcançou em sua história através do método exposto por este artigo e conhecido há milênios: dizer o trivial na hora certa.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

terça-feira, 24 de março de 2009

Vá assistir TV, Dunga!

Mas nada, nada é pior do que o sujeito que avalia o time/jogador sem conhecê-lo.

- Não joga nada esse Evra!!

- Como não, Joquinha? Melhor lateral-esquerdo do campeonato inglês…

- Ahn, bem, no meu Winning Eleven a stamina dele é baixa!

Claro, depois de uma colocação destas costumamos conversar com o Joquinha apenas sobre a previsão do tempo ou sobre fofocas, mas o melhor é ignorá-lo para todo o sempre – uma pessoa dessas não merece nossa consideração.

Pois bem. Em busca de informações sobre nossa tão amada seleção, leio em ZERO HORA notícia sobre o técnico e eterno capitão do Tetra, Dunga:

“Dunga também revelou a maneira como se informa a respeito dos jogadores a fim de convocá-los. Além das notícias que lê na imprensa mundial e dos contatos com técnicos de clubes, Dunga consulta um site alemão especializado em futebol. O técnico digita o nome do jogador pelo qual está interessado e o site fornece todas as informações sobre o atleta como está atuando, em que posição, etc.”

E não é que Dunga faz exatamente a mesma coisa que meu amigo Joquinha? É até pior! O Joquinha consulta cada um dos atributos do jogador, desde a capacidade de impulsão até sua aceleração. Dunga lê notinhas em um site alemão! É por isso que ele não convoca nenhum jogador que atua no Brasil: o site não deve ter informações precisas sobre o Campeonato Brasileiro!

Vá assistir ESPN, Dunga! Acesse o Youtube com os melhores momentos das partidas! Pergunte até para o Joquinha! Mas não convoque a Seleção Brasileira tendo como base um site alemão!

Todo brasileiro, sem exceção, gosta de discutir sobre futebol. Até os que não gostam: eles na verdade só gostam um pouco menos. É legal conversar sobre futebol. Claro, as vezes ouvimos algumas barbaridades. “Esse Buffon não joga nada”; “Cristiano Ronaldo é pura mídia”; “O maior clube da Inglaterra é o Chelsea”. Essas coisas absurdas nos machucam, nós que admiramos o futebol. Mas ouvimos e, complacentes, fazemos ‘ouvido grosso’ e mudamos de assunto.

Escrito por F Rules

segunda-feira, 23 de março de 2009

FIA recua e joga para 2010 as mudanças na F-1

Uma vitória da sociedade! A FIA recuou da ridícula mudança nas regras da Fórmula Um (clique aqui quem desconhece a polêmica) e jogou para 2010 a modificação. Claro, o ideal era tacar fogo para todo o sempre nesta idéia e talvez em quem a sugeriu, mas ao menos é motivo de alegria saber que o Campeonato de 2009 foi salvo!

Para quem não sabe a razão desta idéia ser ridícula, explico. A F-1 historicamente definiu seu campeão pelo número de pontos. Assim sendo, privilegia quem faz um campeonato mais regular e de pontuação constante. Destina pontos do primeiro até o oitavo colocado, fazendo com que o Grande Prêmio jamais se torne enfadonho: se a disputa pelo primeiro lugar ou até mesmo pelo pódio já está definida, sempre há algum piloto fazendo “das tripas coração” por uma colocação melhor. O novo modelo proposto acabaria com a atual e tão bem sucedida fórmula: fazendo com que o campeão seja decidido pelo número de vitórias, tanto fará para o piloto que estiver em sexto lugar na metade da corrida almejar alcançar seus próximos adversários! Será completamente irrelevante para ele terminar em segundo ou em vigésimo com problemas de freio.

Outro aspecto negativo: se um piloto vence uma corrida e quebra em todas as outras, fica em vantagem na tabela de classificação de um competidor que terminar todas as corridas em segundo lugar. Ou seja, regularidade já não importa mais. O que interesse é apenas e tão somente a vitória em um Grande Prêmio disputado por 20 carros.

Empurrar para 2010 as mudanças não é o ideal, evidentemente. Mas pelo menos os amantes deste esporte ganham mais uma temporada da verdadeira Fórmula 1 – e um ano inteiro para que a proposta seja esquecida.

A crise ao redor do mundo

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

Nicole Ritchie tentando ser Lady Gaga

nicolepoker

Será que Nicole Ritchie está tentando concorrer com a nova diva pop Lady Gaga, fazendo sua melhor “Poker Face”??

gaga

Escrito por Miss Lou Lou

domingo, 22 de março de 2009

Como uma canção para dormir

O evento realizado neste domingo no Complexo Esportivo da Ulbra foi de grande serventia para a sociedade gaúcha. Em um domingo quente e não muito agradável, Ulbra (Canoas para a RBS) e Grêmio se enfrentaram com um objetivo em comum: colocar para dormir todos aqueles que ousaram assistir a partida válida pelo Campeonato Gaúcho de 2009. Celso Roth fez sua parte escalando Ortemán e Reinaldo no primeiro tempo, jogadores de tão grande nível que caso o Grêmio os oferecesse ao poderoso Esperança de Nova Santa Rita, seriam recusados.

Jogando no ritmo de uma Motorella, o Grêmio largou atrás no placar logo a um minuto de jogo quando Tatá aproveitou o passe de Lê (que jogadores!) e saiu pro abraço. As criativas jogadas de Ortemán e a eficiência de Reinaldo colaboraram para que o tricolor saísse de campo no primeiro tempo com um zero bem redondo no escore e nas estatísticas.

Douglas Costa e Maxi Lopez voltaram no segundo tempo nos lugares de Ortemán (thanks Jesus) e Reinaldo (double thanks!). E não é que o time melhorou quando o Grêmio passou a jogar com mais dois jogadores? Douglas mostrou que merece ser melhor aproveitado e Maxi demonstrou inteligência e alguma habilidade. Evidentemente Celsão continuará a não escalá-los, mas pelo menos podemos aumentar suas notas no Winning Eleven!

