sábado, 31 de janeiro de 2009

Michel Preud´Homme faz 50 anos

Um dos melhores goleiros de todos os tempos. Baixo para a posição (1,81), Preud´homme compensava a altura com uma elasticidade fenomenal que lhe valeu incontáveis momentos dignos de filme.

Dia 24 de janeiro comemorou o seu aniversário. Com uma semana de atraso deixamos aqui a nossa homenagem.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Grêmio – Torcida cerceada?

O site do Grêmio publicou solicitação para que os torcedores permaneçam sentados na Social do estádio Olímpico em nome do “convívio harmônico”, como medida educativa.

É uma das coisas mais ridículas que um dirigente pode solicitar ao torcedor. Traduzindo: não torçam com entusiasmo, não se empolguem, deixem isso para quem entra pelos portões 10,13 e 16. A atual direção parece pretender reviver a amorfa Social de décadas passadas. Ora, façam-me o favor. Quem frequenta a Social tem todo direito de torcer da maneira que lhe aprouver. Além disso caros dirigentes,em jogos decisivos claramente a Social fica tomada por mais torcedores do que os “assentos” disponíveis. Como consequência, pessoas em pé junto às muretas obstaculizam a visão dos que sentam no primeiro lance da escadaria e assim obrigam a que fiquem em pé, gerando o efeito cascata.

Cuidem da segurança no Olímpico deixando o acesso das saídas livres em jogos decisivos . Cuidem para que seja disponibilizada água para a torcida e não aconteça o que ocorreu na final da Libertadores, em que, para molhar a garganta e seguir em pé incentivando o time,tivemos que tomar um café de procedência duvidosa. Cuidem para que o bar da Social tenha mais higiene e limpeza em vez do mar de lama em que se transforma durante as partidas. Cuidem dos SANITÁRIOS DA SOCIAL.Enfim, cuidem do que lhes compete e nos deixem torcer pelo Grêmio da maneira entusiasmada com a qual o tiramos da segunda divisão (em que a incompetência de alguns dirigentes de sucessivas gestões o colocou) e o levamos a disputar a Libertadores. Estávamos então tendo conduta qualificada como destituída de educação? Em nome do “convívio harmônico”, para atender aos desejos de alguns que têm influência junto a diretoria, a maioria que deseja torcer da maneira entusiasmadamente divertida como vem fazendo há pelo menos três anos deve retornar ao padrão Social/Museu ou Social/Teatro ?

A direção deve resolver a questão de idosos e portadores de deficiência, eventualmente facilitando o acesso dos mesmos às cadeiras que permenecem com sobras de lugares. O que não pode é querer cercear a maioria de torcer como lhe aprouver e, fundamentalmente, de forma a favorecer ao Grêmio. Compreendam que o Grêmio não é propriedade de diretorias de momento, tenha a linhagem que tiverem. Aliás, nos maus momentos, em que muitos abandonaram o barco, essa torcida que agora é publicamente repreendida por ousar torcer de forma empolgada permaneceu leal ao clube.

Dirigente de clube de futebol solicitando publicamente, em nome do clube, como medida educativa, que os sócios torçam como assistentes de partidas de tênis do início do século passado.

Como diria o velho gaúcho: morro e não vejo tudo.

Escrito por Madame Li Li

Lady Gaga – Antes e Depois

leidi-gagah1

A cantora Lady Gaga antes de ser uma franjuda platinada já teve seus momentos franjuda morenete xD

Nessa época ela já “causava ” com sua amiga e parceira Lady Starlight, nas noites agitadas de Nova York.

Agora, com o lançamento do seu álbum “The Fame” , com os singles “Just Dance” , “Beautiful, Dirty , Rich” e “Poker Face”, a cantora aderiu a um visual a la “Donatella Versace” – a semelhança entre as duas é incrível – mas as roupas ousadas e originais continuam as mesmas.

Lady Gaga – Poker Face

Aqui vídeo

Escrito por Miss Lou Lou

Lady Gaga = Donatella Versace

versace

E então?

Escrito por Miss Lou Lou

Pelé – com um “pai” desses…

O ex-jogador Pelé sempre foi considerado ” pai” do atacante Robinho e afirma publicamente que o considera “cria” sua. Com as recentes notícias envolvendo o nome de Robinho em acusação de estupro, que ele nega, o maior nome do futebol mundial apressou-se em prestar declarações à imprensa lamentando o ocorrido e as repercussões negativas que trará a reputação dos atletas brasileiros no exterior.

“O Robinho é cria nossa, foi lançado com a gente. Enquanto estava comigo e com o Manoel Maria (ex-ponta-direita do Santos que trabalhou com Pelé na base), escutava os nossos conselhos. Agora é mais difícil falar com ele, mas coisas como essas me deixam tristes” ” Isso que aconteceu com o Robinho, com o Adriano e com o Ronaldo fecha as portas para os atletas brasileiros” Fonte

Bem, considerando o que o “pai” de Robinho declara não restam dúvidas da culpa do jogador, mesmo que ele negue peremptoriamente haver cometido o crime de extupro. Pelé associa fatos inquestionáveis como o ocorrido com Adriano e Ronaldo com as acusações contra Robinho.

Da minha parte prefiro considerar que não existe culpa por ter havido uma acusação. No meu ponto de vista Robinho é inocente até que provem o contrário.

Pele me fez lembrar o que declarou alguns anos atrás o eterno Romário: “Pelé calado é um poeta”.

Escrito por Madame Li Li |

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Alceu Valença solta o verbo

“Eles são absolutamente negociantes. A fuleiragem music vai destruir o Brasil lá fora, porque o axé destruiu a imagem de música de qualidade que se tinha do Brasil. Existia na Europa a boa música brasileira. Só iam para Europa os tampas de crush, Caetano, Chico, Gil, Milton. O besta aqui foi muitas vezes. Tinha um tipo de público do cacete. Aí, quando entrou o axé, a fuleiragem, sabe qual o público desta música? Quenga. A fuleiragem aconteceu, mas será que sãos os músicos que fazem a música? Quem faz é o cara não gosta de música, mas sabe trabalhar a coisa, contrata uns caras, o jabaculê come por todos os lados, mas não se faz arte”.

Dá pra discordar?

Quem quiser ler o resto clica aqui.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

Alceu Valença solta o verbo

“Eles são absolutamente negociantes. A fuleiragem music vai destruir o Brasil lá fora, porque o axé destruiu a imagem de música de qualidade que se tinha do Brasil. Existia na Europa a boa música brasileira. Só iam para Europa os tampas de crush, Caetano, Chico, Gil, Milton. O besta aqui foi muitas vezes. Tinha um tipo de público do cacete. Aí, quando entrou o axé, a fuleiragem, sabe qual o público desta música? Quenga. A fuleiragem aconteceu, mas será que sãos os músicos que fazem a música? Quem faz é o cara não gosta de música, mas sabe trabalhar a coisa, contrata uns caras, o jabaculê come por todos os lados, mas não se faz arte”.

Dá pra discordar?