Nesta segunda o Grêmio embarca para a Bolívia. Enfrenta o Aurora na quarta-feira, lanterna do grupo com zero pontos e zero futebol até o momento. Os resultados dos adversários não permitem ao Grêmio o luxo de voltar sem a vitória. Que a sorte esteja com o Grêmio desta vez.


Escrito por F Rules

sábado, 21 de março de 2009

Uma biblioteca no lugar de um boteco

Neste sábado pela manhã fomos ao parque Getúlio Vargas em Canoas/RS conferir o Prefeitura na Rua, programa promovido pela administração municipal com a presença do prefeito, vice-prefeita e secretários nos bairros da cidade. O programa tem o objetivo de ouvir as reivindicações da população transmitidas diretamente aos setores responsáveis. A iniciativa de ir ao encontro da população nos pareceu extremamente interessante, pois nada como ver e ouvir para realmente sentir as necessidades da comunidade. Assim, esperavamos um evento positivo, sinalizador de mudança de postura no trato com a população.

Não estávamos preparados, no entanto, para a agradável surpresa que nos esperava já na entrada do parque. Ao lado do prédio do SEMPA existia um local destinado venda de bebidas, na verdade um boteco, que ultimamente sequer aberto estava. Um lugar feio e nada edificante, chegando a ser ofensivo face a beleza do espaço onde estava localizado, em meio aoverde do parque. Pois bem, o antigo bar virou uma mini biblioteca. A BiblioParque foi inaugurada hoje, com a presença do prefeito Jairo Jorge. Não deixa de ser sintomático: onde antes havia um boteco, com tudo o que um boteco traz, abriu-se uma biblioteca, com tudo o que de positivo, iluminador e semeador ela traz.

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Estantes com bons exemplares que tem capacidade de atender ao gosto literário de um público diversificado.

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Os artesãos locais também participam do Prefeitura na Rua, expondo seus trabalhos. Existe um movimento propondo um feira livre nos moldes do Brique da Redenção. Idéia excelente.

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Com relação ao Prefeitura na Rua ficamos satisfeitos com a forma como os cidadãos são atendidos. Sob um toldo e suportando estoicamente um calor de muitos graus, o prefeito Jairo Jorge e a vice Bete Colombo atendiam com muita solicitude aos canoenses. Ao lado, representantes das secretarias municipais também solicitamente ouviam e anotavam as postulações para encaminhamento.Percebe-se muita vontade de acertar no encaminhamento de solução para os problemas de Canoas e isso já representa muito face ao que observamos nos últimos anos na cidade.

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Bete Colombo e Jairo Jorge atendem aos canoenses

Escrito por Madame Lili

sexta-feira, 20 de março de 2009

Villa Mimosa- liminar reacende esperança

Recebemos a notícia, através do jornal O Timoneiro, de que o juiz Fábio Koff Júnior da 1ª Vara Cível da Comarca de Canoas concedeu liminar em Ação Popular promovida por João César contra o município de Canoas e Goldsztein Cyrella.

O procedimento judicial, que tem como advogados Jorge Feres Uequed e Paulo Eduardo César e teve como motivação a inconformidade diante da ameaça ao patrimônio histórico/cultural e ambiental representado pela Villa Mimosa, pedia a concessão da medida liminar com fim de suspender a decisão administrativa que concedeu a licença prévia à construtora, a suspensão do ato que licenciou o projeto arquitetônico e de construção e a indisponibilidade das matrículas referidas, até julgamento final.

Abaixo a liminar concedida que nos renova a esperança de que a Cidade dos Tocos deixe de ser uma realidade. Basta vontade e mobilização.

Ao clicar no link da foto a imagem irá se sobrepor ao site. Para voltar ao normal, clique na seta “voltar” de seu navegador.


Escrito por blogperspectiva

quinta-feira, 19 de março de 2009

Grêmio 6 x 1 São José

Victor – Pouco trabalhou

Léo – Só jogou o primeiro tempo, mas foi o suficiente. Marcou gol e fez uma boa partida

Réver – Foi expulso – talvez propositalmente, já que iria cumprir suspensão -, mas seu futebol foi bom

Rafael Marques – Pouco apareceu

Ruy – Boa partida, porém deve-se lembrar que não precisou defender – O Zequinha não exigiu em nada da defesa gremista

Adilson – Apareceu bem no jogo, conduzindo jogadas

Tcheco – Fez um GOLAZZO, acertou passes e lançamentos e foi “agudo”. Precisa jogar assim …sempre.

Souza – Excelente. Participativo, foi o melhor em campo do Grêmio

Fábio Santos – Pelas mesmas razões de Ruy teve seu trabalho facilitado. De qualquer forma, agradou. Bons cruzamentos

Jonas – Parecia que ia entrar em uma nova jornada de gols perdidos…mas desencantou novamente. Fez dois gols e tirou o “carrego” que lhe atrapalhava

Alex Mineiro – Acertou passes, mas é pouco para quem é titular absoluto. Deve ser repensado

Herrera – Entrou no lugar de Jonas no intervalo e apesar de não marcar gols, agradou. Lutou demais e mostrou que “veste a camisa”

Thiego – Não trabalhou nos 45 minutos em que jogou

Maxi Lopez – Escalado pela torcida, Maxi até que não foi mal. Se apresentou pro jogo, buscou tabelar e abrir jogadas e, em lance de centroavante, fez um gol no rebote do goleiro. Estréia mais que positiva

Escrito por F Rules

Chávez, paladino da moral

“Hugo Chávez proíbe mostra sobre corpo humano na Venezuela
Presidente classificou a exposição de “macabra””

Notícia original aqui

Se me convidassem para assistir à mostra Corpo Humano Real e Fascinante, apresentada no BarraShopping Sul desde semana passada, aqui em Porto Alegre, eu certamente não iria. Não tenho prazer especial algum em ver músculos, ossos e crânios expostos como se fossem bananas na feira da esquina. Também não consigo ver beleza nesse tipo de coisa e não creio que, sabendo da existência desta mostra, fosse indicá-la a algum amigo.

O senhor Hugo Chávez concorda comigo. Não gosta desta mostra. Acha-a feia, como eu. Não quer que seus filhos a assistam, como eu não iria querer se tivesse filhos. Não pretende indicá-la à vizinha, aos amigos no bar, ao primo com quem joga Winning Eleven, ao senhor idoso com que engata conversa no metrô. E nem eu. Aliás, só estou fazendo propaganda do evento por causa do caso envolvendo o presidente venezuelano. Não gosto deste evento. Posso dizer, até, que sinto um pouco de raiva dele, uma pontinha de ódio, um ódio irracional e baixo. OK, não sinto nada disso, mas poderia sentir. Sem problema algum. E o senhor Chávez também pode sentir a mesma coisa que eu.

A questão é que o senhor Chávez não se limitou a gostar ou desgostar da exposição Corpos Revelados (foi esse o título que recebeu na Venezuela) e do seu impacto diante do público. Foi além: resolveu decidir pelos venezuelanos e proibiu o evento com o seguinte argumento:

— Estamos em meio a algo macabro. São corpos humanos. Corpos humanos! Este é um sinal realmente claro da enorme decomposição moral que atinge nosso planeta

“Decomposição moral” e termos assemelhados são expressões típicas de sacerdotes diante da derrocada dos valores tradicionais no mundo contemporâneo. Lamentar pelo fim dos valores é apanágio daqueles que defendem a existência atemporal destes valores e não os sujeitam a meras contingências de tempo e espaço. Porém, como pode alguém como Chávez falar sobre moral se o seu herói, Karl Marx, dá a seguinte definição de moral:

“É a impotência posta em acção. Todas as vezes que luta contra um vício é vencida. E Rodolfo nem sequer se eleva ao ponto de vista da moral independente, que, ela pelo menos, assenta na consciência da dignidade. A sua moral, pelo contrário, assenta na consciência da fraqueza humana. É a moral teológica. As proezas que realiza com as suas ideias fixas, cristãs, com as quais mede o mundo, a caridade, a dedicação, a abnegação, o arrependimento, os bons e os maus, a recompensa e a punição, os castigos terríveis, o isolamento, a salvação da alma, analisamo-las pormenorizadamente e desmascaramo-las como farsas.”

Para Marx, a moral era uma farsa a ser desmascarada. Mesmo assim, para marxistas como o sr. Chávez é preciso defendê-la a todo custo em um mundo que já não a respeita. Ora, talvez seja porque a moral de Chávez, assim como o seu discurso, não passe mesmo de uma farsa.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

segunda-feira, 16 de março de 2009

Richard Dawkins é tema de palestra na PUCRS

O projeto Fé e Cultura reinicia nesta terça-feira, 17 de março, com a palestra “Richard Dawkins: a desafiante negação de Deus em O Delírio de Deus. Temos respostas?”. Participam os professores Jorge Campos, da Faculdade de Letras, e Érico Hammes, da Faculdade de Teologia. O evento ocorre a partir das 17h45min, no auditório do prédio 9, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A entrada é franca. Informações adicionais pelo e-mail feecultura@pucrs.br

Escrito por Madame Lili

sábado, 14 de março de 2009

Villa Mimosa – a resistência começou

Na manhã deste sábado, 14 de março de 2009, dezenas de pessoas que acreditam que nossa presença no mundo deve servir para melhorá-lo participaram de manifestação na frente da Villa Mimosa (Canoas/RS), como forma de pressão para que o poder público intervenha a fim de evitar corte das árvores que circundam o imóvel.

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Os manifestantes estão bastante motivados na luta pela preservação da Villa ( prédio e árvores).

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O advogado e ex-deputado federal, Jorge Uequed conclamou a participação dos canoenses na defesa do patrimônio cultural e ambiental que é a Villa Mimosa. Destacou que, sem empreendimentos, a economia do país soçobra, mas que, por outro lado, sem o ar nós morremos. Então há que se respeitar o investimento feito pelos empresários no local, mas o bem maior, que são as condições de vida no planeta, deve prevalecer. Alertou para o fato de que alguns vêem a cidade apenas como lugar para usufruirem vantagens e depois irem embora, ao passo que aqueles que escolheram Canoas como sua casa devem lutar para que ela apresente condições satisfatórias para as futuras gerações.

Destacou que as manifestações públicas são uma das formas de lutar, mas não descartou o uso de outros recursos, como medidas judiciais visando impedir o corte das árvores centenárias .

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Uequed conclamando a participação dos canoenses. Em primeiro plano, Miss LouLou.

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O pesquisador, historiador e cineasta Antonio Jesus Pfeil, ladeado pelo vereador Ivo Fiorotti e Celso Augusto Uequed Pitol,um dos representantes do blog Perspectiva no evento. Ao lado, Fernando Ludwig Valdez e o radialista Francisco Stabile.

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O vereador Ivo Fiorotti(PT) comunicou que está levando ao legislativo canoense as reivindicações da comunidade em relação à Villa Mimosa

Lembrou que, quando da emancipação em 1939, a cidade tinha mais de 500 bosques como a Villa.

Um fato que chamou atenção foi a presença de dois vigilantes postados na entrada do prédio, pela singela razão de normalmente ali não estão, sendo que moradores de rua dormem no local. Mas, neste sábado a segurança era exemplar, talvez por suposta ameaça representada pelos manifestantes, interessados em preservar a Villa.

Ao final, foi entoado o hino da cidade e realizado o abraço simbólico à Villa.