Quem quiser ler o resto clica aqui.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

Família Jolie-Pitt

Escrito por Miss Lou Lou

sábado, 24 de janeiro de 2009

Grêmio 5 x 0 Esportivo

Victor – Assustou quando soltou uma bola fácil, mas pouco trabalhou

Rafael Marques – Alguns erros de passes, mas não comprometeu

Rever – Bom jogo com boas antecipações

Léo – Parece com dificuldades de desarmar os adversários

Ruy – Muito bem na partida. Além do gol, participou bem na defesa e no ataque

W. Magrão – Joga pouco quando de primeiro volante. Depois da entrada de Diogo, cresceu na partida

Tcheco – Mal, muito mal. Fez o gol de pênalti que salvou uma tarde lastimável

Souza – Excelente primeiro tempo, discreto no segundo. Sua cobrança de falta foi linda

Fábio Santos – Fraco. Não aparece no jogo – todas jogadas do Grêmio são pela direita

Jonas – Boa partida. Movimentou-se muito bem, fez um gol e tabelou com Alex Mineiro

Alex Mineiro – Melhor que na primeira partida, muito em função de sua parceria com Jonas. Inteligente, é uma boa opção

Diogo – Pouco apareceu

Orteman – Substituiu Tcheco e não foi mal. Perdeu um gol inacreditável, mas teve bons toques na bola

Reinaldo – Perdeu um gol ridículo e quase fez outro. Não deve ser titular

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Os burocratas e a literatura

*

drummond-2

*Desenho por Madame Y

O farmacêutico mineiro Carlos Drummond de Andrade entrou para o serviço público em 1934. Estava cansado da carreira que escolhera na juventude por imposição paterna e sobrevivia de bicos como professor de História e redator de jornais, que também não lhe agradavam e roubavam-lhe tempo precioso de seus prazeres pessoais. Tinha 32 anos. Aposentou-se em 1962, aos 60 anos, com três décadas de diligente serviço prestado, condecorações e reconhecimeno. Foi um funcionário exemplar durante todo este tempo. Seria caso do sr. Drummond de Andrade recolher-se à vida privada e, calmamente, sentado em sua cadeira de balanço, acompanhado de um bom chá e da edição mais recente do Correio da Manhã, esperar a inefável chegada da morte. Em vez disso, este senhor nascido na pequena Itabira, típica cidadezinha mineira encravada no meio das montanhas, resolveu dedicar seus dias a um singelo prazer: escrever. Cometeu alguns poemas e chegou até a publicar livros, o senhor Drummond. E um destes poemas dizia respeito justamente à sua atividade profissional e ao que o sr. Drummond sentia por ela:

Escravo de Papelópolis

Oh burocratas, que ódio vos tenho
e se fosse apenas ódio
é ainda o sentimento da vida
que perdi sendo um dos vossos.

O ódio de Drummond aparenta ter sentido. Como um artista pode ser devedor da burocracia? Afinal, nada parece ser mais tolhedor de talentos individuais do que o ambiente de uma repartição pública, onde homens e mulheres enfadados e enfadonhos repetem mecanicamente gestos ensaiados à Chaplin em Os Tempos Modernos, trocando apenas a chave de fenda pelo carimbo e a peça de metal pelo documento autenticado. Ali não há espaço para a paixão, para a criação, para a mudança de rumos, de paradigmas, de vidas – para o gênio, enfim. Aliás, a mediocridade, da qual o artista foge como o diabo da cruz, é recompensada e bem vinda. Dito isto, fica claro um bom escritor não pode ser burocrata e um bom burocrata, definitivamente, não pode ser escritor. Eis a verdade, nada mais que a verdade. A raiva de Drummond para com o seu ganha-pão fica, assim, plenamente justificada.

Ganhar o pão é sempre um problema para um escritor. Seus livros normalmente vendem pouco e o lucro das vendas escoa por tantos canais intermediários que somente um percentual muito pequeno de tudo chega de fato ao seu bolso. A mesquinhez da vida cotidiana fere sua rica e fina sensibilidade: o choro do filho recém-nascido, os puxões de cabelo da filha mais velha no filho mais novo, os queixumes da esposa na hora do jantar, as contas que não páram de chegar, a caspa que teima em cair do cabelo, tudo isso são problemas que demandam aporte financeiro para ser solucionado. Nem todos os escritores são como o peregrino do absoluto León Bloy, para quem a pobreza não significava rigorosamente nada, ou para o flanêur Baudelaire, que transformou as imundas ruas parisienses onde dormia em matéria de poesia. Alguns escolhem trabalhar e enfrentar o mundo da melhor maneira que podem. Drummond foi corajoso e enfrentou o mundo: escolheu ser burocrata. Assim como seu conterrâneo Murilo Mendes, auxiliar de guarda-livros. Ou do compatriota Machado de Assis. Ou o companheiro de língua Fernando Pessoa. Ou seus contemporâneos Franz Kafka e Georges Bernanos. Ou o velho George Bernard Shaw, de uma geração anterior. Ou Borges. Ou ainda Camilo José Cela, nada menos do que censurador oficial do regime franquista.

A lista de escritores-burocratas se prolongaria ad infinitum e, por isso, nos faz pensar que, talvez, a idéia de que um escritor não possa ser burocrata não seja tão verdadeira assim – ou, se é verdadeira, que o seja de uma maneira um tanto diferente da que inicialmente imaginamos. É uma lista feita quase que só de nomes do século XIX e XX, quase todos da Europa Ocidental e das partes mais evoluídas das Américas. Parece estranho, porque a burocracia, como sabemos, não é um fenômeno nada novo. Já os antigos romanos e egípcios tinham os seus escribas, os seus censores e os seus funcionários públicos de carreira, todos burocratas no melhor sentido do termo. Mas também todos eles não tinham nenhuma das garantias e regras que Machado de Assis tinha na Secretaria de Agricultura, que Kafka tinha na companhia de seguros, ou Drummond tinha no Ministério da Educação. Não eram submetidos a estatutos, não entravam na carreira por concurso, não tinham horário fixo de trabalho, muitas vezes não eram sequer remunerados e eram demitidos, expulsos do país ou até mesmo mortos ao bel prazer do governante por qualquer simples demonstração de incompetência, como um erro gramatical. O burocrata que hoje conhecemos e imaginamos é produto da sociedade racionalizada do século XIX regida pela “dominação legal”, na tipologia de Max Weber, isto é, baseada em um estatuto sancionado e cumprido, onde pouco importa quem está lá mas sim o que faz. O verdadeiro burocrata não pode fazer uso de todos os seus dotes pessoais para fazer um serviço fora de série. O sistema é impessoal e exige o total e absoluto descomprometimento do funcionário para todas as matérias que não são da sua imediata obrigação.Cumprir a sua obrigação sine ira et studio – sem paixão nem entusiasmo – é o seu objetivo máximo.

Weber dizia que a escolha definitiva dos tempos modernos era entre a “burocratização” e o “diletantismo” na administração pública, sendo que a primeira era a claramente mais indicada para as necessidades das sociedades modernas. O diletante – de “dileto”, amado, querido, desejado – deveria ficar de fora, ou dedicar outro horário para as atividades às quais dedicaria todas as suas forças físicas e mentais. Ora, é exatamente aí que entram os escritores-burocratas. Todas as suas preocupações profissionais esgotam-se nas oito horas regulamentares e toda a sua mente está voltada para a execução de trabalhos que lhe exigem o mínimo de imaginação e interesse. Fora disso tudo, está tão livre quanto Pã nos campos da Arcádia.A atividade superior do espírito é equiparada, na sociedade moderna, a mera diversão das horas vagas, como assistir a uma corrida de automóveis ou à novela das oito, e é assim para a imensa maioria dos romancistas e poetas surgirdos desde o século XIX. Figuras caricaturais (mas não autores de caricaturas) como um Rilke, incapaz de se encaixar em qualquer serviço por mais simples que fosse, são raridade absoluta e despertam até mesmo o desprezo dos demais escritores. É a maneira com que o estado escolheu para ser mecenas: dar um emprego público para o escritor comer e dormir e, nas horas vagas, cumprir a sua nobilíssima função de antena da raça, como disse Pound.