Na próxima quarta-feira , às 11 horas, crianças abraçarão a Villa, integrando-se à luta em defesa de uma cidade com melhores condições ambientais para viverem seu futuro.

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Os manifestantes dando-se as mãos em defesa do bosque ameaçado que aparece ao fundo

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Escrito por blogperspectiva

sexta-feira, 13 de março de 2009

Tcheco responde na globo.com

Pra quem não foi formado no clube até que o capitão sabe bastante da história do Grêmio.

Clique aqui e veja o vídeo.

Escrito por Madame Lili

quinta-feira, 12 de março de 2009

Mobilização pela Villa Mimosa- Canoas/RS

A cidade de Canoas/RS está sendo palco de mobilizaçao em torno de um patrimônio histórico e ambiental ameaçado pela especulação imobiliária desenfreada.

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A Vila Mimosa , em frente da qual haverá manifestação no sábado às 11 horas, é tema de edição especial do jornal local O Timoneiro, onde diversos canoenses , das mais diversas atividades, expressam sua visão sobre a situação da Villa.

Abaixo reproduzimos o editorial desta edição do jornal, por concordarmos com o posicionamento ali expresso:

A campanha promovida por setores da sociedade canoense em defesa da manutenção e conservação dos aspectos históricos do prédio e das árvores, algumas centenárias, entre as quase 400 existentes, demonstram o pleno exercício da cidadania.
A defesa da qualidade de vida de uma cidade é direito inalienável da população.
O movimento apresenta-se a favor da vida e não contra as atividades empresariais. Todos querem o desenvolvimento, mas não podemos pagá-lo liquidando este maravilhoso e insubstituível pulmão verde.
Canoas é uma das cidades com menor número de área verde no Rio Grande do Sul. A “floresta” da Villa Mimosa, com mais de seis mil metros quadrados, não pode ser derrubada sob qualquer pretexto.
É única.
A defesa do interesse público e da preservação do futuro da qualidade de vida dos canoenses animou a campanha, e nós do O Timoneiro estamos engajados nela.
E para tornar bem clara nossa posição, estamos editando essa edição extra de nosso semanário, que já circula há 43 anos,. A maioria das árvores da Villa Mimosa é mais velha do que nós.
Respeitamos os argumentos empresariais e monetários dos defensores da ideia da derrubada da mata para o crescimento de prédios, mas não o consideramos de boa valia para nós, que vivemos em Canoas. Transformar a
cidade em uma selva de pedras, não é bom para quem aqui mora, talvez para quem esteja de passagem, seja indiferente ou motivo de obter rendimentos financeiros.
A campanha não é contra ninguém e os vereadores Ivo Fiorotti(PT) e Juarez Hoy (PDT) apresentaram projeto de lei, à Câmara Municipal, autorizando o prefeito a desapropriar a área e, consequentemente, indenizando a empresa nos termos da lei. Se aprovado o projeto aliado à ampla mobilização da sociedade canoense estará o chefe do Executivo apoiado pela vontade popular para atender a postulação.
Todos sabem da dificuldade da tarefa, alguns dizem que deveria ter sido feita antes, mas ninguém lhe tira o mérito. Se antes não ocorreu foi por culpa de todos nós, uns por falta de mobilização, outros porque não tiveram visão do grave momento em que o clima do planeta vive com a destruição de matas e até pessoas que tinham interesses comerciais e financeiros. Mas não adianta atirar pedra no passado. É preciso fazer a defesa agora, urgentemente,arcando todos com as responsabilidades. Nós, canoenses, vamos ter que pagar por isso, em dinheiro, hoje, para que nossos filhos e netos não tenham que pagar, com a vida, no futuro.


Vamos todos à luta, com abaixo-assinado, palestras, e-mails, telefonemas e mobilização, apoiando esse grupo de canoenses que iniciou a tarefa e dando-lhes sustentação nos lares, nas escolas, nas entidades e especialmente com a grande mobilização dos estudantes canoenses pela preservação do seu futuro.

Como participar

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Escrito por blogperspectiva

quarta-feira, 11 de março de 2009

Inter 7 x 0 Brasil – Vale o que está na regra

Quando um lutador de boxe resolve competir ele é obrigado a assinar um termo de compromisso cujo conteúdo, em poucas palavras, diz o seguinte: eu sei no que estou me metendo, o negócio é violento mesmo e, caso as pancadas desferidas pelo meu adversário destruam a minha caixa craniana ou até mesmo me matem, a culpa é minha e só minha. Mesmo que eu esteja com o rosto demolido, o cérebro mortalmente comprometido, o olho vazado, a vida destruída, meu adversário está legalmente autorizado a continuar a encher meu rosto de porradas a fim de que eu caia, desmaie e não mais levante. Dele não espero cuidado nem respeito pela minha integridade física. A organização do evento que resultou em minha morte não promove a violência e o assassinato.Meu adversário responsável pela minha morte não é homicida.Ponto final.

O Brasil de Pelotas jogou hoje com o Internacional e perdeu por sete a zero. Sim, leitor, você leu bem: sete a zero. Nem três, nem quatro, nem cinco: setes impiedosos gols entraram na baliza defendida por Luis Carlos esta noite de 10 de março de 2009, no Estádio Bento Freitas, em Pelotas. Um gol a cada onze minutos, mais ou menos. Na casa do Brasil. Diante de milhares de ensandecidos xavantes, as gargantas mais potentes de todo o interior gaúcho, capazes de multiplicar seus gritos por cem e fazer até mesmo os clubes tradicionais, acostumados a jogar perante multidões, tremerem nas bases. Pois nada disso aconteceu. O Inter esmagou por sete a zero e está acabada a conversa.

Assim como o boxeador, o Brasil entrou na luta porque quis. Assinou o termo de compromisso mesmo após ter sofrido o lamentável acidente que todos conhecemos, mesmo após ter perdido o seu principal jogador e mesmo após saber que, devido ao calendário, teria de jogar de dois em dois dias. O Brasil entrou nessa batalha esperando que o óbvio não acontecesse, mas sabendo muito bem o que de fato iria acontecer. Logo, quando o óbvio acontece, não se pode culpar a ninguém a não ser ele mesmo. Não podemos exigir do Internacional, que anotou sete gols com a precisão e a frieza de um inquisidor diante de um infiel, que tenha qualquer resquício de magnanimidade para com o adversário visivelmente mais fraco . Não podemos exigir que o técnico Tite escalasse reservas para a partida, afinal, o jogo vale campeonato e é preciso vencer. Não podemos querer que os jogadores do Internacional, prevendo a impressionante humilhação a que o Brasil, jogando em circunstâncias especialíssimas – talvez mesmo inéditas – seria submetido,diminuíssem um pouco o ritmo veloz a que, bem treinados, descansados e emocionalmente tranquilos, estão acostumados a impor. Não podemos exigir, em suma, uma atitude semelhante à do sultão árabe Saladino, que enviava seus melhores médicos e mantimentos para os inimigos sobreviventes nas batalhas. Saladino viveu e morreu há quase mil anos e esse tipo de coisa seria hoje encarada como sentimentalismo patético, como falta de espírito competitivo, como falta até de respeito. Não é obrigação de ninguém agir, numa situação semelhante a essa, com magnanimidade ou grandeza de espírito, magnanimidade que é expressa justamente na hora da competição e não na dos discursos oficiais, dos tapinhas nas costas e dos olhares compungidos diante da desgraça alheia. E é justamente porque não se pode esperar algo assim é que estes atos são tão valorizados e tão nobres, e aqueles que o praticam entram para a História como exemplos maiores de virtude.

O Sport Clube Internacional aplicou uma goleada de sete a zero sobre o Brasil de Pelotas com toda a justiça do mundo. Vale o que está na regra e não vale questionar a sua atitude, como já o dissemos repetidas vezes acima. Mas vale perguntar: este agir contribui em alguma coisa para a grandeza do clube da Beira-Rio?

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

*Brasil 0 x 7 Inter, realmente vale o que está na regra: considerações sobre “o coitadismo”

*Eugenio Brauner

Fui motivado a escrever depois de tudo que li e ouvi hoje a respeito dos 7 a 0 do Inter sobre os xavantes. Aliás, ontem tive a experiência de assistir ao jogo ao lado do meu pai, o maior xavante da “minha” paróquia.

Muitos daqueles que estão escrevendo e falando hoje não sabem o que é ser xavante, nem o que é conviver diariamente com eles e com toda a passionalidade contida nos seus corações.

Esse papo de que o Inter não deveria ter feito isso ou aquilo é discurso daqueles que não respeitam a história de um clube quase centenário e primeiro campeão gaúcho (um brinde para aqueles que não sabem disso ou, creio eu, fingem esquecer).

O Brasil, hoje, tem a terceira maior venda de pay-per-view no Estado, é o clube do interior com o maior número de sócios – aliás, o meu pai tem o nome gravado na calçada do torcedor, defronte ao Bento Freitas, coisa que muitos nem sabem que existe – e que no seu passado tem feitos como, por exemplo, a eliminação do Flamengo (de Zico, Mozer e Cia.) no Brasileiro de 1985 – por favor, contextualizem isso para uma equipe do final do País.

Acho que o Inter deveria ter parado nos três. Aliás, acho que o Inter deveria ter feito um gol-contra de propósito. Melhor ainda, o Inter deveria ter feito um cai-cai em campo e abandonado a partida. Ou melhor, o Inter deveria ter se perdido no caminho e parado lá no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, e ter perdido por WO.

As pessoas deveriam respeitar o Brasil e não ter dó, pena ou qualquer sentimentozinho mais “ridículozinho”. Aliás, muitos do que estão falando isso hoje são apenas uns aproveitadores, populistas fajutos que jogam para a grande massa, pois no momento da porca torcer o rabo, ou seja, na hora de arregaçar as mangas, “deram um pinote”. E eu sei bem do que estou falando.

O acidente ocorrido em março é só mais uma pedra na história desse clube, assim como tiveram tantas outras, como, por exemplo, quando o Brasil quase foi despejado do seu estádio. Pedras que foram retiradsas do caminho e aqui está hoje o Brasil, com o seu maior patrimônio ao lado, a torcida.

Não é por isso que o xavante vai acabar, um acidente ou uma ação de despejo. O que falar, então, de uma goleada?

Não é uma goleada do Inter ou do Grêmio ou Ulbra que irá acabar com um sentimento pulsante, que trepida ao som da Garra, àquele tum-tum ritmado na arquibancada, seguido pelo “êêêhhh” da galera no início de cada jogo – e que embalou a minha infância nos estádios e no futebol de botão.

“ÊÊÊÊÊÊ se fudemo”, cantaram ontem os xavantes, da mesma forma que cantaram em todos os jogos em que foram derrotados desde sempre.

E respondendo a perguntinha do amigo Celso, grande Celso, não é um 7 a 0 que irá engrandecer o clube do Beira-Rio, pode ter certeza. Mas o respeito com que o Inter tratou o xavante dentro das quatro linhas. Ninguém fez embaixadinhas à Paulo Nunes ou passou o pezinho por cima da bola, ninguém debochou da torcida e coisa e tal, ninguém tripudiou ou provocou o adversário.

Acho que o Inter deveria ser eliminado do campeonato. Tsc, tsc. “Coisa mais feia, chutar cachorro morto” ou “o Brasil entrou nessa batalha esperando que o óbvio não acontecesse, mas sabendo muito bem o que de fato iria acontecer”. O Brasil não cachorro morto e, muito menos, o Brasil não entrou em campo esperando que o óbvio acontecesse, aliás, o meu pai disse que iria fazer o “crime” ontem.

Mas fazer o quê? O Inter é muito “malvado”, aliás, isso me lembra o velho papinho “do co-irmão pobre” que tanto falam na Azenha.