O crítico inglês Matthew Arnold (ele também um burocrata) dizia que a grande arte cumpriria em nosso tempo o mesmo papel que as religiões cumpriram em outras épocas. O artista antena da raça de Pound tornar-se-ia espécie de sacerdote, guia espiritual leigo para um mundo abandonado por todos os deuses nesta época que – novamente segundo Weber – era a primeira desde o alvorecer da humanidade em que a religião havia deixado de ser um assunto público para um assunto meramente privado.Hoje já podemos dizer o mesmo da arte, transformada pela primeira vez em diversão de momentos fastidiosos. Talvez seja mais pensando em tudo isso, na condição que o mundo reservara para si, e não tanto no acabrunhante emprego que desempenhava, que Drummond disse que sentia haver perdido sua vida para a burocracia. Uma vida desperdiçada? Nem tanto. Drummond foi bem injusto com as oito horas diárias passadas entre papéis, clips, máquinas de escrever, grampeadores, furadores, livros-caixa, arquivos mortos e vivos e colegas de trabalho. Por mais enjoadas que fossem, foram estas oito horas diárias que lhe permitiram escrever seus poeminhas e deixar sair o poeta excepcional que jazia por baixo do funcionário competente. Talvez, encalacrado em outra atividade, seu talento fosse empregado para ser um brilhante advogado, um grande jornalista, um professor de sucesso Estas oito horas o inscreveram na história, dando inclusive sentido a brincadeiras como esta do primeiro parágrafo deste artigo. Drummond deve e muito à burocracia. É a maneira com que o estado escolheu para ser mecenas: dar um emprego público para o escritor comer e dormir e, nas horas vagas, cumprir a sua nobilíssima função de antena da raça, como disse Pound, sob as frias garantias de que nem ele, nem o seu colega ao lado fanático por futebol, serão importunados. Até amanhã, na hora em que o expediente recomeça.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Modificação ab-rupta

Ab-rupto. Sim, essa é a maneira como pretendem que passemos a escrever a palavra outrora conhecida como abrupto.

Coerdeiro, outrora “co-herdeiro”, com um pequeno erro de digitação, fica igual ao cordeiro.

Os pronto-socorros de todo o país terão de perder um hífen e ganhar um “s”, tornando-se “prontossocorros”. Não sei se melhorará o atendimento aos pacientes, mas com certeza irá agredir os olhos de quem passar por eles.

Enfim, lembrei-me de minha avó: “coisa de gente que não tem o que fazer”. O único consolo que temos é saber que, ate 2012, podemos continuar a escrever “errado”.

Post sobre o mesmo tema.

Escrito por Miss Lou Lou |

Grêmio x Inter-SM

Victor – não teve culpa alguma no gol do “Coloradinho”. De resto não foi exigido.

Léo – Mal e abusando da violência nos lances

Rafael Marques – Pareceu ainda desentrosado, mas não errou

Rever – Avançou bem ao ataque, mas pouco exigido na defesa

Ruy – Mal na partida. Errou muitos lances fáceis e apesar de ter feito um gol, decepcionou

W. Magrão – Mal, muito mal. Apagado na partida, troteou quando pegou a bola

Tcheco – Fora de ritmo, não jogou bem. Parecia sem o tempo da bola

Souza – Alguns bons chutes e uma leve melhora quando entrou Jadilson. Mas precisa melhorar.

Fábio Santos – Medonho no primeiro tempo, ruim no segundo. Apenas acertou o cruzamento no gol de Ruy Cabeção.

Reinaldo – Coisa horrível e podre.

Alex Mineiro – Agradou na sua movimentação e belo toque na bola. Precisa de um parceiro de ataque.

Jadilson – Entrou no fim do jogo e foi melhor que Fábio Santos

Rafael Martins – Pouco fez depois de sua entrada

Escrito por F Rules

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O último telefonema

O blog Perspectiva atesta que o que vem a seguir NÃO É UMA PIADA nem gozação. Como prova disto, colocaremos a fonte ao final.

O último telefonema de Bush como presidente dos EUA para o nosso presidente foi o seguinte:

Bush – Lula!
Lula - Bush!

Bush – Estou telefonando para você no meu último dia como presidente.
Lula – Você está com uma voz muito boa, parece estar bem.

Bush – É uma sensação de dever cumprido. Nem todos presidentes têm a honra de servir a seu país por dois mandatos. Venha me visitar no Texas.

Lula – Está de pé aquele convite para uma pescaria. Se você cansar do Texas, venha pegar peixes grandes no Brasil.
Os dois riram e o diálogo continuou por mais alguns minutos.

Bush – Então até logo.
Lula – Lembranças minhas para sua mulher e suas filhas.

Bush – Ah, calorosas lembranças a Marisa.
Lula – Cuide-se.

Fonte: O Povo

P.S.: Dizem que, depois do telefonema de Bush, Lula comentou com Celso Amorim: “Sujeitinho simpático esse tal de Bush, hein? Se não falasse enrolado desse jeito eu nem precisava de tradutor! Eita trem bão, sô!”.

P.S.2: A última frase, esta sim, foi uma piada.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol |

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Carta de Busatto para Jairo Jorge


O ex-deputado Cézar Busatto foi convidado pelo prefeito Jairo Jorge a assumir o cargo de Secretário Especial de Estratégia e Inovação na prefeitura de Canoas/RS. A presença de Busatto na administração do prefeito do Partido dos Trabalhadores seria o coroamento de uma campanha política onde a superação de velhos e nocivos ranços ideológicos foi a tônica. Alías , esta superação de diferenças possibilitou a vitória de Jairo Jorge.

No entanto, velhos hábitos parecem ser difíceis de serem modificados e a presença de Busatto no governo foi vetada por setores do partido do prefeito.

Perde Canoas com o veto, pois a experiência e capacidade de Busatto seriam valiosas nas mudanças que Jairo Jorge parece pretender implantar na cidade. Lamentamos que a mesquinharia de alguns tenha obstaculizado o avanço de uma prática política construtiva e que claramente visava a busca pelo Bem Comum.

Abaixo a carta que Cezar Busatto enviou ao prefeito de Canoas:

EM NOME DO DIÁLOGO

Canoas, 19 de Janeiro de 2009

Caro Prefeito e amigo JAIRO JORGE,

Foi com muita honra que recebi seu convite para integrar o governo municipal da cidade de Canoas, como seu Secretário Especial de Estratégia e Inovação.

Confesso que pensei muito, e o que me levou a aceitar seu convite foi o impositivo de corresponder à grandeza e coragem de seu gesto de pacificação, pouco comum na política gaúcha. Seu gesto está à altura da política feita com espírito público e voltada para o cidadão, que coloca em segundo plano as disputas partidárias e de poder, típicas de épocas eleitorais, mas incompatíveis com os desafios pressupostos pelo bem comum. Foi essa convicção que levou meu partido, o PPS, a estar junto com o PT nessa caminhada desde o primeiro turno em Canoas, e que nos manterá lado a lado na construção desse governo, que tenho certeza será um marco para a história da cidade, e um exemplo para o Rio Grande.

O propósito comum do nosso entendimento foi um só: melhorar a qualidade de vida e de convivência das 350 mil pessoas que vivem em Canoas, reunir as nossas melhores experiências e conhecimentos para fazer uma gestão local inovadora e radicalmente democrática, colocando o cidadão como protagonista do desenvolvimento da sua própria cidade. Nunca esteve presente em nossas conversas o interesse por cargos, posições, barganhas, típicos da velha política que rejeitamos.

É fácil praticar a democracia entre os que pensam igual a nós, difícil é praticá-la com os que pensam diferente. Mas a democracia existe exatamente para que as diferenças possam ser explicitadas e se realize a obra de arte política do diálogo, do entendimento e do compromisso entre os diferentes. É assim que se consolidaram as grandes democracias em todo o mundo. Ao apostar no diálogo, não desconhecemos nossas diferenças, mas sim demonstramos maturidade, humildade e a grandeza para construir a partir delas, de maneira dialética, uma síntese que gere inovação e avanço.

O Rio Grande viveu um período de polarização exacerbada, da qual tanto eu, como as principais lideranças do PT, fizemos parte. Responsáveis somos todos. Mas de minha parte, quero que fique claro: não vejo sentido em não dialogar sobre o futuro em razão de diferenças de quinze anos atrás. Essa lógica da polarização e do conflito sectário tem causado grandes prejuízos ao Rio Grande, e por isso procurei pautar minha vida pública nos últimos anos pela busca da convergência em torno de valores, conceitos, idéias e projetos comuns. Só os ressentidos vivem no passado, e o ressentimento, definitivamente, não constrói o futuro.

Foi com esse espírito que coordenei o Pacto pelo Rio Grande, quando todos os deputados com assento na Assembléia Legislativa construímos juntos uma agenda mínima comum para o ajuste fiscal, a modernização da gestão e o desenvolvimento sustentável do Estado. O deputado Raul Pont, do PT, teve um papel decisivo na construção dessa unidade, que foi subscrita por toda a bancada do seu partido.