Aliás, não tenham pena do Brasil. Até mesmo, porque hoje, em Pelotas, ninguém está falando que o Inter não deveria ter feito o que fez, ninguém está com a síndrome do coitadismo. Não. Os xavantes já estão preparando a invasão a Bento Gonçalves. Até mesmo, porque o sentimento não acaba e o meu pai, rubro-negro inveterado, assina em baixo.

* Eugenio Brauner, conhecido como “Eugenio, o Impiedoso” é escritor , professor de literatura, colorado e só joga Winning Eleven no modo “very easy”.

Escrito por blogperspectiva

segunda-feira, 9 de março de 2009

Os “Southern Agrarians” de hoje

1930 foi um ano difícil para os EUA. O país tentava recolocar as coisas em ordem depois do furacão nas bolsas em 1929, do desemprego galopante e das greves em todo o país. As duas décadas anteriores, de extrema bonança, foram a feliz confirmação da idéia de que a civilização americana sublimava os princípios tipicamente anglo-saxônicos de liberdade individual, livre comércio e democracia representativa, e os EUA, apoiados nesses princípios cumpririam o seu “destino manifesto”, isto é, comandar e modificar o mundo. A alegria durou pouco e a depressão, econômica e psicológica, veio em seguida.

Naquele ano difícil, foi publicado em Nashville, Tennessee, um manifesto chamado “I´ll take my stand” assinado por importantes escritores do Sul dos EUA, como Robert Penn Warren e John Crowe Ramson. O título remetia a uma frase da conhecidíssima canção “Dixieland”, entoada pelos confederados sulistas durante a Guerra Civil Americana e praticamente um hino “não-oficial” da região derrotada no conflito. O grupo – denominado “Southern Agrarians” – defendia a retomada dos valores da cultura tradicional do Sul dos EUA contra o industrialismo e a massificação típicos do Norte do país.

Começava assim o manifesto:

“THE authors contributing to this book are Southerners, well acquainted with one another and of similar tastes, though not necessarily living in the same physical community, and perhaps only at this moment aware of themselves as a single group of men.

E assim continuava:

“All the articles bear in the same sense upon the book’s title-subject: all tend to support a Southern way of life against what may be called the American or prevailing way; and all as much as agree that the best terms in which to represent the distinction are contained in the phrase, Agrarian versus Industrial.”

“(…) how far shall the South surrender its moral, social, and economic autonomy to the victorious principle of Union? “

Por “Union”, entendamos “O Norte” – e por “O Norte”, entendamos o capitalismo liberal daquela época. Os EUA foram, durante os primeiros anos do século XX, o maior exemplo do sucesso dos princípios da democracia liberal à inglesa do ponto de vista social e econômico. O “american way of life” , que o mundo conheceria através dos filmes, era, o “northern way of life” – o estilo de vida dos nortistas. Os EUA que o mundo conheceu, respeitou e temeu desde então eram os EUA da metade Norte: o país militarista, fortemente industrializado, liberal, democrata e progressista. O país do Sul, aristocrático, fortemente elitista e conservador, foi esquecido. Os “southeners” – os sulistas – era estranhos numa terra estranha e sua única saísa era adaptarem-se aos rumos que o lado vencedor escolhera, lado que estava comprovadamente dando certo. Consideravam os nortistas, democratas liberais ao melhor estilo inglês, um bando de grosseirões , de modos rudes, amantes de prazeres toscos e incapazes de compreender as virtudes e o refinamento da aristocracia. E, como costuma acontecer em nações aristocráticas, o Sul dos EUA sempre foi um celeiro de cultura, terra de poetas, pensadores, escritores, músicos e pintores , mas, sobretudo,de homens orgulhosos de pertencer a uma tradição especial e marginalizada. E esse orgulho adormecido só precisava de um momentinho de desatenção dos nortistas para vir à tona. Esse momentinho foi a crise de 1929. E com ela, veio I´ll take my stand – uma grande revolta conservadora contra o capitalismo liberal.

A influência do manifesto foi duradoura e profunda. Pôde ser sentida em toda a literatura, as artes e o pensamento provenientes do Sul dos EUA a partir de então, como na obra de William Faulkner e Flannery O´Connor, mas também na música folk, nos escritores do Southern Gothic e no rock´n roll. Até hoje os Southern Agrarians são lembrados, seja por aqueles que defendem os princípios do movimento, seja por aqueles que o condenam como reacionário, saudoso de um sistema sócio-econômico perverso e desigual (a escravidão) e ultraconservador, à maneira de outros movimentos ultraconservadores que surgiram na mesma época aproveitando-se da derrocada da democracia capitalista liberal. O fim do laissez faire, previsto por ninguém menos do que John Maynard Keynes três anos antes do desastre da Bolsa, foi, em grande medida, o fim de toda uma época e um dos principais causadores de um abalo civilizacional e histórico chamado Segundo Guerra Mundial.

Sem querer dar créditos à idéia de História cíclica, ou de qualquer outra filosofia da História, os acontecimentos do momento presente talvez nos sugiram uma pergunta que, diante de tudo o que vimos até agora, acaba por ser impor: quem são os “Southern Agrarians” de hoje? O que pretendem? Contra o que se rebelam, o que propõem e, mais do que tudo isso, quais são os seus ressentimentos histórico? Não são poucas as vezes que ouvimos falar do fim do capitalismo liberal, da retomada do keynesianismo, da volta do protecionismo, do fim da globalização como hoje a conhecemos, etc, etc, etc, enfim, de tudo o que pode tomar o lugar do velho capitalismo ianque e do domínio mundial dos EUA, que é o domínio do Norte dos EUA sobre o Sul do mesmo país, do Norte da América sobre o Sul da América e, por via de consequência indireta, do Norte do Mundo sobre o Sul do Mundo. Alguns membros dos Southern Agrarians fizeram elogios ao fascismo italiano justamente por se contrapor fortemente ao capitalismo (e à democracia que o fundamenta) e outros viram virtudes até mesmo no comunismo stalinista, como viram virtudes em tudo o que parecesse contrário ao que soasse a “liberal”, a “democrata”, a “nortista”. Pode ser uma pista vaga, um palpite pouco confirmável, mas algo me diz que entre as plantações de algodão do Mississipi e a cordilheira dos Andes há mais semelhanças do que supõem a nossa vã ingenuidade. O Norte odiado é o mesmo, a distância é que é um pouco diferente.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

sexta-feira, 6 de março de 2009

Profissionais , torcedores e resultados

Uma distinção recorrente no discurso de Fernando Antonio Kroeff, presidente do Grêmio e membros da diretoria dá a exata dimensão da maneira como são encarados a os torcedores do seu time.

Nas entrevistas após os jogos freqüentemente são feitas referências aos profissionais envolvidos no jogo, ou seja, os jogadores e principalmente o treinador Celso Roth. O tom é sempre respeitoso e elevado, como deve ser.

Por outro lado, quando se refere aos torcedores Kroeff sempre fala na terceira pessoa e num tom bem menos respeitoso – muitas vezes até condescendente.

“Não, porque a gente não pode pensar como torcedor. Nós temos uma responsabilidade e temos que agir com cautela e cabeça fria e não podemos agir como torcedores. Eu só faço aquilo que pode dar melhor resultado para o Grêmio. Acho uma solução simplista e até antiquada esta de trocar de técnico por um mau resultado.”

A palavra torcedor passa a ter um sentido quase pejorativo, eis que feita clara distinção entre “nós” diretoria e o “torcedor”. Diretoria com responsabilidade, torcedor um destemperado que não tem compromisso com os destinos do Grêmio. Um mal necessário, em suma.

Talvez seja apenas uma mania de quem passou anos ouvindo do presidente do clube palavras de respeito a “nós, torcedores”, incluindo a si mesmo no imenso grupo de apoiadores apaixonados do tricolor.

O presidente Fernando Antonio também afirma que sua direção não busca popularidade e sim resultados. Até o momento, como diria minha avó, nem mel nem porongo. Aliás quem afirma não buscar popularidade talvez inconscientemente também não busque resultados, porque aquela é consequência direta desses.

Escrito por F Rules

quinta-feira, 5 de março de 2009

Roth – O Ferguson dos pampas?

— Não autorizei ninguém a procurar o Felipão. Tenho convicção no Celso Roth, gostaria que o Felipão viesse só se o Roth falecesse de repente.

A frase acima, proferida em entrevista recente pelo presidente do Grêmio, Duda Kroeff, dá margem para duas interpretações distintas e assustadoras.

1- Creio que qualquer torcedor gremista gostaria de rever o multicampeão Luis Felipe Scolari comandando o tricolor novamente. Ora, se Kroeff acena com a possibilidade da vinda de Scolari somente se Celso Roth vier a falecer, ele automaticamente incita o torcedor a impiedosamente desejar a morte do nosso atual treinador. Sinceramente, não acredito que os gremistas, por mais que detestem a maneira como Roth vem treinando, estejam com tanta raiva dele a ponto de encherem as ruas de Porto Alegre com Rothzinhos espetados com setas. Mas eu posso estar errado.

2- Por outro lado, com esta frase Duda Kroeff confere a Roth um status absolutamente único dentre os treinadores do mundo inteiro. Kroeff diz que gostaria de contratar Scolari apenas se Roth morresse; ora, Scolari é um dos maiores treinadores do mundo e está para a sua profissão como um Antonio Ermírio de Moraes ou um Bill Gates estão para as suas. Se Kroeff diz que apenas a morte de Celso Roth será um motivo suficiente para que tente cortejar Scolari, automaticamente Kroeff o coloca num patamar acima do de Felipão, isto é, no nível dos semideuses do futebol, das unanimidades indiscutíveis e categóricas. Kroeff não quer Felipão nem que ele se ofereça de graça para treinar o Grêmio. Kroeff não quer saber de ninguém enquanto Roth estiver lá. Que eu saiba, sob esse prisma,só há um treinador com um status semelhante ao de Roth no futebol mundial: o treinador do Manchester United, Alex Ferguson, comandante do time há nada menos do que 23 anos. Mas só ele. Ninguém mais. Somente o treinador escocês, bicampeão da Europa, bicampeão do mundo e várias vezes campeão inglês pode rivalizar com Celso Roth, que, como sabemos, não tem um currículo tão – como dizer? – rico quanto o dele apenas porque tem menos tempo de carreira e ainda não teve tempo suficiente para tantas glórias. E estas glórias, afinal, demandam tempo. Tempo que Roth tem de sobra. Afinal, tem o aval do presidente Kroeff para passar o resto de sua vida fazendo maravilhas com o time do Grêmio.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

terça-feira, 3 de março de 2009

Imprensa coloca gremistas em “dilema de segurança”

Nesta manhã de terça-feira, os principais órgãos de imprensa do Rio Grande do Sul – com exceção do Blog Perspectiva – anunciaram que o treinador Celso Roth ficará a perigo caso não vença a partida contra o Boyaca Chicó, o popular Boitatá, no dia 11 de março. Celso, que na época de sua contratação atingiu índices de 99% de reprovação em enquetes de rádios e conquistou o eleitorado que restava no último domingo, teria sido criticado pelos mais altos dirigentes gremistas por ter usado seu esquema 3-6-1 – para quem não sabe, também pode ser chamado de esquema “Bumba meu Boi!”, onde o goleiro Victor pega a bola, toca para Réver e ele dá um chutã…lançamento para o vagaroso Alex Mineiro; sempre fracassa – volta a ficar na situação do jogo contra o São Paulo no Brasileirão do ano passado no Estádio do Morumbi. Perdendo, recebe seu chapéu e é convidado a se retirar com o alto valor de sua multa rescisória no bolso.