Na minha breve passagem pela Casa Civil do Governo do Estado, pautei-me também pela política do diálogo e da convergência com os parlamentares de todos os partidos, o que contribuiu para aprovar todos os projetos do Executivo por unanimidade, e construir a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o corrente ano de 2009 por acordo de todos os Poderes de Estado.

Em Porto Alegre, mesmo após um embate eleitoral duro, coordenei pessoalmente uma política que preservou a principal obra dos 16 anos de governos do PT, que é o Orçamento Participativo, compatibilizando-a com a proposta inovadora da Governança Solidária Local. Essa inovação democrática reafirmou a liderança mundial de Porto Alegre como cidade da democracia comunitária e viabilizou a realização da Conferência Mundial Sobre o Desenvolvimento de Cidades, com a presença na capital dos gaúchos de 7 mil pessoas vindas de mais de mil cidades de todo o mundo.

Diante de tudo isso, lamento profundamente que a generosidade, a grandeza e o espírito público do gesto feito pelo bravo Prefeito e amigo, ao convidar-me para integrar o governo municipal de Canoas, tenha sido inviabilizado pela reiteração da velha lógica da exacerbação do conflito e do ressentimento, que aprisiona e apequena a política democrática. A sociedade brasileira, e especialmente os eleitores do Rio Grande, tem dado reiteradas demonstrações de que não aceitam mais essa miopia política. Mas a história tem seu tempo, e os homens públicos de visão, paciência.

Para preservar a governabilidade, para evitar que atitudes de hostilidade possam introduzir um fator desestabilizador na administração que está recém iniciando, para retribuir o seu gesto de generosidade e grandeza política, libero-o, prezado Prefeito e amigo, de nomear-me para Secretário de sua administração.

Não sem antes reafirmar que a cultura política do diálogo, do entendimento e da radicalização da democracia, que nos uniu, continuará sendo a plataforma a pautar a minha luta pela necessária e urgente mudança na política em nosso Rio Grande, para o bem de todos os gaúchos.

Nesse episódio, abrimos um debate fundamental para o futuro do Rio Grande. Um debate de paradigmas sobre a política. Com certeza ele não se encerrará aqui.

Com meu forte e fraterno abraço,

CEZAR BUSATTO


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Busatto e Canoas


O blog Vida Democrática do ex-deputado Cezar Busatto publica artigo Porque Vou Colaborar Com O Governo E A Cidade De Canoas. A leitura do que foi postado evidencia vontade de somar esforços para buscar construir, superando tradicionais mesquinharias e pequenezas que impedem a construção de uma sociedade melhor. Vale a pena ler o que ali foi postado.

Escrito por Madame Li Li |

União pelo Brasil-PEL

Antes de tudo, o Blog Perspectiva expressa sua solidariedade aos xavantes e familiares das vítimas. A morte de Cláudio Milar, Giovani Guimarães e de Régis Gouveia, nos afeta, porque somos integrantes da grande família dos amantes do futebol e, antes disso, da grande família humana.

* * * * *

Diante da chocante notícia do acidente que vitimou profissionais do Brasil-PEL e a suspeita de que alguns dos feridos não poderão disputar partidas por uma temporada inteira, lançamos a seguinte proposta: uma união da Federação Gaúcha de Futebol, Grêmio, Internacional e Juventude para cobrir os custos salariais do xavante nesta temporada. Como todos sabem, os clubes do interior não possuem folhas salariais imensas – a do Brasil, pelo que consta, não passa dos 100 mil reais mensais -, e esta união seria um exemplo de solidariedade das maiores forças do Estado com o clube, os funcionários e a história do Brasil de Pelotas.

A dor pela perda de vidas não será eliminada, mas pelo menos poderia ser amenizada a grave situação a que ficará submetido o clube pelotense ,que estava projetava grandes contratações para a temporada. Tudo parecia indicar um grande ano para o Brasil, mas o inexorável destino resolveu de forma diversa, mostrando mais uma vez a nossa pequenez e fragilidade.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O país esquecido


portugal-8Monumento aos descobrimentos, Lisboa

A primeira vez que falei com um português teve em mim um impacto semelhante ao que os nossos colonizadores devem ter sentido quando tomaram contato com os nossos nativos. Tinha 19 anos (hoje tenho 25) e era usuário ocasional das salas de chat do portal Terra, divididas por regiões do Brasil e do mundo e por preferências pessoais. Costumava entrar nas ligadas aos meus interesses pessoais – sobretudo na de Literatura – e na da minha cidade natal, Porto Alegre. Um belo dia, resolvi vasculhar os outros cantinhos do mundinho virtual criado pelo portal mais acessado do Brasil. Encontrei um sala para jogadores de RPGs, uma para sambistas, uma para metaleiros e uma chamada “Portugueses”. Não uma: duas salas. Achei interessante e estranho ao mesmo tempo e não pude deixar de sentir curiosidade pelo tipo de povo que lá habitava. Quem seriam estes tais “portugueses”? E numa página brasileira, ainda por cima? O que faziam ali? Entrei para conferir.

A sala contava com uns vinte membros, alguns com uns apelidos que me soaram bastante engraçados. Engatei conversa com um deles. Como de praxe, comecei com uma apresentação básica: sou o Celso e sou de Porto Alegre. E achei importante acrescentar: fica no Brasil. Afinal, minha experiência com estrangeiros na Net me dera a clara noção de que ninguém sabia o que era Porto Alegre, nem que ficava no Brasil e, muitas vezes, nem que o próprio Brasil existia. Importante, portanto, dizer que eu era brasileiro e que Porto Alegre fica no Brasil.

A isto o portuga respondeu:

- Sim, eu sei que Porto Alegre fica no Brasil.

E acrescentou:

- A Adriana Calcanhoto nasceu aí, não é?

Surpreso com a resposta, disse que sim, ela nasceu aqui, assim como outra cantora brasileira, Elis Regina. Dei outras referências da cidade, falei da dupla Gre-Nal, do chimarrão e das bombachas. Tudo isto o lusitano conhecia e eu tinha a nítida impressão de que estava rindo por dentro, pensando em alguma coisa como “que brasuca burro”. Não estaria longe da verdade, mas a forte impressão que me causou a conversa, e que me acompanhou desde então, não se deu pela minha ausência de neurônios.

Aquela pequena conversa – e tantas outras que eu tive com os habitantes da Ocidental Praia Lusitana nos anos subsequentes, fazendo inclusive bons amigos virtuais, foi um simulacro do caráter oratório das relações Brasil – Portugal. Oratório pelo seguinte: trata-se de um lado que só fala, e o outro que só escuta. Quem fala somos nós, com direito a microfone e potentes caixas de som. Quem escuta são eles e, quando tentam falar, não encontram platéia interessada em ouvi-los.

portugal_ribeira

Cidade do Porto

Eu próprio era um dos que não estava disposto a ouvi-los. Aquele sotaque que me parecia tão estranho, tão diferente das outras línguas românicas, desde que eu me conheço por gente associado a piadas e gozações, nunca me havia despertado o menor interesse. Sabia que Portugal existia (e no Brasil há quem disto não saiba) e que falavam o nosso idioma de um jeito um tanto engraçado. Tinha o necessário discernimento para saber que as piadas de portugueses eram apenas piadas e sabia que eles eram mais morenos que os alemães e franceses e um pouco mais pobres do que eles, conhecimento adquirido em aulas de geografia mal assimiladas. Sabia também que era a terra de um cidadão chamado Camões cujas estrofes eu precisava decorar para o exame vestibular. Ah, claro, e de Fernando Pessoa – mas quando eu lia a “Ode Marítima” ou “O Guardador de Rebanhos” a última coisa que eu pensava era em Portugal. Fiquei por aí. Estava muito ocupado ouvindo rock inglês, lendo James Joyce, Kafka, Machado de Assis e Cervantes e assistindo Werner Herzog e Charles Chaplin e para me preocupar com os portugueses. E creio que não era o único, já que nunca Portugal sequer entrou em pauta em minhas conversas, seja com amigos, seja com familiares – a não ser, é claro, nas piadas. Nisto eu era exatamente igual a quase todos os brasileiros. Ignorava olimpicamente o passado e o presente do país que nos colonizou.