Os gremistas torcerão para que o Grêmio perca a partida e troque de treinador, ameaçando a classificação na Libertadores ou seguirão apoiando mesmo que isto consolide o “técnico” Celso Roth e também correndo o risco de que sua postura impeça a classificação?

Irmãos e irmãs, eis o Dilema de Segurança a que foram submetidos os torcedores gremistas.

*Nas Relações Internacionais define-se por Dilema de Segurança o seguinte: os Estados que não se equipam militarmente ficam vulneráveis a ataques externos; os que se armam, tornam-se uma ameaça aos outros Estados. O dilema entre armar-se ou não foi elaborado durante a guerra fria por John Herz para explicar o fenômeno que acontece toda vez que um Estado busca se armar para obter segurança.

Escrito por F Rules

domingo, 1 de março de 2009

Villa Mimosa – Cidade dos Tocos ataca novamente em Canoas

Érico Veríssimo em seu Um lugar ao Sol , publicado em 1936,refere-se a Canoas/RS da seguinte maneira:

“Clarissa saia todas as manhãs às sete para tomar o ônibus que a levava a Canoas.Já começava a gostar dos alunos. Canoas era bonita, com suas vivendas no meio de jardins verdes e floridos. Ouvia-se o canto dos passarinhos. Um silêncio fresco envolvia as casas, árvores e as criaturas.”

A cidade, cuja emancipação política ocorreu em 1939, era um sítio de veraneio para as famílias abastadas de Porto Alegre. Como resquício desse tempo, sobraram as construções ao longo dos antigos trilhos do trem no centro da cidade e arborização das ruas adjacentes.

Uma dessas edificações é a chamada Villa Mimosa, com arquitetura apresentando características do neoclássico, construída em 1904, que serviu de moradia Victor Hugo Ludwig ,um conceituado médico da cidade e sua família, até o ano de 1999.

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Foto:O Timoneiro

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A Villa Mimosa à direita e à esquerda o complexo do Pestalozzi também ricamente arborizado, formando um quarteirão verde que constitue um dos raros pontos bonitos da av. Guilherme Schell, extremamente desprovida de beleza, sendo quase ofensiva ao mínimo senso estético.

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Villa Mimosa vista da Vitor Barreto através do muro dos trilhos

É uma linda construção cercada por árvores centenárias. O local ameniza o impacto visual , a imensa feiura provocada pela linha do trensurb que corre em frente.No interior da Villa resiste o silência fresco que outrora Veríssimo proclamava envolver as casas, as árvores e as criaturas e atualmente está cada vez mais envolto nas brumas do passado da cidade que já foi chamada de bonita.

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Foto:O Timoneiro

Ficaremos inertes ante ameaça de corte dessas árvores ?

Pois bem. A Cidade dos Tocos ataca novamente. Na cidade onde impera uma lógica imediatista e mercantilista, a Villa Mimosa está prestes a servir de local para construção de empreendimento imobiliário. E pretendem cortar as árvores que circundam a construção para edificação de prédio no local.

O jornal local O Timoneiro está alertando para a necessidade de mobilização no sentido de evitar-se este dano ao patrimônio histórico e ao ambiente. Que a esperança de novos rumos em Canoas não seja abalada e não ocorra a permissão da administração municipal para este atentado que a ganância está perpetrando contra os interesses maiores da cidade.

Escrito por blogperspectiva

Ele precisa sair

Se ainda havia alguém que defendesse a permanência do não-treinador Celso Roth no comando do Grêmio deve ter desistido depois desta tarde de domingo. Quando Celsão anunciou a escalação do Imortal para a partida contra o Internacional e foi verificada a presença de Diogo e o famigerado esquema ‘três seis um’ pensei imediatamente: sujou! O comandante tricolor conseguiu a proeza de mudar o esquema tático que jogou brilhantemente na quarta-feira de cinzas para promover a volta da formação que, testada anteriormente, fracassou. O esquema com “seis no meio” que já tinha provado ser de pouco sucesso – inclusive no primeiro Gre-Nal da temporada – voltou em um clássico que o Grêmio precisava vencer para demonstrar sua força.

Com Diogo escalado, perdem-se dois jogadores: o próprio, que tornou-se jogador de futebol por razões inexplicáveis e Alex Mineiro, sacrificado jogando sozinho. O resultado foi o esperado, 45 minutos iniciais de pura pressão colorada e nenhum esboço de reação gremista. No início do segundo tempo, com o gol de Índio na linha-burra (também chamada de Linha Roth) ele – vejam só! – resolveu modificar a equipe. Vejam bem, em mais uma oportunidade Celso Roth decide por modificar a equipe não por pretender mudar a forma de jogar: muda por seu erro inicial de escalação. 3-5-2, Jonas em campo e empate do Grêmio, quando este tabelou com Alex Mineiro que bateu para o fundo das redes.

O gol da vitória marcado por Magrão em jogada aérea aos 32 minutos do segundo tempo não caracteriza por si só um erro do treinador gremista. Entretanto, ao permitir que percam-se 45 minutos com uma escalação imbecil e só mudar após levar um gol, Celso Roth assina a declaração de culpado pela derrota MAIS UMA VEZ. Roth carrega consigo o carma dos títulos perdidos no passado e uma arrogância inexplicável. Quer provar a qualquer custo que o que faz é correto desimportando-se com os fatos e a lógica que apontam no 3-6-1 um esquema maldito e fracassado.

Pelo bem da Libertadores, pela honra do Grêmio e pelas estatísticas no clássico Gre-Nal, Celso Roth deve ser demitido. O erro de sua renovação anual milionária se não pode ser apagado ao menos deve ser atenuado. Não há futuro com um ‘treinador’ destes.

Ninguém pode ser tão imbecil

Caem as chances do Grêmio na Libertadores

Escrito por F Rules