É óbvio que alguém numa situação tal de ignorância nem sequer desconfia em que ponto do tempo e do espaço ele está parado. Não desconfia, portanto, de quão estranha e anômala é a sua situação perante os seus pares. É o caso do Brasil: ele, o brasileiro, nem se dá conta, mas é a única ex-colônia que ignora quase que completamente a ex-metrópole. Fenômenos como o de um grupo de crianças negras haitianas estudando os clássicos franceses como se fossem herdeiros de uma tradição cultural nos parecem uma brincadeira de péssimo gosto, até porque o velho e surrado discurso anticolonialista vive adormecido na ponta da nossa língua. Do mesmo modo, fenômenos norte-americanos como o amor pelo rock inglês, Charlie Chaplin, Alfred Hitchcock e a devoção por Shakespeare e Milton não têm correspondente por aqui. Até mesmo os nossos países vizinhos jamais esquecem da presença inspiradora de um Ortega y Gasset, um Unamuno, um Camilo José Cela, vários e bons músicos espanhóis, um Goya e a figura sempre magna de Cervantes. Jovens argentinos e mexicanos escutam Joaquin Sabina e Estopa, fazem fila para assistir o último de Almodóvar (e de outros espanhóis menos óbvios) e lêem quadrinhos feitos na Espanha. Aliás, nós também fazemos fila diante dos filmes de Almodóvar, empurramos quem está na nossa frente para ver quadros de Picasso e não hesitamos em gastar 50 reais para comprar um livro como “A Sombra do Vento”, do espanhol Carlos Ruiz Zafon. Mas não fazemos – nunca fizemos – o mesmo com um cineasta, um desenhista, um artista ou um escritor português, sendo que a única exceção, José Saramago, constituiu-se em exceção depois do Nobel de 1998 e de uma agressiva estratégia de vendas fruto do projeto pessoal do próprio Saramago em fazer-se conhecido no Brasil.

O outro lado da moeda é bem diferente. Sem que seja necessária uma missão artística ou estratégia de divulgação, as listas de discos mais vendidos em Portugal sempre trazem um brasileiro. As audiências das novelas da Globo continuam altas, o Brasil é um grande destino turístico dos portugueses, filmes como “Carandiru”, “Tropa de Elite”, “Cidade de Deus” e outros chegaram ao circuito comercial (aliás, Fernando Meirelles é o responsável pela única adaptação para o cinema de uma obra de Saramago) e até mesmo autores popularescos como um Paulo Coelho têm grande público por lá, a par de um Machado de Assis, um Carlos Drummond de Andrade, um Guimarães Rosa ou um Érico Veríssimo entre as camadas mais cultas da população portuguesa. Quem duvida que acesse a seção de cultura dos jornais portugueses na Internet.

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Mosteiro dos Jerônimos

É possível que eu esteja exagerando e que um americano do Meio-Oeste, gordo, de cabelos loiros, nem saiba qual é a capital da Inglaterra ou que um índio boliviano sequer saiba falar castelhano. Talvez. Mas com absoluta certeza um professor universitário americano ou boliviano não deixam nunca de conhecer e respeitar a cultura do país que gerou o seu idioma. Salvo pontuais observações sarcásticas de um Borges e seus companheiros de geração com relação à cultura espanhola (sendo que ele, Borges, sempre se considerou Unamuno e Cervantes como mestres), os hispano-americanos nunca deixaram de ter Madrid como o meridiano cultural da língua espanhola, fato claramente comprovável pela força decisória da Real Academia quando o assunto é idioma e o prestígio do Prêmio Cervantes entre os hispanohablantes. Gostando ou não dos espanhóis, os nossos países vizinhos não deixam de resguardar a cultura de língua espanhola e de se sentirem, de um modo ou de outro, descendentes de uma tradição e continuadores dela.

No Brasil, como sabemos, o povo ignora tudo sobre Portugal e reduz o país a material para anedotas vendidas em bancas de jornal. Isto em si, em se tratando do povo, nem seria grave. A questão é que os próprios intelectuais brasileiros não fazem nada muito diferente disto. A releitura brasileira da cultura portuguesa com muita frequência é feita em tom francamente pessimista, quando não jocoso e desrespeitoso e às vezes até condescendente. É a célebre passagem de Antonio Candido em “A Formação da Literatura Brasileira”, quando trata a literatura (e a cultura) portuguesa como “um arbusto de segunda ordem no jardim das Musas”; é o tom presente em Sérgio Buarque de Holanda, que coloca os ibéricos (e, principalmente, os portugueses) como insensíveis ao trabalho, à organização geral, à educação, à cultura e ao planejamento, deixando margem para o velho lugar-comum de que “teria sido melhor se fossem os ingleses”; é a declaração apocalíptica de Carlos Drummond de Andrade que Portugal foi um país que deu Camões ao mundo e morreu. É isso tudo e muito mais. Uma coisa é um bando de malucos complexados clamando contra o ex-colonizador. A outra são análises feitas por pessoas supostamente qualificadas e imbuídas de rigor científico. Uma coisa é o grito de meia dúzia de pseudo-intelectuais e ignorantes assumidos. A outra é a elite cultural, responsável direta pelos destinos da nação, dizer que a cultura da qual a sua provém pouco acrescentou ao mundo e lamentar o legado que recebemos. Tendo estudado fenômeno semelhante na Argentina não encontrei nada de parecido com isto – e não creio que os EUA, tributários de uma das tradições literárias mais ricas do Ocidente, tenham tomado posição semelhante. Nossa posição é única.

Novamente, o outro lado da moeda chega a ser constrangedoramente distinto. Nem é preciso recorrer às visões amorosas e quase idílicas de um Agostinho da Silva, que considerava o Brasil melhor do que Portugal em todos os sentidos, de um Jaime Cortesão, que achava que servir ao Brasil uma das melhores formas de ser português, e até mesmo do ditador António de Oliveira Salazar, que impedia os seus cidadãos de tomar Coca-Cola mas nunca os impediu de ouvir Roberto Carlos e a Jovem Guarda. Basta esta citação retirada de um pequeno livro didático de história portuguesa, datado do século XIX, para termos em mente o que era ensinado aos pequenos portugueses sobre a ex-colônia.

“Hoje, o Brasil, vastíssimo império, vivido, esperançoso e livre. Emancipado da metrópole não só pelos sucessos políticos que se realizaram no primeiro quartel do século em que vivemos, mas ainda pela lógica natural do progresso das sociedades, está destinado pela sua posição geográfica, pela excelência do clima, pelas riquezas que possui e pelo patriotismo dos seus habitantes, a desempenhar um grande papel na história do novo mundo. Possa o povo infante, filho e em tudo descendente d’uma nação pequena, mas nobilíssima, viver e prosperar por muitos séculos, dando exemplos de sabedoria e de humanidade às velhas monarquias da Europa, que se julgam mais civilizadas, e que só têm mais poder ou fortuna. (Moreira & Correa, s/d, p. 38)”

Em outras palavras, os portugueses eram ensinados a nada menos do que amar o Brasil e até mesmo defendê-lo ante o ataque das demais nações européias que “se julgam mais civilizadas e que só têm mais poder ou fortuna”. Deveriam agir como um pai a defender o filhão das críticas dos professores nos conselhos de classe, um irmão mais velho que entra na briga contra os meninos da outra rua para evitar que o irmãozinho apanhe. É claro que tudo isto data de mais de século atrás e a ingenuidade, por uma série de razões, já não é a mesma. Mas é surpreendente o fato de que Cristiano Ronaldo, ao desembarcar em Brasília para um amistoso contra a nossa seleção, tenha feito questão de chamar o Brasil de “país irmão” perante toda a imprensa. Não creio que qualquer jogador nosso teria feito o mesmo se fôssemos jogar em Portugal – aliás, é bem provável que, ao desembarcar lá, a maioria deles (ou todos eles) nem pensasse que está numa nação que fala a mesma língua que nós, quanto mais que guarda laços históricos e linguisticos.

Tudo isto é incompreensível para um brasileiro. Isto pode até certo ponto ser explicado pelo fenômeno de etnocentrismo típico dos países de grande população e dimensões, como os EUA, que chama de “World Champion” ao seu campeão nacional de beisebol. Mas não é apenas isso. Quem visita Minas Gerais aprende em detalhes a história do barroco “brasileiro”, construído por brasileiros e criado por nós. E é óbvio que muitos portugueses já se deram conta disto. Chamo a atenção para as palavras do jornalista português Miguel Sousa Tavares, velho conhecedor e admirador do Brasil e da cultura brasileira, que escreveu um artigo sobre a comemoração dos 500 anos do Brasil num tom para nós impensável para quem carrega o fardo de “colonizador”.

Assim começa o seu artigo “Desculpem lá o Cabral:

“Tal como vejo as coisas, há duas atitudes habituais, do lado de cá, e ambas são causa de ilusões: uma, é a tal nostalgia imperial, que talvez seja uma fatalidade de quem algum dia foi Império, e que, na prática, se traduz em alguns desejos tidos como verdades de todos os tempos, tais como a ficção do “país-irmão” ou a presunção de que os brasileiros, só porque falam a mesma língua, hão-de gostar tanto de nós quanto nós gostamos deles; outra, é uma subserviência institucional perante o Brasil, da parte de alguns “abrasileirados oficiosos”

Logo depois diz o seguinte:

A questão próxima – as declarações de Caetano Veloso – é apenas um detalhe, mas o detalhe é elucidativo. Preparava-me eu, entusiasmado, para ir a correr comprar bilhete para o espectáculo de Caetano no Parque das Nações, quando dei comigo a pensar se estaria certo ir a um concerto comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil, ouvir um brasileiro que afirma que “o que Portugal veio fazer ao Brasil foi sugar, sugar, sugar e matar índios.” Se isto é o que ele pensa que Portugal foi fazer ao Brasil, a pergunta óbvia é o que vem ele fazer a Portugal. E como é que nós nos sentiremos a aplaudi-lo no Parque das Nações? Eu sinto-me mal.” E assim encerra o grande jornalista e escritor da cidade do Porto: “Desculpem lá o Cabral, pá. Até dizem que ele não o fez de propósito…”

Qualquer bom entendedor percebe que o tom empregado pelo sr. Sousa Tavares é qualquer coisa menos típico de um “colonizador”. Não é, talvez, sequer o tom que se espere de um europeu e sem dúvida alguma não é o tom que um espanhol ou um inglês empregaria para comentar alguma impertinencia vinda de suas ex-colônias. É o tom de quem está magoado. É o tom de quem esperava uma coisa e recebeu outra, de quem, como ele mesmo diz, estava prestes a correr para ir comprar o bilhete como uma criança corre atrás dos amigos para jogar futebol e, de repente, dá-se conta de que ninguém quer brincar com ela. É o tom, enfim, do amor não correspondido. E este tom nos constrange. Nos deixa um tanto embaraçados. Nos deixa sem resposta. É como se, passeando numa praça qualquer, um desconhecido se aproximasse e declarasse, na nossa frente, que desde sempre seguiu nossos passos, desde sempre nos amou e agora está magoado porque não lhes demos atenção e a pouca que lhe damos é fria e protocolar. O que responder?

A questão recente do Acordo Ortográfico é fortemente elucidativa. Enquanto os brasileiros estão meio chateados com o fim da trema, os portugueses consideram esta reforma, que alterará 0,5% da grafia brasileira e quase 2% da portuguesa, nada menos do que um atentado à sua independência, uma atitude colonialista e fortemente imbuída de um plano de expansão do Brasil em território português. Nem é preciso dizer o quão engraçado é ver os papéis tradicionais sendo trocados e os portugueses agirem como se fossem uma pequena república sob as garras de um terrível e opressor império, como se fossem uma espécie de Cuba atacada pelo temível gringo ianque. E os gritos portugueses nem chegam até aqui: ninguém está sabendo que eles são contra o acordo e ninguém, ninguém, rigorosamente ninguém, está interessado em modificá-lo por causa deles. Não há nada de altivo, sobranceiro e autoconfiante na atitude dos portugueses, nada do a mi no me importa dos seus vizinhos espanhóis, empregado tanto nas relações diplomáticas quanto na vida cotidiana. Há apenas o sentimento de rejeição, medo, amor não correspondido e ciúme – o sentimento de quem se importa e percebe que o outro lado não se importa.

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É de se notar, aliás, que nos últimos tempos a diplomacia portuguesa tem feito o possível e o impossível para tentar fazer o velho Portugal parecer um país moderno, cool e chique para os brasileiros. Em todas as entrevistas, os embaixadores portugueses dizem que não é mais possivel que os brasileiros continuem a ver os portugueses como o seu Manuel e a dona Maria e Portugal como o país do bacalhau, das padarias, de Nossa Senhora de Fátima e de prédios antigos prestes a desabar. Não creio que tenham conseguido grande coisa. Continuamos a prestar mais atenção em Joyce e Ian Curtis do que nos seus correspondentes lusitanos. Após constatar tudo isso, um professor português chegou a sugerir a estapafúrdia idéia de que a imigração brasileira para Portugal deveria ser facilitada a fim de que o país se tornasse mais interessante aos olhos da maior parte da população, como os EUA, por exemplo. Ora, é um claro indicativo de que os portugueses já não sabem mais o que fazer para conquistarem a nossa simpatia ou a nossa atenção. E já não sabem por que não têm a menor idéia de como conquistarem a nossa simpatia e a nossa atenção. Apesar de todas as novelas, de toda a música, de todos os livros, de todo o futebol, de tudo o que leva, enfim, a marca Brasil em Portugal ser amplamente conhecido do mais ignaro dos lusitanos, o fato é que eles, com tudo isso em mãos, não sabem o que falar e como falar com os brasileiros. A idéia que fazem do que é o Brasil, com toda a informação que têm a respeito de nós, simplesmente não bate com o que nós pensamos a respeito de nós mesmos. E talvez seja difícil para um português imaginar que, depois de quase duzentos anos de afastamento e de migrações de gente de todo o mundo (incluindo aí a construção de cidades à imagem e semelhança de suas terras natais), da Alemanha ao Japão, do Líbano à Itália, da Espanha à Coréia, da Rússia à Grã-Bretanha, o seu povo se tenha transformado em apenas um dos constituintes da nação brasileira, um entre muitos, sem distinção, sem especial carinho ou reconhecimento. Sem nenhum sentimento de irmandade. Um Manoel ou um Joaquim entre milhões de Fritzes, Helmuts, Giuseppes, Jacobs, Mohammeds, Farids, Johns, Josephs, Pablos, Fiodors, Leons e outros tantos que o Velho Mundo expulsou e a doce terra brasileira recebeu, deu comida, abrigo e amizade. A um português amante do Brasil – o que é quase uma espécie de pleonasmo – talvez seja um pouco decepcionante descobrir que para cada Ouro Preto há uma Blumenau, uma Garibaldi, uma Nova Friburgo, uma Monte Verde, uma Nova Veneza…..

Não conheço ninguém que tenha tratado essa questão melhor do que o ensaísta português Eduardo Lourenço em “A Nau de Ícaro”. No seu ensaio elucidativamente intitulado “Nós e o Brasil – ressentimento e delírio”, Lourenço admite que “O discurso português sobre o Brasil, tal como uma longa tradição retórica e historiográfica recita e reescreve sem cessar, é uma pura alucinação nossa, que o Brasil – pelo menos desde há um século – nem ouve nem entende” e que “A autonegação ou denegação que a cultura brasileira faz de si mesma, ocultando, menosprezando ou, com mais verdade hoje, ignorando o seu nódulo irredutível e indissolúvel português (que, mais do que língua, quer ser memória, cultura, rito e ritual) é tão absurda e delirante como a fixação possessiva, o amor imaginário, que devotamos a um Brasil não por ser o que ele é, e o merecer naquilo que ele é, mas por julgarmos que os brasileiros se viem como continuação, ampliação e metamorfose nossa”.

Logo reconhece o óbvio, não sem alguma dureza:

“Que relação pode existir entre o imaginário de um povo de 10 milhões de habitantes, como Portugal, prisioneiro de mitos obsoletos – o Brasil é um deles – e o de um país de 150 milhões de almas, entre as quais se contam pessoas vindas da Itália, Espanha, Alemanha, Europa Central, Oriente Médio, Rússia ou Japão?”

Também duramente ele admite que:

“Sem intuito de escandalizar, os portugueses devem saber, perceber e até compreender que nós não somos um problema para o Brasil. Ou só o somos, negativamente, quando em momento de profundo ressentimento de imaginários pais mal-amados ou ignorados, cedemos à tentação de nos enervar com a desatenção brasileira a nosso respeito”.

Mais dura ainda é esta passagem:

“Os brasileiros nunca nos perdoarão o não terem tido um pai para matar, ou um pai digno de ser morto, como aconteceu com os colonos da Virginia para com a Inglaterra , com os indios do padre Hidalgo, ou com os soldados de San Martin e de Bolivar para com a Espanha (….) A infelicidade dos portugueses reside no fato de não poderem esquecer esse momento em que, tendo abandonado o porto de origem, se tornaram por força das circunstâncias, pequenos demais para os seu sonhos”.

Por fim, Lourenço deixa um recado aos portugueses:

“Para o nosso mútuo presente o que seria urgente era rever, de cabo a rabo, toda essa teia imaginária, hipócrita e nula nos seus efeitos que se acoberta sob o rótulo de relações culturais entre Portugal e o Brasil (…) Quanto a nós, o que nos cabe é estruturar, reforçar, conhecer cada vez melhor a nossa imagem, a maneira como somos vistos e percebidos, os limites do que somos e podemos esperar de nós mesmos e dos outros, em suma, autonomizarmo-nos como realidade história e anímica, para escapar com sucesso à galáxia familiar de um ressentimento e de um delírio identicamente indignos de um povo que é gente, história e sociedade organizada há oito séculos (…)”.

É claro que não falta no discurso do sr. Lourenço o mesmo ressentimento que ele tanto deplora em muitos de seus compatriotas. Nota-se claramente o mesmo desapontamento de Miguel Sousa Tavares e de todos os portugueses que confrontam esta mesma realidade, seja pessoalmente, em viagens ao Brasil (cada vez mais frequentes) seja através da Internet, a cada vez que colocam “Portugal” num motor de busca e se deparam não com um poema de Camões mas com uma infame piada ou o seu modo de ser, a sua cultura e a sua História como objeto de chacotas. De qualquer forma, é bom lembrar que estes textos foram publicados nos anos 90 e não creio que possam sofrer qualquer reparo. Nem mesmo a emigração desqualificada de brasileiros para Portugal – o que sempre mancha a imagem dos países – arrefeceu o estado de ânimo português para conosco: até nosso maior festival de rock foi comprado por eles, seus jovens falam “treta”, “ô meu”, “bacana”, “veado” e outras gírias nossas e na seleção portuguesa de futebol não faltam brasileiros, incluindo aí ídolos nacionais, tidos, havidos e tratados como autênticos compatriotas. Não serão essas contingências de ordem econômica que irão matar os mitos e os símbolos enraizados em uma cultura tão fortemente simbólica como é a portuguesa. Esquecer estas coisas não é algo próprio deles, mas sim de nós. Desconfio, porém, que o tempo – que, como Borges disse, também é esquecimento – nos mostrará que este apagamento progressivo da marca portuguesa no nosso imaginário será o maior e o mais grave de todos os nossos esquecimentos.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol |

domingo, 11 de janeiro de 2009

O Chelsea, hoje, é um time ruim

Isso mesmo. Não tem nada de absurdo na frase acima. O Chelsea, hoje, é um time ruim. Os amantes de Winning Eleven, Fifa Soccer e Football Manager podem chorar o quanto quiserem, mas esta é a verdade e dela não abro mão.

O jogo da tarde de hoje contra o Manchester United serviu para comprovar minha tese. Vejamos:

- Didier Drogba, outrora centroavante top do mundo, precisa reaprender a jogar. Após sua lesão jamais foi o mesmo.

- Anelka só Tupã explica como que é o artilheiro do campeonato.

- Joe Cole não joga bem desde a Copa de 2006.

- Ricardo Carvalho não é um grande zagueiro

- Bosingwa é um Paulo Sérgio com monocelha.

- Terry comete deslizes d….ok, aqui foi uma piadinha.

E no banco a situação não é nada boa não. As opções de Luís Felipe Scolari, um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro, são bastante ruins.

O 3 x 0 aplicado pelo Manchester saiu barato tamanha a diferença técnica das equipes.

Escrito por F Rules

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Michel Alves trai o Juventude*


*Por Polentino

Não há o que reclamar da conduta de Michel Alves em sair do Juventude. Embora houvesse uma identificação grande do atleta com a fanática torcida alviverde e reconhecimento de seu talento, nem só de amor vive uma pessoa. O Juventude não podia mais pagar seu salário, tentou uma redução e sua permanência ficou inviável. Saiu e com uma certa razão.

MAS IR PARA O INTERNACIONAL, maior rival do Juventude e freguês tradicional vai contra qualquer princípio da decência e da responsabilidade. O clube que enfiou 8 gols em Michel Alves no Estadual do ano passado não tinha o direito de sequer sondar o goleiro futuramente. E não é que ele aceitou?

ESTÁ EXPLICADO O RESULTADO DA FINAL DO ANO PASSADO. O Juventude da final tinha:

- Michel Alves, que é (era) muito mais goleiro que Clemer

- Uma defesa com Juan Perez que mostrava rigidez

- Lauro, o Highlander caxiense mostrava por quê deveria ter sido titular da Copa de 98

- Márcio Goiano, eleito por alguns o melhor lateral-esquerdo da temporada

- Ivo, provavelmente, a revelação do Estadual

- E finalmente Mendes. O melhor centroavante que jogou no Rio Grande do Sul nesta década

Com este esquadrão o Juventude levaria 8 gols de um adversário liderado por um ex-jogador como Fernandão? De forma alguma. Juventude é tradição. Polenta vinho e Sagu. E dá-lhe Ju.

Ficou evidente com as explicações acima a superioridade do Juventude sobre o Internacional. E em campo também: até esta final, tinhamos vencido o pequeno colorado três vezes, com direito a créu no Jaconi e festa no Beira-Rio. E o fatídico jogo ia pelo mesmo caminho, afinal foi muito parelho, de chances iguais para os dois lados e definido em poucos detalhes. A arbitragem prejudicou o Juventude, como sempre. Mas não seria o suficiente para abalar os ânimos caxienses. Mas a ida de Michel Alves para o Internacional, na atual temporada, explica tudo.

O CAMPEONATO ESTADUAL DE 2008 ESTÁ SOB SUSPEITA.

*Polentino, pelo que consta, é leitor assíduo do Blog Perspectiva e juventudista fanático. Seu trapo de Michel Alves queima neste instante.

Escrito por F Rules | Esportes | | 2 Comentários | Editar

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Beijinho Doce

A músicaBeijinho Doce cantada pela malvada Flora, interpretada pela maravilhosa atriz Patrícia Pillar na novela a Favorita evoca a dupla que a personagem fazia com Donatela( Claúdia Raia).

Será por acaso que a dupla sertaneja que cantava a música na década de 50 no filme” Aviso aos Navegantes” era composta por uma loira(Eliana) e uma morena( Adelaide Chiozzo)?

O vídeo nos remete a um Brasil retratado pelas chanchadas da Atlântida,totalmente diferente do que conhecemos atualmente.Reparem no sotaque caricatural caipira que as cantoras/atrizes certamente não tinham e utilizaram na cena.

Confissão: Fiquei com muita vontade de assistir “Aviso aos navegantes”.

Clique aqui

Escrito por Miss Lou Lou |

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Herrera – O quase gol?

Tenho lido várias colocações, tanto da imprensa quanto de torcedores no orkut, sobre a passagem de Herrera pelo Grêmio, em 2006, e sobre sua possível volta 2009. MUITOS afirmam que o “Herrera do Corinthians” serve, enquanto o “Herrera de 2006″ era um lixo, um quase-gol, etc, etc.

Me espanta o fato de que os próprios gremistas se deixem levar pela imprensa que, quando da chegada de Herrera ao Corinthians, simplesmente ignorou que o argentino foi o artilheiro do time do Grêmio em 2006. Pelo que recordo, foram 2 gols na Copa do Brasil, 2 no gauchão e 9 no Campeonato Brasileiro. Fica evidenciado que o jogador demorou um tempo até se adaptar totalmente, mas, na metade do Campeonato Brasileiro já se mostrava completamente ambientado.

Gostaria que os gremistas se esforçassem um pouco mais para lembrar dos acontecimentos de dois anos atrás, ao invés de simplesmente repetirem o que leêm nos sites esportivos. A imprensa nacional, como de costume, simplesmente ignorou o bom momento vivido por Herrera no Grêmio e enalteceu apenas sua passagem pelo Corinthians. Achei que ao menos os gremistas contestariam esta posição claramente tendenciosa.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

No aguardo, ainda

Os gremistas não estão satisfeitos com a atual direção do clube. Os reforços trazidos pouco empolgam:

- Alex Mineiro, o principal, trouxe como carga Fábio Ferreira que fracassou no Corinthians. E tem aquela questão da idade…

- Fábio Ferreira …

- Fábio Santos, que teve um início promissor no São Paulo no início desta década e depois sucumbiu

- Rafael Marques, uma incógnita

- Diogo, rebaixado pelo Figueirense

- Ruy, que apesar de muitas críticas, conta com o apoio do autor deste post.

Herrera está esbarrando em detalhes e não se fala em mais ninguém.

O time atual é de Campeão de Libertadores?

Escrito por F Rules

Reforma ortográfica – meu protesto particular

Como não pretendo sujeitar-me a seguir regras que não condizem com o bom senso como a ausência de acento diferencial em pára (do verbo parar) e para (preposição) , escrever “jibóia, como se tivesse um som fechado e aceitar que cinqüenta seja escrito sem a trema, comunico a todos que ignorarei a reforma ortográfica. Considero que é inútil e prejudicial, eis que será, por exemplo, extremamente difícil convencer uma criança que “idéia” , com seu som escancaradamente aberto, seja escrito “ideia”.

Não aceitarei algo que ofende minha inteligência e desafia a simples lógica.

Escrito por Miss Lou Lou |

sábado, 3 de janeiro de 2009

Gaza – chega de massacre

Recebemos email do ex-deputado Cezar Busatto conclamando a mobilização pelo cessar fogo em Gaza, dando término ao massacre perpetrado contra o povo palestino.

A pertinência da causa e a reconhecida honorabilidade do remetente nos levaram a, sem pestanejar, assinar virtualmente o documento.Aliás, se dúvidas houvessem bastaria uma rápida olhada nas páginas da revista Veja desta semana para que imediatamente buscassemos formas de manifestar repúdio contra os crimes que estão sendo praticados por Israel na Faixa de Gaza.

Abaixo reproduzimos o texto que circula pela rede e o link onde pode-se manifestar apoio à mobilização pelo cessar fogo.

Caros amigos,

Ao observarmos o massacre de Gaza com horror e assustados com a rápida e descontrolada espiral da crise, uma coisa é certa: essa violência só causará mais sofrimento entre os civis e uma escalada do conflito.

É preciso encontrar outra solução. Até agora, mais de 370 pessoas já morreram e outras centenas foram feridas. Pela primeira vez, os mísseis estão atingindo a cidade de Ashdod, no interior de Israel, e ambos os lados do conflito estão se mobilizando para uma invasão. Começou uma reação mundial, mas será preciso mais do que palavras: não haverá o fim da violência imediata, nem a garantia de paz geral sem uma firme mobilização da comunidade internacional.

Estamos lançando hoje uma campanha emergencial que será entregue ao Conselho de Segurança da ONU e às principais potências mundiais, pedindo medidas para garantir o cessar-fogo imediato, atenção à escalada dessa crise humanitária e providências para que se possa chegar à paz real e duradoura na região.1 Siga o link abaixo agora mesmo para assinar o abaixo-assinado emergencial e enviá-lo a todas as pessoas que você conhece:

Após oito ou mais anos de diplomacia americana e internacional sem resultados, que levaram ao dia mais sangrento de Gaza já registrado pela memória recente, precisamos levantar um protesto mundial exigindo que os líderes mundiais façam mais do que emitir declarações, para que possam garantir a paz nessa região. A ONU, a União Européia, a Liga Árabe e os EUA devem agir juntos para garantir um cessar-fogo, inclusive dando fim aos ataques de mísseis em Israel e abrindo os pontos de travessia de fronteiras para obtenção de combustíveis, alimentos, medicamentos e outras remessas de ajuda humanitária.

Com a posse do novo presidente americano em menos de um mês, surge uma oportunidade real de reviver os esforços de paz. As recentes hostilidades exigem não apenas um cessar-fogo imediato, como também um compromisso de Obama e outros líderes mundiais de que a resolução do conflito entre Israel e Palestina terá prioridade máxima em suas agendas. Diante do impacto desse conflito contínuo em todo o mundo, isso é o mínimo que devemos exigir.

Em 2006, fizemos uma mobilização pelo cessar-fogo no Líbano. Durante anos, temos trabalhado por uma paz justa e duradoura, publicando outdoors e anúncios em Israel e na Palestina. Agora, entrando no novo ano de 2009, precisamos nos mobilizar novamente para exigir a resolução pacífica e duradoura do conflito, em vez da escalada da violência. Siga este link para incluir seu nome do pedido de paz.

Todos os lados do conflito continuarão a agir assim como antes se acreditarem que o mundo vai permitir que eles continuem com essa postura sem fazer nada para detê-los. Dois mil e nove será um ano em que as coisas poderão ser diferentes. Diante dessa crise e das possibilidades de um novo ano, é hora de exigir o cessar-fogo e trabalharmos juntos para finalmente dar fim a esse ciclo de violência.

Entre as medidas adicionais possíveis estão: uma resolução formal do Conselho de Segurança em vez da emissão de uma declaração à imprensa, como a de 28 de dezembro de 2008; pressão internacional explícita nas esferas pública e privada para que as partes conflitantes acabem com as hostilidades, inclusive elaborando termos claros para a retomada das negociações (ver também este artigo em inglês: ); supervisão internacional da fronteira em Rafah; e, com o tempo, uma resolução detalhada do Conselho de Segurança estabelecendo os termos do direito internacional para a paz permanente entre Israel e a Palestina.


Sem olhos em Gaza

“Sem olhos em Gaza,no moinho com os escravos”: assim o poeta inglês John Milton descreve Sansão, o herói bíblico, no capítulo “Sansão , o que agoniza”, do livro “O Paraíso Reconquistado”. Ali Sansão está preso, trabalhando como escravo num moinho, cegado pelos filisteus após a traição pela sua amada Dalila. A cegueira é uma desgraça, sem dúvida, mas não tão grande quanto outra que ele assim descreve: “Estar cego e entre inimigos é ainda pior do que as correntes”.

Sansão foi cegado para pagar por um crime e colocado como escravo de forma humilhante. Só isto já é suficiente para despertar a nossa indignação de Ocidentais civilizados. O que dizer então de um povo que, sem ter cometido crime algum a não ser muito simplesmente existir, foi colocado sob ferros num cubículo onde mal podem se locomover e, quando alguns malucos entram em desespero e cometem crimes (aliás condenáveis), este povo ainda é bombardeado, assassinado cruelmente, destruído?

Quisera os palestinos estarem na situação de Sansão. Pelo menos saberiam a razão pela qual estão ali, presos, sob ferros, sem olhos em Gaza.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol