quinta-feira, 30 de abril de 2009

Jennifer Aniston de Havaianas


jennifer-aniston-havaianas-flip-flops-13

Nossa( FÃS assumidos) eterna Rachel desfilando com Havaianas com bandeirinha verde amarelo.

Palestra:“A comunicação com os animais, plantas e seres da natureza: um caminho para a cura”

O vereador Beto Moesh nos mantém sempre informados sobre eventos que interessem aqueles que tem apreço pelo meio ambiente. Seguindo esse padrão, que apreciamos, nos informa sobre a palestra “A comunicação com os animais, plantas e seres da natureza: um caminho para a cura” que que está programada para o dia 06 de maio( quarta-feira) às 20 horas, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736 – 6º andar). A palestrante será a médica veterinária Sheila Waligora, pioneira no Brasil na ciência da comunicação entre espécies.

A partir das 18h30min, haverá exposição fotográfica e sessão de autógrafos do livro “Eu falo, Tu falas… Eles falam”, de autoria de Sheila. Solicita-se que os participantes levem suas próprias canecas para receberam chá.

Inscrições antecipadas podem ser feitas pelo e-mail falecom@urusvati.com.br, pelos telefones (51) 3331-1422, (51) 8407-8749, ou no local, a R$ 10,00.

cartaz-do-evento1

quarta-feira, 29 de abril de 2009

3 x 0, boas atuações…suficiente?


NÃO. Apesar da fácil vitória gremista por 3 x 0 e do bom volume de jogo tricolor no primeiro tempo de jogo da partida realizada esta noite no Estádio Olímpico Monumental entre Grêmio e Boyaca Chicó, a partida não serve sequer de parâmetro para avaliarmos o potencial gremista na Libertadores da América. Além do fato de o adversário ser fraquíssimo – disputaria posições intermediárias na Copa FGF – o futebol que o Grêmio apresentou em pouco se assemelha com o vital para uma competição deste porte.

Claro, existe a justificativa de que o time entrou em campo classificado e em primeiro lugar – isso gera um relaxamento mais que natural. Mas atuações anteriores atestam esta impressão, em especial pela fragilidade da defesa: o erro de R. Marques que originou o pênalti serve de exemplo.

Quando às análises individuais, a partida mostrou como destaques o goleiro Victor, que é o melhor do continente, e Souza, que é craque quando não tenta sê-lo. Não que o restante do Grêmio tenha atuado mal, longe disto. Mas estes dois se destacaram e foram determinantes no resultado.

Grêmio de novo só dia 10 de maio, pelo Brasileirão.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um recolhimento inesperado


O momento mais triste do futebol não é quando nosso time leva um gol. Tampouco quando perdemos uma decisão de campeonato. Para quem ama o esporte, não existe nada mais lamentável do que assistir um jogador desperdiçar sua carreira por suas más escolhas. Afinal, por trás da imagem sólida de máquina que um jogador de futebol carrega, existe um ser humano. E suas escolhas como indivíduo é que decretam o seu rumo no futebol.

Talvez o maior exemplo de carreira destruída seja George Best. Nascido em Belfast, na Irlanda do Norte, Best foi para muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos. Em sua terra natal existe uma placa com a inscrição: Maradona Good. Pelé Better. George Best. A frase brinca com o sobrenome do jogador (Best significa “melhor” em Português) e por ela mede-se o prestígio que ele alcançou por seu talento. Descoberto por olheiros em campos de rua George Best chegou ao Manchester United em 1963 e logo despontou como craque da equipe. Seus dribles fáceis de futebol provocador logo contagiaram o país inteiro, e ajudaram a alçar o Manchester United ao topo do futebol europeu pela primeira vez em sua história em 1968, título que o clube só voltou a conquistar em 1999 e, mais recentemente, em 2008.

Porém, na mesma proporção de seu talento estava sua irresponsabilidade: habituado a freqüentar capas de tablóides sensacionalistas por sua vida desregrada fora de campo, Best caiu em decadência já na década de 70 ao sair do Manchester deixando a equipe rebaixada à segunda divisão nacional. Seu vício no álcool acabou por levá-lo para a cadeia por oito semanas nos Estados Unidos – agrediu um policial que lhe autuava por estar bêbado. Destruído pela bebida, Best teve apenas em seu leito de morte a consciência dos danos que seu vício lhe trouxe em sua vida. Pediu que fosse fotografado em seu estado deplorável para servir de exemplo, com a seguinte mensagem junto à foto: “Não morram como eu”. Foi o último suspiro do homem que encantou milhões de pessoas simplesmente por jogar futebol. Faleceu cinco dias depois, vítima de falência múltipla de órgãos.

É por isto que me entristece ver que Adriano está abandonando o futebol. A mesma bebida e os mesmos cigarros tragados por George Best encantam hoje o jogador que outrora era unânime dentre os centroavantes brasileiros passíveis de serem convocados. Só que ao contrário do irlandês, Adriano sai de cena sem ter conquistado nenhum campeonato relevante em lugar algum. Nos anos de 2004 e 2005 chegou a ser um dos melhores centroavantes do mundo. E só. Jamais foi protagonista de um título expressivo e pouco fez por sua Seleção Nacional. O exemplo de George Best – ou até mesmo Garrincha, para ser mais próximo de seu amado Rio de Janeiro – não lhe serviu de nada. Adriano está colocando um fim (ou um até logo?) em uma carreira que pouco fez para o futebol. Sai de cena rico como jamais imaginou que seria, mas será mesmo que se resume a isto? Aos 27 anos já não tem mais ambições de vida e desafios a enfrentar?

Fizesse como Romário, que já consagrado na história dos maiores do futebol retornou ao Brasil para também fazer história na pátria amada, seria compreensível. Seria uma opção de vida e também profissional. A escolha de Adriano reflete algo obscuro que não está sendo comentado. Algo incompreensível. Nos resta esperar as notícias finais da triste carreira de um homem que já foi chamado de Imperador.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Crime contra a humanidade na 15 de Janeiro

Um dos grandes símbolos da defesa do homem foi conquistado em 1948 em assembléia realizada na então jovem Organização das Nações Unidas. Foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que defende o indivíduo e lhe garante direitos – com o perdão da redundância – humanos. Os trinta artigos narrados nesta reunião internacional foram aceitos e aclamados, afinal, defendiam a igualdade e essa é uma palavra muito bonita.

Dentre estes artigos a ONU indica que somos todos iguais perante a lei, temos o direito a vida e diversos outros que já lemos nos créditos finais do documentário de Al Gore. Chama a minha atenção o Artigo V da Declaração:

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Eu, como cidadão, me sinto no dever de denunciar após a leitura deste Artigo um crime universal que vem sendo paulatinamente cometido em Canoas, Rio Grande do Sul. Segundo maior PIB do Estado, cidade da Praça do Avião, da Fundação Cultural e também do Felipão, Canoas tem seu coração na Rua 15 de Janeiro. Por lá passam diariamente milhares de pessoas, sempre sorridentes e satisfeitas com a qualidade de vida da cidade. Eu sou uma delas! Pois bem.

Era um agradável dia de sol de temperatura amena (39°C à sombra e umidade do ar beirando o zero) quando cruzei as proximidades do belíssimo calçadão canoense e me deparei com uma imagem que lembrou os campos de Auschwitz, tamanho o desprezo pela raça humana. Mas era muito pior. Debaixo do escaldante sol enxerguei dois seres humanos, lado a lado vestidos de…..VESTIDOS DE DENTE. Isto mesmo! E não era um dentinho de leite, pequenino e impresso na camisa. Eram gigantescos dentes trituradores, brancos como o marfim e , por ironia, sorriam. Já seria imbecil um dente sorrir em qualquer momento, mas sorrir sob aquelas condições desumanas? Jamais! Se eu que trajava roupas comuns enquanto saboreava meu delicioso Toddynho Ice não sorria àquele momento, imaginem os dentes, expostos ao sol e ensaiando danças? Senti corar minha Declaração dos Direitos Humanos que carrego sempre no bolso e na obrigação de realizar esta denúncia.

Nem a fada dos dentes ficaria satisfeita em ver um mastigador sendo usado daquela forma. Ainda mais com um ser humano dentro! A expressão “Olho por olho, sua vida por um dente” finalmente fez sentido. A Declaração Universal jamais foi tão desrespeitada. Os dentes transeuntes representaram um tapa na cara da sociedade. Precisamos de uma intervenção dos Capacetes Azuis, ONU!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

São Jorge, padroeiro dos guerreiros

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“São Jorge matando o Dragão”, relevo em mármore de Donatello, Museu del Bargello, Florença-Itália

São Jorge é um dos santos mais populares da Igreja e, talvez por isso, um dos mais requisitados para o cargo de padroeiro. Além do Corinthians, o guerreiro nascido na Capadócia (região da atual Turquia ) abençoa a Catalunha, a Inglaterra, a Lituânia, a Geórgia, Moscou, Gênova, várias ordens milares e instituições do mundo inteiro. Mas será que é apenas o grande número de fiéis que dá a São Jorge toda essa importância, digamos, institucional?

Primeiro, cabe perguntar o que um clube de futebol, nações, cidades e exércitos têm em comum. Resposta: a luta. Seja no campo de jogo ou no campo de batalha, jogadores e soldados recebem o nome de “guerreiros” por aqueles que torcem pelo seu sucesso. E São Jorge é o santo guerreiro por excelência, aquele que, mesmo nos piores momentos, jamais perde a fé na vitória. Não lhe faltou chance para provar isso. Soldado romano, erguido à condição de membro da corte numa época de violenta perseguição contra cristãos, Jorge fez defesa apaixonada do cristianismo diante dos seus próprios pares. Perguntado sobre o que era o cristianismo, Jorge respondeu: “É crer na Verdade”. Ao que um cônsul perguntou: “E o que é a verdade?”. E ele respondeu: “A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade.”

Não é preciso dizer que, naquela época, quem fizesse semelhante defesa apaixonada do cristianismo era imediatamente morto. Não foi o caso de Jorge: primeiro, o imperador pediu que ele fizesse uma retratação pública. Não o fez. Depois, mandou torturá-lo de várias maneiras. Também não obteve sucesso. Aliás, conforme o processo de “persuasão” avançava, Jorge ganhou cada vez mais notoriedade e respeito por parte da população, – incluindo aí a própria mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Quando enfim foi degolado, no dia 23 de abril de 303, já era uma figura célebre pela sua resistência e fé incomuns.

A imagem clássica de São Jorge lutando contra o Dragão dá bem a noção da mensagem que São Jorge passou para a humanidade. Mesmo contra um adversário muito maior e armado apenas de uma lança, Jorge joga-se sobre ele com a confiança daqueles que nada temem porque têm ao seu lado um aliado indestrutível que jamais os abandona mesmo depois da morte. Como os georgianos, que homenagearam o santo dando-lhe o nome da pátria. Como os soldados ingleses nas cruzadas, que morreram com a cruz estampada na bandeira. Como todos, enfim, que buscam um espelho de força e garra para as lutas que o homem é obrigado a enfrentar diariamente.

Oração de São Jorge

Dia Mundial do Livro


No dia 23 de abril de 1616 faleceram Cervantes, Shakespeare e o peruano Garcilaso de la Vega. Também em 23 de abril nasceram Maurice Druon, o co-autor de “Le chant des partisans”, o hino da Resistência Francesa na 2ª Guerra Mundial( falecido aos 91 anos, no último dia 14 em Paris), o islandês K. Laxness (Prêmio Nobel em 1955) e Vladimir Nabokov (Lolita, Gogol). A data também marca o falecimento do catalão Josep Pla e do colombiano Manuel Mejía Vallejo. Evidente a importância do 23 de abril para a literatura.

A Conferência Geral da UNESCO , inspirada pela tradição dos livreiros da Catalunha que no dia 23 de abril, data do padroeiro São Jorge, presenteiam os compradores de livros com uma rosa (aqui) escolheu a data para comemorar o dia Mundial do Livro.

dia-do-livro

Portal Unesco

A cada ano uma cidade é escolhida como Capital Mundial do Livro. Este ano o título é conferido a Beirute. Para lembrar o evento, a EBCT emitiu um selo comemorativo na série RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS, que homenageia países e regiões do mundo. Quem quer saber mais clica aqui.

10-selo

Comemorando a outorga, prevista solenidade de abertura das comemorações alusivas ao título “Beirute: Capital Mundial do Livro – 2009”, no dia 05/05/2009,às 20h30m, no Teatro SESI-São Paulo.

Além disso,também em São Paulo, a Exposição “Beirute: Capital Mundial do Livro – 2009”, de 6 a 17 de maio, das 9 às 20 horas, no Espaço FIESP, com entrada franca . O evento terá uma mostra de fotos de pontos históricos e culturais de Beirute.Além disso, obras de artistas plásticos onde Beirute é o tema.

Que comparecer à exposição poderá visualizar ainda documentos históricos, jornais, revistas, livros de autores brasileiros, libaneses e descendentes, entre eles Gibran Khalil Gibran, Amin Maalouf, Raduan Nassar, Milton Hatoum, Paulo Coelho (serão expostos seus livros publicados em Beirute), Antonio Houaiss, Evanildo Bechara e Aziz Ab’Saber.

Fonte : Unesco

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tabela do Campeonato Brasileiro de Clubes Série C-2009


TABELA DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES SÉRIE C – 2009

PRIMEIRA FASE

GRUPO A

1ª rodada- 24/05 – Dom.

16:00 Á. de Marabá PA x Rio Branco AC A Estádio Rosenão, em Paraupabas/PA.

18:00 Paysandu PA x S. Corrêa MA Olímpico Belém

2ª rodada 31/05 – Dom.

17:00 S. Corrêa MA x Á. de Marabá PA Nhozinho Santos São Luís

18:00 Rio Branco AC x Luverdense MT Arena da Floresta Rio Branco

3ª rodada 14/06 – Dom

16:00 Paysandu PA x Rio Branco AC Olímpico Belém

17:00 Luverdense MT x Á. de Marabá PA Passos da Ema Lucas do Rio Verde

4ª rodada 21/06 – Dom

16:00 Á. de Marabá PA x Paysandu PA Estádio Rosenão, em Paraupabas/PA.

17:00 S. Corrêa MA x Luverdense MT Nhozinho Santos São Luís

5ª rodada 28/06 – Dom.

17:00 Luverdense MT x Paysandu PA Passos da Ema Lucas do Rio Verde

18:00 Rio Branco AC x S. Corrêa MA Arena da Floresta Rio Branco

6ª rodada 05/07 – Dom.

16:00 Paysandu PA x Á. de Marabá PA Olímpico Belém

17:00 Luverdense MT x S. Corrêa MA Passos da Ema Lucas do Rio Verde

rodada12/07 – Dom.

16:00 Á. de Marabá PA x Luverdense MT Estádio Rosenão, em Paraupabas/PA.

18:00 Rio Branco AC x Paysandu PA Arena da Floresta Rio Branco

8ª rodada19/07 – Dom.

16:00 Paysandu PA x Luverdense MT Olímpico Belém

17:00 S. Corrêa MA x Rio Branco AC Nhozinho Santos São Luís

9ª rodada26/07 – Dom.

16:00 Á. de Marabá PA x S. Corrêa MA Estádio Rosenão, em Paraupabas/PA.

17:00 Luverdense MT x Rio Branco AC Passos da Ema Lucas do Rio Verde

10ª rodada 02/08 – Dom.

17:00 S. Corrêa MA x Paysandu PA Nhozinho Santos São Luís

18:00(5) Rio Branco AC x Á. de Marabá PA Arena da Floresta Rio Branco

GRUPO B

1ª rodada 24/05 – Dom.

16:00 Confiança SE x Icasa CE Lourival Batista Aracaju

16:00 Salgueiro PE x CRB AL Cornélio Barros Salgueiro

2ª rodada 31/05 – Dom.

16:00 Icasa CE x Salgueiro PE Mauro Sampaio Juazeiro do Norte

Sábado- 6 de junho

16:00 CRB AL x ASA AL Rei Pelé Maceió

3ª rodada 14/06 – Dom.

16:00 ASA AL x Salgueiro PE Coaracy Fonseca Arapiraca

16:00 Confiança SE x CRB AL Lourival Batista Aracaju

4ª rodada 21/06 – Dom.

16:00 Icasa CE x ASA AL Mauro Sampaio Juazeiro do Norte

16:00 Salgueiro PE x Confiança SE Cornélio Barros Salgueiro

5ª rodada 28/06 – Dom.

16:00 ASA AL x Confiança SE Coaracy Fonseca Arapiraca

16:00 CRB AL x Icasa CE Rei Pelé Maceió

6ª rodada 05/07 – Dom.

16:00 ASA AL x Icasa CE Coaracy Fonseca Arapiraca

16:00 Confiança SE x Salgueiro PE Lourival Batista Aracaju

7ª rodada 12/07 – Dom.

16:00 CRB AL x Confiança SE Rei Pelé Maceió

16:00 Salgueiro PE x ASA AL Cornélio Barros Salgueiro

8ª rodada 19/07 – Dom.

16:00 Confiança SE x ASA AL Lourival Batista Aracaju

16:00 Icasa CE x CRB AL Mauro Sampaio Juazeiro do Norte

9ª rodada 26/07 – Dom.

16:00 ASA AL x CRB AL Coaracy Fonseca Arapiraca

16:00 Salgueiro PE x Icasa CE Cornélio Barros Salgueiro

10ª rodada 02/08 – Dom.

16:00 Icasa CE x Confiança SE Mauro Sampaio Juazeiro do Norte

16:00 CRB AL x Salgueiro PE Rei Pelé Maceió

GRUPO C

1ª rodada 24/05 – Dom.

15:00 Ituiutaba MG x Guaratinguetá SP Fazendinha (2) Ituiutaba

16:00 América MG x Gama DF Independência Belo Horizonte

2ª rodada 31/05 – Dom.

15:00 Guaratinguetá SP x Mixto MT Dário Leite Guaratinguetá

16:00 Gama DF x Ituiutaba MG Bezerrão Gama

3ª rodada 14/06 – Dom.

16:00 Mixto MT x Ituiutaba MG A definir (3) A definir (3)

16:00 América MG x Guaratinguetá SP Independência Belo Horizonte

4ª rodada 21/06 – Dom.

15:00 Ituiutaba MG x América MG Fazendinha (2) Ituiutaba

16:00 Gama DF x Mixto MT Bezerrão Gama

5ª rodada 28/06 – Dom. 16:00 Guaratinguetá SP x Gama DF Dário Leite Guaratinguetá

15:00 Mixto MT x América MG A definir (3) A definir (3)

6ª rodada 05/07 – Dom.

16:00 Mixto MT x Gama DF A definir (3) A definir (3)

16:00 América MG x Ituiutaba MG Independência Belo Horizonte

7ª rodada 12/07 – Dom.

15:00 Guaratinguetá SP x América MG Dário Leite Guaratinguetá

15:00 Ituiutaba MG x Mixto MT Fazendinha (2) Ituiutaba

8ª rodada 19/07 – Dom.

16:00 América MG x Mixto MT Independência Belo Horizonte

16:00 Gama DF x Guaratinguetá SP Bezerrão Gama

9ª rodada 26/07 – Dom.

15:00 Ituiutaba MG x Gama DF Fazendinha (2) Ituiutaba

16:00 Mixto MT x Guaratinguetá SP Verdão Cuiabá

10ª rodada 02/08 – Dom.

16:00 Gama DF x América MG Bezerrão Gama

16:00 Guaratinguetá SP x Ituiutaba MG Dário Leite Guaratinguetá

GRUPO D

1ªrodada 24/05 – Dom.

16:00 Marcílio Dias SC x Caxias RS Hercílio Luz Itajaí

16:00 Criciúma SC x Marília SP Heriberto Hulse Criciúma

2ª rodada 31/05 – Dom.

16:00 Marília SP x Brasil RS Bento de Abreu Marília

16:00 Caxias RS x Criciúma SC Centenário Caxias do Sul

3ª rodada 14/06 – Dom.

16:00 Brasil RS x Criciúma SC Bento Freitas Pelotas

16:00 Marcílio Dias SC x Marília SP Hercílio Luz Itajaí

4ª rodada 21/06 – Dom.

16:00 Caxias RS x Brasil RS Centenário Caxias do Sul

16:00 Criciúma SC x Marcílio Dias SC Heriberto Hulse Criciúma

5ª rodada 28/06 – Dom.

16:00 Brasil RS x Marcílio Dias SC Bento Freitas Pelotas

16:00 Marília SP x Caxias RS Bento de Abreu Marília 71

6ª rodada 05/07 – Dom.

16:00 Brasil RS x Caxias RS Bento Freitas Pelotas

16:00 Marcílio Dias SC x Criciúma SC Hercílio Luz Itajaí

7ª rodada12/07 – Dom.

16:00 Marília SP x Marcílio Dias SC Bento de Abreu Marília

16:00 Criciúma SC x Brasil RS Heriberto Hulse Criciúma

8ª rodada 19/07 – Dom.

16:00 Marcílio Dias SC x Brasil RS Hercílio Luz Itajaí

16:00 Caxias RS x Marília SP Centenário Caxias do Sul

9ªrodada 26/07 – Dom.

16:00 Brasil RS x Marília SP Bento Freitas Pelotas

16:00 Criciúma SC x Caxias RS Heriberto Hulse Criciúma

10ª rodada 02/08 – Dom.

16:00 Caxias RS x Marcílio Dias SC Centenário Caxias do Sul

16:00 Marília SP x Criciúma SC Bento de Abreu Marília

SEGUNDA FASE

GRUPO E

09/08 – Dom.

2º Grupo B x 1º Grupo A A definir (4) A definir (4)

16/08 – Dom.

1º Grupo A x 2º Grupo B A definir (4) A definir (4)

GRUPO F

09/08 – Dom.

2º Grupo A x 1º Grupo B A definir (4) A definir (4)

16/08 – Dom.

1º Grupo B x 2º Grupo A A definir (4) A definir (4)

GRUPO G

09/08 – Dom. 2º Grupo D x 1º Grupo C A definir (4) A definir (4)

16/08 – Dom.

1º Grupo C x 2º Grupo D A definir (4) A definir (4)

GRUPO H

09/08 – Dom.

2º Grupo C x 1º Grupo D A definir (4) A definir (4)

16/08 – Dom.

1º Grupo D x 2º Grupo C A definir (4) A definir (4)

TERCEIRA FASE

GRUPO I

23/08 – Dom.

1º Grupo E x 1º Grupo F A definir (4) A definir (4)

30/08 – Dom.

1º Grupo F x 1º Grupo E A definir (4) A definir (4)

GRUPO J

23/08 – Dom.

1º Grupo G x 1º Grupo H A definir (4) A definir (4)

30/08 – Dom.

1º Grupo H x 1º Grupo G A definir (4) A definir (4)

QUARTA FASE

13/09 – Dom.

1º Grupo I x 1º Grupo J A definir (4) A definir (4)

20/09 – Dom.

1º Grupo J x 1º Grupo I A definir (4) A definir (4)

OBSERVAÇÕES:

Estádio a definir (1) .

Estádio sem iluminação artificial (2)

Clube cumprindo perda de três mandos de campo (3) pendente do ano passado.

Estádios e cidades a definir após término da 1ª Fase (4).

Considerando o fuso horário de Rio Branco/AC, o horário de 18:00 h representa simultaneidade com 17:00 h, em São Luís/Ma (5).

Os horários dos jogos correspondem ao horário local.

Todos os estádios designados estão sujeitos a inspeções prévias, o que poderá acarretar mudanças de locais.

Quaisquer estádios poderão ser substituídos na hipótese da falta dos laudos técnicos exigidos pelo Estatuto de Torcedor.


Campeonato Brasileiro 2009 – Séries C e D - Regras

Tabela do Campeonato Brasileiro de Clubes- Série D- 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Diego Souza, resgatando os fatos

Tenho lido, há mais de um ano, comentários de torcedores do Grêmio sobre a saída de Diego Souza do Olímpico. Basicamente, o chamam de ‘traidor’.

Há mais de um ano leio esses comentários e, há mais de um ano, esses comentários me irritam.

Hoje, após a polêmica entre Diego Souza e Domingos, após Diego ter dito que no Grêmio ‘aprendeu a viver de loucura’, resolvi quebrar o silêncio e explicar o porquê da minha irritação.

Vejam bem, caros gremistas. O ano é 2007. O Benfica, no meio do ano, faz uma proposta de 4 milhões de Euros (se não me engano) por Carlos Eduardo, e, além disso, nos cederia Diego Souza. O Grêmio, naquela oportunidade, não apenas silenciou ao receber a proposta do Benfica como, dois dias depois, anunciou que Carlos Eduardo havia sido vendido para o Hoffenhein por 7 milhões de euros e, no mesmo dia da venda, anunciou a contratação de, pasmem, RODRIGO MENDES. Era como se o nosso dirigente à época (pra quem não lembra o – não – saudoso Paulo Pelaipe) quisesse constranger a torcida a não reclamar, tanto da venda quanto da contratação do antigo ídolo Rodrigo (que estava há 5 meses sem jogar devido a ua lesão).

Pois bem, a direção não quis Diego Souza naquele momento. Passaram-se alguns meses, dezembro chegou e, com dezembro, expirou a preferência do Grêmio para contratação do jogador. Sim, era escolha do Grêmio contratá-lo ou não. Não se tratava de decisão de Diego Souza e, sim, de decisão do Grêmio. Diego Souza era jogador do Benfica, não tinha autonomia para decidir qual clube estava disposto a pagar para contratá-lo.

O Grêmio não contratou Diego Souza. Nem vou lembrar aqui que, um mês depois, o Grêmio estava gastando um milhão de dólares pelo empréstimo de Júlio dos Santos, mais uns milhões por Perea, dentre outros.

Sempre lembrando que naquela época quem dava as cartas no Olímpico era Paulo Pelaipe. O dirigente que sempre, SEMPRE após a saída de um jogador, ia para a imprensa e falava mal do atleta pelas costas. Vamos recordar das palavras de Pelaipe durante a estadia de Diego no Olímpico:

“Amoroso chegou sob o aplauso de toda a imprensa e fracassou. Diego Souza foi ridicularizado, chamado de gordo, e deu certo. Não é o nome que conta.”

E após a saída de Diego:

- Perdemos um jogador que fez uma Libertadores muito boa e um segundo semestre apenas razoável. Lutávamos para contratar o Diego da Libertadores, não aquele dos três últimos meses. Não estamos frustrados com a ida dele para o Palmeiras. Eu ficaria frustrado de perder Renato Portaluppi, Ronaldinho Gaúcho ou Anderson, não o Diego Souza.

E ainda, mais tarde, reclama do jogador que, já contratado pelo Palemeiras, imaginem vocês, cometeu a INDECÊNCIA de falar bem do clube que se esforçou para adquiri-lo!

- Quando dava entrevistas aqui para a imprensa do Sul, ele dizia que queria ficar no Grêmio. Para São Paulo, afirmava que seria um sonho trabalhar com o Luxemburgo.

Me pergunto que tipo de conduta Diego Souza deveria ter quando de sua chegada ao Palestra Itália. Deveria Diego Souza dizer algo como ‘olha gente, o Grêmio era o clube no qual eu queria estar agora, mas infelizmente eles não quiseram adquirir os meus direitos, então eu acabei vindo pra essa porcaria de Palmeiras mesmo. Fazer o que, né? É a vida!’

Convenhamos!

Então, recapitulando: o Grêmio não quis contratar Diego Souza. Só isso. O resto é intriguinha criada pelo ex- dirigente ( \o/) Paulo Pelaipe.

Tudo que Perspectiva publicou sobre Diego Souza.

Libertadores sem treinador?

Os dois últimos jogos do Grêmio na Copa Libertadores tiveram um gostinho especial. Foram as duas primeiras partidas sem a presença de Celso Roth na casamata e isso, por si só, já é motivo para deixar qualquer torcedor entusiasmado. Aliado a isso, o fato de a bola, finalemente, ter começado a entrar no gol adversário. Fim da zica.

Como era de se esperar, a torcida se empolgou. No primeiro jogo, gritava pelo nome de Marcelo Rospide, técnico interino, antes mesmo do início, só pelo fato de ser ele, e não Celso Roth, quem estava no banco de reservas. Os bons resultados fortaleceram o sentimento de apreço pelo interino. Normal que assim seja. Todos estamos contentes com os resultados obtidos até agora e gostamos da dedicação do gremista Rospide.

No entanto, sabemos que uma disputa de Libertadores exige um treinador experiente.

O Grêmio, após a saída de Roth, passou a especular diversos nomes para assumir o cargo de treinador. Afinal, praticamente classificado, e com folga no calendário,o novo treinador teria tempo de sobra para reorganizar o time e dar ’sua cara’ para a equipe. Imaginou-se, então, que a direção gremista estaria prestes a anunciar o novo comandante.

Não foi o que ocorreu.

A direção decidiu esperar por Paulo Autuori até o dia 20 de maio. Até lá, o Grêmio continua sob o comando de Marcelo Rospide.

Repito que não tenho nada contra Rospide, pelo contrário. Aliás, antes ele do que Geninho ou Ney Franco, que chegaram a ser cogitados. Porém, o Grêmio que se viu nas últimas partidas ainda tem os resquícios (bons ou maus) do Grêmio de Celso Roth. E, não sei quanto aos demais torcedores, mas eu vi a zaga falhando, e muito, no jogo contra o Universidad.

Temerária a postura da direção gremista. Não sei o motivo do veto ao nome de Renato Portaluppi. É um técnico que foi até a final da Libertadores da América, perdendo apenas nos pênaltis, tem identificação com o clube e, além de tudo, é gremista.

A direção praticamente dá por garantida a classificação do Grêmio para as quartas de final, ao anunciar que só nessa fase Autuori assumirá o cargo de treinador do Grêmio. E, frise-se, assumir é diferente de treinar. É diferente de preparar um time com um mês de antecedência. Em 20 de maio Paulo Autuori apenas assumirá o Grêmio, mas ainda não será nosso treinador. Sabe-se lá quanto tempo precisará para, de fato, organizar a equipe de sua maneira.

Esperemos que essa brincadeirinha de dirigir um clube não nos custe a classificação para as quartas de final.

A derrota dos melhores

O poema “The Second Coming” – “A Segunda Vinda” – do irlandês William Butler Yeats é uma obra-prima da poesia moderna e uma das maiores peças literárias de língua inglesa em todos os tempos. Cheio do simbolismo muito particular à poesia do próprio Yeats, um estudioso de ocultismo e mitologias orientais (e, não obstante tudo isso, um cristão), o poema publicado em 1921 ala de uma época em que “tudo desmorona; o centro se desmembra/ Mere anarquia recai sobre o mundo/Monta a sombria maré sanguinolenta/ E a cerimônia da inocência é afogada em toda parte“. E, a seguir, resume em duas linhas qual é o espírito geral desta época: “Os melhores perdem toda convicção, enquanto os piores estão cheios de apaixonada intensidade”

Não é preciso dizer que as leituras de The Second Coming são quase tantas quanto são os seus leitores. Para Harold Bloom, Yeats enxerga a instalação do comunismo na Rússia, em 1917, e as suas promessas redentoras de criação de um novo mundo e de um novo homem como um prenúncio apocalíptico do retorno de um falso Cristo, de um falso Messias, de um Anticristo, prometendo uma Salvação sem Cristo e uma religião sem Deus – e, por isso, uma falsa Salvação e uma falsa religião. O último verso faz uma pergunta aterrorizante: “Qual horrenda besta, quando chegar a hora, arrastar-se-à até Belém para nascer?”. Talvez Yeats não se referisse apenas ao comunismo russo daquela época. Talvez este poema com mais de sete décadas de vida não seja mero produto de época – e, se o for, esta época provavelmente não terminou.

Para dizer a verdade, depois de saber deste caso, cristaliza-se em mim a convicção de que vivemos, sim, a época da Segunda Vinda, a época em que o centro que guiava o mundo já não retém nada, a época em que a besta procura Belém para renascer e, enganando a todos, guia a humanidade como um profeta em direção ao abismo. A época, em suma, em que os piores estão cheios de paixão, e que os melhores, como Gilberto Thums, perdem toda a convicção no que fazem.

O treino que não houve

O feriado de 21 de abril com temperatura amena estimulou que o implícito chamamento formulado no site do Grêmio fosse atendido pelos gremistas.

O estádio Olímpico recebeu dezenas de torcedores na tarde desta terça-feira. Cuias com chimarrão na mão e máquinas a postos para registrar momentos marcantes, aguardavam sentados nas dependências da Social. Transposto o horário que seria o do início do treino não se observava sinal de movimentação de atletas, apenas os goleiros realizavam corrida em volta do gramado. No entanto, a torcida permanecia firme. No suplementar, o treino do Guarani de Campinas atraía alguns expectadores que, em seguida, dirigiam-se para dentro do estádio.

No entanto, não houve treino. Não houve nem mesmo aviso para aqueles que permaneciam esperando.

Nada de extraordinário. O tratamento habitual.

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Esperando o treino

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Esperando o treino

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Esperando o treino

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O pequeno Ronaldo, envergando camisa da década de 80, que foi de seu pai, aparentemente cansou de esperar pelo treino e foi brincar no Largo dos Campeões.


sábado, 18 de abril de 2009

Fugindo do apocalipse

Desde que comecei a ouvir falar na Internet ouvi falar também no fim da mídia impressa. Era o fim dos livros, substituídos pelos e-books; era o fim da revista, substituída pelas revistas eletrônicas, então escritas em corpo de e-mail para desespero dos míopes; e, claro, era o fim dos jornais. Nem se falava em blogs, flogs, twitters e assemelhados e o fim da imprensa – entendida aqui no seu sentido original, isto é, de algo impresso no papel – já era trombeteado em alto som para quem quisesse e quem não quisesse ouvir. Os argumentos sempre foram os mesmos: espaço ilimitado, economia de gastos, liberdade infinita e até vantagens do ponto de vista ecológico, uma vez que árvores seriam poupadas. Em suma, a sentença de morte não admitia apelação. O jornal estava condenado e seu desaparecimento era questão de tempo.

O tempo então passou. O jornal, como sabemos, não morreu. Claudica, é verdade: as tiragens caem em todo o mundo todo – sobretudo nos EUA – e acompanham uma tendência que vem de há muito tempo, por vários e outros motivos. Mas o fato é que ainda não acabou. E não acabou também o discurso apocalíptico, o qual, como todos os discursos apocalípticos, pode até se tornar démodé, ultrapassado e até brega mas nunca morre de fato. Transmuta-se, mascara-se, usa outros códigos, mas permanece na boca de alguém e volta e meia vem à tona com força, ocupando espaço de destaque e assumindo a aparência de grande novidade. Antes, defendia-se apenas que o jornal em papel estaria com os dias contados. Hoje, nem mesmo os jornais eletrônicos têm seu espaço garantido, tamanha é a profusão de blogs especializados que não cobram por acesso e informam – segundo os defensores desta opinião – tão bem quando os melhores articulistas dos grandes jornais e com muito mais independência. A última eleição nos EUA, em que blogueiros que trabalhavam à noite, após o expediente, tornaram-se participantes ativos de campanhas e vozes a serem escutadas por políticos e analistas experientes, parece ser mesmo um sinal bem forte de que não se trata mas de um exercício de futurologia à 1984 e sim do reconhecimento de um fato concreto e estabelecido.

Não resta dúvida de que a Internet conquistou de vez um espaço dentro da grande mídia e que este espaço tende, no momento, a crescer. Também não resta dúvida de que o jornal deve se reinventar e buscar alternativas para poder sobreviver, se quiser sobreviver, em meio ao turbilhão de informações que assola este novo milênio. A dúvida que resta é: o jornal tem como se reinventar? Pode continuar a ocupar um espaço só seu? Terá instrumentos para resistir? Há algo de intrínseco ao jornal, algo próprio só dele, que lhe assegure a permanência?

Recordo aqui a entrevista concedida pelo americano Henry Jenkins, especialista em mídia, ao canal Globonews há uns meses atrás. Jenkins é um dos maiores estudiosos da difusão da informação com o advento da Internet e da adaptação da humanidade a este novo quadro. Segundo ele, vivemos em uma época em que a quantidade de informação circundante é várias vezes superior à nossa capacidade de assimilar e processar novidades. Com um clique no Google acessamos referências de diferentes níveis de qualidade sobre praticamente tudo e de modo imediato. A questão é que nem sempre temos e sabemos como escolher as melhores fontes diante de tantas opções que se nos apresentam. As palavras de Jenkins não deixam margem a dúvidas: “Precisamos aprender a participar seletivamente ou seremos soterrados pelas informações”. Fazendo uma comparação com uma mídia mais “antiga”, é como uma pessoa que almeja tornar-se um grande sábio acumulando leituras desordenadas sobre os mais diversos assuntos. Sua cabeceira está cheia de livros sobre Física Relativística, filosofia alemã, botânica, esquemas táticos de futebol e estudos sobre o Expressionismo, escolhidos à mão livre, sem cuidado e com pressa. Aquele que escolhe bem essas leituras já não é um leitor sem orientação – é um verdadeiro erudito, capaz de orientar os demais no mesmo processo. E aquele que “participa seletivamente” da informação na Internet é o jornalista. Ou melhor: será o único jornalista digno de sobreviver a este novo mundo. Eis aí o seu provável espaço: pequeno, reduzido, mas ao mesmo tempo indispensável para que a informação circule de maneira proveitosa. Não é preciso lembrar que este é um trabalho de profissional – e, portanto, um trabalho pago.

É claro que nem todos gostam disso. O serviço é redobrado e exige um preparo e uma dedicação que, penso eu, os egressos das faculdades de jornalismo cada vez menos têm (e aqui fala alguém que já freqüentou os seus bancos). O jornalista que quiser permanecer deverá compreender as novas exigências de sua profissão e adaptar-se a elas. E deverá compreender também que, se estas exigências forem cumpridas com êxito, desta grande ameaça que ora paira pode surgir uma nova e grandiosa era para o jornalismo. Até que um outro discurso apocalíptico venha a ressurgir.

Ler TinTim hoje


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A Companhia das Letras vem lançando desde o ano passado a coleção completa das obras de Tintim, que completa agora em 2009 seus oitenta anos. Trata-se de um dos maiores fenômenos de venda neste gênero em todo o século XX. A fama de Tintim no auge de sua popularidade, entre os anos 40 e 60, fez com que o presidente Charles de Gaulle fosse obrigado a admitir que, no estrangeiro, ele era o único francófono capaz de rivalizar com ele. Talvez fosse um excesso do presidente francês: Tintim era muito mais conhecido do que De Gaulle e provavelmente muito mais admirado. São nada menos do que 200 milhões de álbuns vendidos desde que o cartunista belga Hergé publicou a primeira história no “Petit Vingtième”, suplemento do jornal belga “Le Vingtième Siécle” destinado aos jovens: “As Aventuras de Tintim no País dos Sovietes”.

O título já diz tudo: o repórter belga Tintim vai à então recém-criada União Soviética para fazer uma reportagem sobre aquele novo país que contava apenas doze anos de existência. Enfrenta tudo o que um visitante da União Soviética tem direito: a repressão da polícia, o olhar atento dos vigilantes a qualquer estrangeiro (ainda mais, Ocidental), o aparelho estatal atento a tudo e, enfim, a falta da liberdade com a qual está acostumado. O roteiro não parece própro para jovens – ou, pelo menos, para os jovens de hoje – mas o livro ajudou a catapultar Tintim para o sucesso, vendendo dezenas de milhões de cópias e se tornando um dos mais conhecidos de toda a sua bibliografia.

Uma pequena passada pelas suas páginas nos mostra as características principais da obra de Tintim, como o traço ligne claire (”linha clara”, em francês), marcante e forte, sem distinguir figuras que estão no plano de fundo ou em primeiro plano. Mas, principalmente, o que nos chama a atenção no livro é que ele parece datado, por uma série de razões: é em preto e branco; o traço clear line talvez não seja tão aceito hoje; a própria referência a um país que já não existe , e a maneira como esta referência é feita – enfim, tudo dificulta a nossa aproximação do texto. A leitura destas Aventuras de Tintim no País dos Sovietes têm, para nós, um efeito semelhante ao da leitura daqueles relatos fantásticos de exploradores europeus nas Américas ou de Marco Polo na China. E não só delas. Todas as obras de Tintim nos dão essa mesma impressão, até mesmo quando ele está em países que até hoje existem.

É uma sensação estranha. Em 1929, quando este livro foi publicado, pouca gente sabia como era a vida na União Soviética. Tintim era um stranger in a strange land, e nós, ocidentais como ele, o considerávamos um emissário nosso nestas terras. Sua visão dos soviéticos era a nossa, assim como a sua visão dos chineses, dos australianos e de todos os povos do mundo correspondia mais ou menos à nossa visão deles. Não por acaso, Tintim no Congo é, hoje considerado um livro racista pela maneira como retrata os africanos sem qualquer preocupação com o politicamente correto: em 1929 – e em 1939, em 1949 e até mesmo em 1959 – não havia preocupação com essas coisas. Da mesma forma, em 1929 fazer uma viagem destas para os confins do mundo civilizado era algo raríssimo: ninguém, ou quase ninguém, ia a Macchu Picchu falar em aimará com os nativos. Hoje, visita-se não só Macchu Picchu mas qualquer vila minuscula em volta e pede-se uma Coca-Cola em inglês sem problemas. Qualquer um faz o caminho de Santiago, visita a Muralha da China, faz mochilões por qualquer canto desconhecido do mundo ou, muito simplesmente abre o Google Earth e tem uma idéia de como é o mundo para além das nossas fronteiras. Um Tintim não precisa nos emprestar sua visão do mundo eurocêntrica para que possamos conhecer o mundo que nos cerca. Ele não é necessário e também não é interessante. Boa parte do roteiro de suas histórias e de suas aventuras calca-se no choque civilizacional entre ele,habitantes de um dos centros da cultura européia, e a perifeira ou além-periferia que ele visita. Claro que são aventuras inteligentes, que os personagens são ótimos – o capitão Haddock é simplesmente espetacular – mas esse confronto, essa aventura que aparece em todos os títulos de suas histórias já não fazem muito sentido para nós. O mundo século XXI é um mundo sem grandes aventuras, sem grandes lugares para descobrir. Tintim é muito menos lido hoje por isso. É pena. Talvez uma das melhores razões para lê-lo seria a possibilidade de recordar de um mundo em que visitar o outro lado do Globo envolvia muito mais do que simplesmente clicar um mouse.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

As aparências enganam

No dia dedicado a voz recebemos do leitor Alexandre Berwanger este vídeo.

Impressionante.

sábado, 11 de abril de 2009

Ler T.S. Eliot na Páscoa


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“O anjo no sepulcro vazio de Jesus”, Gustave Doré


T.S. Eliot é um poeta cristão, ou um cristão poeta, dependendo do momento. Nem sempre a matéria religiosa é dominante em sua poesia. Mas ela está sempre lá, mesmo indiretamente: a desolação de The Wasteland ante o mundo contemporâneo é a mesma que muitos cristãos da mesma época, principalmente católicos, sentiram ao verem o mundo que conheceram e ajudaram a construir ser destruído a partir de seus alicerces, como uma implosão. Eliot lamentava ao enxergar o mundo dessacralizado que se lhe mostrava, um mundo que parecia ter esquecido tudo o que os mártires, os santos, os doutores e tudo o que os homens da Igreja deixaram construído para nosso desfrute – e, com isso, esquecido também os valores básicos da civilização.

Como os maiores poetas, o grande mestre do Missouri também foi visionário. Tudo o que as abadias, os monastérios, as escolas e os claustros nos legaram é hoje pó a ser varrido pela vassoura do progresso histórico. Cada vez mais o mundo dá mostras claríssimas de que Deus, Cristo e a religião são problemas do passado. Eliot, como outros, o enxergou muito antes de todos. Como outros, não foi devidamente ouvido.

Por isso, a leitura do sexto coro de “A Rocha”, publicado em 1934, tem um significado especial nesta Páscoa de 2009. As belas mensagens em louvor ao Homem que morreu por nós dão aqui lugar a um poema de duras palavras, , duramente sarcástico, e também indignado, de dedo em riste para o leitor, mas nunca amargo ou desesperançoso. Este coro é uma convocação para a batalha num momento em que a maioria das pessoas pensa em celebrar e isso talvez não seja a atitude mais agradável a se fazer. Mas os grandes poetas, como T.S. Eliot, são homens à semelhança do Cristo especialmente inspirado do Evangelho de Mateus, X, 34-36: eles não vêm à terra para trazer a falsa paz , mas sim perturbar-nos com a espada.

É difícil para aqueles que nunca foram perseguidos
E para aqueles que jamais conheceram um Cristão
Acreditar nas histórias da perseguição cristã.
É difícil para os que vivem próximos à Delegacia
Acreditar no triunfo da violência.
Imaginais que a Fé já conquistou o mundo
E que os leões dispensem agora os carcereiros?
Será preciso vos dizer que tudo quanto foi pode ainda vir a ser?
Será preciso vos dizer que mesmo as iluminações medíocres
De que podeis vos jactar numa sociedade cultivada
Dificilmente sobreviverão à Fé que as tornou acreditadas?
Homens! Poli vossos dentes ao vos erguer e retirar;
Mulheres! Esmaltai vossas unhas
Poli os dentes do cão e as garras do gato.
Por que deveriam os homens amar a Igreja? Por que
deveriam eles amar suas leis?
Ela lhes fala da Vida e da Morte, e de tudo o que desgosto
lhes daria recordar.
Ela é meiga onde os homens gostariam de ser duros, e dura
onde a ternura os faria erguer um altar.
Ela lhes fala do Mal e do Pecado, e de outros fatos amargos.
Amiúde tentam eles escapar
À treva que no fundo os corrói e ao seu redor se alastra,
Sonhando com sistemas tão perfeitos em que o bem seja de
todo dispensável.
Mas o homem que é há de ofuscar
O homem que pretende ser.
E o Filho do Homem não foi crucificado apenas uma vez
para nos salvar,
O sangue dos Mártires não foi vertido apenas uma vez para
nos salvar,
A vida dos Santos não foram doadas apenas uma vez para
nos salvar
- Pois que o Filho do Homem é sempre crucificado
E o serão também os Mártires e os Santos
E se o sangue dos mártires deve escorrer sobre os degraus
Precisamos antes construir estes degraus;
E se deve ser o Templo derrubado

Precisamos antes ter o Templo edificado

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Os 50 jogos de videogame mais vendidos da atual década – 2000 até 2009

Os 50 jogos mais vendidos da atual década - 2000 até 2009

Os 50 jogos mais vendidos da atual década - 2000 até 2009

A lista chama a atenção pela presença maciça de jogos para consoles portáteis e a expressiva venda dos jogos de Wii, em sua maior parte destinado aos casual gamers – os fãs que jogam, até gostam, mas não representam o estereótipo do fã de videogames; ele não pesquisa sobre jogos e tampouco conhece o mercado.

Não chega a ser surpreendente a quantidade de jogos casuais da lista: Wii, o console atual da Nintendo é caracterizado por possuir em grande parcela de seus fãs os casual gamers. E é o videogame mais vendido atualmente. Pelo fato de estar criando um mercado amplo destinado aos casuais, o Wii vem sendo alvo de críticas dos Hardcore Gamers – este sim aquele americano gordinho que o leitor imagina quando pensa em videogame -, atualmente alocados entre o Xbox 360 e o Playstation 3.

De visão pessoal, desprezo a maior parte dos jogos lançados para o Nintendo Wii. Até o momento, com exceção dos jogos lançamentos pela própria Big N o console tem uma lista muito pequena de jogos de qualidade. A revolução na forma de jogar proposta pelo videogame agradou. Resta saber se os “seus poréns” não terão um impacto negativo para o mercado de videogames futuro.

Para ouvir na Semana Santa

quinta-feira, 9 de abril de 2009

“Quero ajudar Obama”, diz Fidel Castro

E Obama também quero ajudar Fidel Castro. O líder americano está propondo várias iniciativas de aproximação com a ilha caribenha, que incluem flexibilização das hoje duríssimas relações comerciais entre os dois países.

Fidel Castro e o governo Obama estão em rota de aproximação. Mais do que isso: dá para dizer que um clima de simpatia mútua está começando a se desenhar. Nesta semana, seis deputados democratas visitaram Castro em sua residência e voltaram impressionados com “El Comandante”, a quem qualificaram como uma pessoa saudável, cheia de energia e com as idéias bem claras. Ou seja, ao contrário do que a mídia está dizendo, os deputados americanos afirmam tacitamente que Fidel não está à beira da morte.

O deputado Bobby Rush fez questão de dizer que Raul Castro pessoalmente é o contrário do que a mídia costuma dizer dele. Voltou maravilhado: “O que me fascinou nele foi o seu grande senso de humor, sua consciência histórica e suas qualidades humanas”.

Fidel não ficou menos satisfeito com a visita dos representantes do país vizinho. Agradeceu a eles pela “qualidade de suas palavras simples e profundas”.

Quem não acredita clica aqui.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

E Beckham quer ficar

Quando David Beckham anunciou sua ida para o futebol dos Estados Unidos da América o mundo do futebol estremeceu. À época, vivia seu pior momento no galáctico Real Madrid: afastado do time titular pelo pouco simpático Fábio Capello e por vezes sacado até mesmo do banco de reservas, Beckham decidiu embarcar rumo a Los Angeles, o que para muitos decretaria o final de sua carreira como jogador de alto nível.

Curiosamente, foi depois do anúncio de que iria se transferir no final do contrato que o jogador provou que não havia crescido no esporte apenas pelo marketing: escalado de volta aos titulares pelo elenco e pela torcida Beckham jogou como não fazia desde os tempos de Manchester United. Comandou o meio-campo madrileño rumo ao título de La Liga acabando com o jejum de títulos de dois anos do maior clube espanhol, provando que não ia para os Estados Unidos por incapacidade de jogar no futebol europeu. Ia por opção.

Desembarcava em Los Angeles o capitão do English Team e principal nome do futebol inglês desde o final da década de 90. A aposta do Los Angeles Galaxy era promover o clube e funcionou – não há hoje sequer um cidadão verdadeiramente interessado por futebol que não conheça o clube pelo nome, fato inimaginável antes da chegada do craque/popstar. A transferência catapultou a marca LAGalaxy e encheu estádios em um país que o futebol sempre foi considerado “coisa de menina”. O antigo camisa sete do Manchester United demonstrou na Costa Oeste americana as qualidades que o fizeram crescer no futebol (chegou a ser eleito o jogador da temporada, mesmo que não seja muito difícil por lá) e por isso seguiu sendo convocado para defender a Inglaterra. Habituado ao clima do “Real Football”, Beckham alternava entre a Mickey Mouse´s League e o futebol de verdade pelo escrete nacional. Até que em dezembro de 2008 é emprestado ao Milan por um período curto, como solução emergencial enquanto o clube rossoneri sofria com lesões. Permitiram que provasse a doce maçã novamente…

Beckham voltou ao futebol europeu como se jamais tivesse saído. Conquistou a titularidade tão logo teve condições físicas e legais de jogo, surpreendendo até mesmo aqueles que sempre apreciaram seu futebol. Com menos de 10 partidas já está contagiado novamente pelo clima do futebol que o Milan, como poucos clubes no mundo, oferece aos seus atletas. E evidentemente não quer mais o futebol americano (sem trocadilhos). Depois de ter passado toda sua carreira jogando pelos maiores clubes do mundo e tendo novamente esta oportunidade, era impossível que não se sentisse embriagado mais uma vez por aquele sentimento que faz milhões de crianças sonharem mundo afora: o sentimento de ser um jogador de futebol de verdade. E David Beckham dá a prova definitiva de que é um jogador de futebol quando aos 34 anos e realizado financeiramente sente-se novamente contagiado por este sentimento. O futebol agradece.

Escrito por FRules


SAIU A ZICA!

Foi só o treinador demitido sair do Grêmio que a bola entrou! 3×0! Com direito ao Souza desperdiçando 31235193851235 oportunidades, negando-se a passar a bola para o Maxi Lopez e gerando para si próprio o constrangimento de tomar uma sonora vaia aos 45 minutos, quando o jogo já estava 3×0 e a torcida estava em festa. O motivo da vaia? Pela terceira vez consecutiva, avançavam Souza e Maxi Lopez contra um zagueiro apenas, Souza com a bola e Maxi sozinho. E, pela terceira vez consecutiva, Souza se negou a passar a bola e desperdiçou a chance de aumentar ainda mais o placar.

De resto, valeu o futebol simples e eficiente de Tcheco, a zaga, que em geral jogou de forma consistente, Adílson, brilhante no desarme, Makelele mostrando o porquê de ser considerado um coringa e Herrera e Maxi, brigando e nunca desistindo (e funcionando como dupla de ataque, eis que o gol de Maxi foi originado por um cruzamento de Herrera). Mas, acima de tudo, valeu pelo afastamento da ZICA que havia se instalado no Olímpico desde que aquele que foi demitido assumiu o cargo de treinador do Grêmio em 2008. Deu até mais prazer assistir ao jogo sabendo que na casamata não estava mais o ex-treinador.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Grêmio está virando freguês do Internacional…

…ou o julgamento está sendo injusto?

Quando do lançamento da tabela do Campeonato Gaúcho de 2009 a classificação do Grêmio para a Libertadores estava praticamente assegurada. E todos sabem, desde 1995 o Grêmio refere-se ao estadual como CAFEZINHO quando tem uma prioridade como a Copa Libertadores, uma forma educada de dizer que o que importa de fato é o torneio continental. Ou seja, era evidente que o Imortal Tricolor iria utilizar reservas durante a competição – e todos sabem, os reservas são reservas; eles são piores que os titulares. Jogam mal. Perdem pontos. Levam quatro gols do Caxias e três do Veranópolis,

Sendo assim, era evidente que o Grêmio não seria a equipe líder em pontos gerais do torneio. Fatalmente pontos seriam perdidos com o rodízio de atletas em prol da Libertadores. E é exatamente aí que quero chegar: o interessante desta GENIAL tabela proposta pela Federação Gaúcha de Futebol inspirada no Campeonato Carioca é o privilégio que ela concede para a equipe de melhor campanha – nas fases de mata-mata, o time de melhor retrospecto decide em casa. Natural que fosse assim. O time que teve melhor desempenho merece jogar em seus domínios a decisão da vaga. O que intriga é que a decisão se dá em PARTIDA ÚNICA nos domínios dos adversários.

No campeonato estadual carioca as tradicionais Taça Guanabara e Taça Rio seguem estes moldes e com relativo sucesso. O diferencial é que no Rio de Janeiro existe um estádio neutro para estas decisões, o Maracanã. O Flamengo enfrenta o Fluminense em jogo único também, assim como no Rio Grande do Sul neste ano… só que com estádio dividido entre as torcidas, mando de campo e renda para a equipe de melhor campanha e chances iguais de classificação.

Negar que uma decisão em jogo único na casa do adversário é um favorecimento absurdo significa desconhecer o futebol e o que cerca uma partida. Ainda mais quando se trata de um clássico Gre-Nal com duas apaixonadas torcidas e a visitante em número irrisório. E dos três clássicos disputados neste estadual o Grêmio jogou dois no estádio adversário e um como mandante, sendo que este – vejam só! – foi realizado…em campo neutro!

Ou seja, estas quatro derrotas consecutivas gremistas em clássicos não caracterizam o Grêmio como freguês do Internacional, eis que em todos os casos jogou longe de seu quintal. Claro, deve se acender um sinal de alerta: os gremistas esperam conseguir resultados positivos fora do Olímpico também. Uma análise mais verdadeira poderá ser feita no primeiro Gre-Nal do Brasileirão, que será disputado na casa gremista. O resultado desta partida irá nos dizer se o Grêmio realmente sofre dificuldades enfrentando o Internacional nos dias atuais. Até lá, qualquer julgamento de méritos é errôneo e completamente injusto.

Villa Mimosa – Justiça mantém liminar que garante área de preservação ambiental em Canoas

O status de Cidade dos Tocos, que Canoas (RS) continua lamentavelmente a ostentar, sofreu um forte abalo nesta semana, renovando a esperança de que é possível evitar que a ganância de alguns se sobreponha aos legítimos interesses de toda uma população. Como já foi referido por aqui a Villa Mimosa em Canoas (RS) é uma área de preservação ambiental que está sob ameaça face à pretensão de um grupo empresarial de São Paulo e Porto Alegre de construir prédio na área. A mobilização popular para evitar a concretização da ameaça de derrubada das árvores centenárias que existem no local levou a que um cidadão canoense promovesse uma Ação Popular. Concedida liminar que impediu as atividades predatórias que estavam prestes a ocorrer na Villa.

O Município de Canoas agravou da decisão, visando fosse revogada a liminar que impedia a empresa construtora de fazer a derrubada das árvores no local. Entende o ente público não ser a Villa Mimosa uma área de preservação permanente e também ser desnecessário estudo de impacto ambiental para construção do empreendimento no local. O Município de Canoas alegou que 115 “indivíduos arbóreos” serão suprimidos, sendo que como forma de compensação o empreendedor deveria plantar 1255 mudas de árvores nativas. Entendendo: seriam cortadas 115 árvores centenárias inseridas em um contexto específico, sendo parte de um conjunto harmonioso e como forma de ” compensação” seriam plantadas 1.255 mudas dispersas. Minha memória registra a arborização que existia na rua 15 de Janeiro há poucos anos. Estas árvores foram cortadas e no lugar plantadas mudas. Destas mudas poucas realmente evoluiram para a condição de árvores e o que se vê na principal rua da cidade, ao longo dos muros do Colégio La Salle é uma paisagem inóspita que somente não é pior pela presença , pelo menos por enquanto, de árvores no terreno do referido estabelecimento.

O Tribunal de Justiça do RS, através de decisão monocrática da Desembargadora Liselena Schiafino Robles Ribeiro, negou seguimento ao Agravo interposto pela procuradora do Município, por considerá-lo manifestamente improcedente, mantendo a liminar obtida na Ação Popular proposta pelos advogados Jorge Feres Gomes Uequed e Paulo Eduardo Cesar como produradores de João Cesar.

A tentativa da procuradoria do município de ver referendado pela Justiça o ato atentatório contra o meio ambiente felizmente não logrou êxito, sendo mais uma demonstração clara de que somente a mobilização popular é capaz de evitar a progressiva destruição de nossas áreas de preservação ambiental.

Uma cidade somente deixará de ser Cidade dos Tocos quando seus moradores entenderem que lutar por ela é lutar por si mesmos, com obtenção de um espaço com melhores condições de vida. Felizmente, há em Canoas um grupo de moradores que entende isso e vem lutando em prol da cidade que escolheram para viver. Esperamos que muitos outros somem-se ao grupo inicial e persistam na luta contra a insana arrogância dos imitadores dos Orcs de Saruman .

Abaixo o texto integral do Acordão proferido no Agravo de Instrumento interposto pelo Município de Canoas
Ao clicar no link da foto a imagem irá se sobrepor ao site. Para voltar ao normal, clique na seta “voltar” de seu navegador.

Jorge Uequed receberá o título de Cidadão Canoense

A cidade de Canoas (RS) contará a partir de hoje com mais um cidadão. Em sessão realizada nesta terça-feira, às 19 horas, a Câmara Municipal de Vereadores entregará a Feres Jorge Uequed, advogado, jornalista, deputado federal durante 20 anoas e atual presidente da Comissão de Ética Municipal, a honraria reservada àqueles que, não sendo naturais de uma localidade, a ela prestam relevantes serviços. Uequed foi agraciado com a distinção em 1991; porém na condição de deputado federal estava participando de discussões parlamentares em Brasília e devido a isso não pode comparecer à cerimônia de entrega na época.

Feres Jorge Uequed também será homenageado na condição de diretor do jornal local O Timoneiro, o mais antigo em circulação na cidade.

México: um novo estado dos EUA?

A premiê alemã Angela Merkel, em viagem ao México, disse aos políticos mexicanos que o país deveria passar a fazer parte dos Estados Unidos.

“Deixem-me falar claramente: a União Européia apóia firmemente a candidatura do México aos Estados Unidos“, disse ela diante da Assembléia Nacional Mexicana, sendo surpreendentemente ovacionada pelos deputados.

Merkel evocou os “séculos de história, de cultura e de comércio entre os países que os unem”.

Há dois erros no discurso da sra.Merkel. O primeiro é o de considerar os EUA como uma espécie de União Européia do Novo Mundo. Os países não se candidatam a fazer parte dos EUA como se candidatam a fazer parte da União Européia, como a Turquia vem tentando há anos e alguns países do Leste recentemente conseguiram. Provavelmente acostumada a entender os países pobres que limitam com o seu bloco como pedintes desesperados em busca de aceitação, a sra. Merkel achou que os mexicanos são, como os turcos, postulantes a uma vaga no clube dos ricos mais próximo. E este clube é, para ela, os EUA.

Em segundo lugar, o México não é um apêndice dos EUA. Não sei até que ponto a sra. Merkel conhece a história do país de Pancho Villa. Talvez não saiba que extensas partes do antigo território mexicano foram anexadas pelos EUA e talvez também não saiba das particularidades culturais daquela nação que, há mais de um século, repete para si mesma o velho ditado,: “Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos EUA!”. O simples fato de que, em alguns estados do Sudoeste dos EUA, a imensa quantidade de imigrantes mexicanos tenha mudado consideravelmente o semblante e os hábitos de boa parte da população – a Califórnia é um caso amplamente conhecido deste fenômeno – não quer dizer que os EUA tenham sofrido uma transformação profunda em suas estruturas, em sua auto-imagem e nos seus ideais norteadores. Moreninhos ou não, indiáticos ou não, WASPS ou não, os americanos continuam rigorosamente iguais ao que sempre foram e muito diferentes do que o resto da América é, incluindo o seu vizinho, o Canadá. Aliás, um inspirado Hélio Jaguaribe nos alerta para o fato de que há muito menos unidade entre a América do Sul e os EUA do que entre aquela e a Europa latino-germânica.

Estas são as duas hipóteses que encontro para justificar a declaração da sra. Merkel: ignorância geopolítica e ignorância histórica. Se há uma terceira razão, confesso que nem quero pensar no que seria – até porque certamente não seria outra espécie de ignorância.

A cancha (ou a torcida faz muito barulho…)

*Eugenio Brauner


O Perspectiva é uma das minhas leituras da manhã. Entre biscoitos e café, refastelo-me lendo sobre a Vila Mimosa ou sobre as opiniões apaixonadas (e abalizadas) de um torcedor gremista. Apesar de não contribuir mais com tanta assiduidade, continuo a ler tais geniais (geniosos) blogueiros – desculpem a caetanice! Senti um certo ranço no texto do Sr. F. Rules, de palavras tão bem colocadas e de uma finesse irônica escorregadia. Aliás, irmão de peixe… Dizer que o Grêmio não vence o Inter por causa do local onde se realiza tal embate é de uma “rasteirice” tremenda, coisa digna de Milton Neves! O Sr. F. Rules está esquecendo que uma destas derrotas tricolores aconteceu em Erechim. Colosso da Lagoa com arquibancadas “divididas em meio-a-meio” – até mesmo na cordialidade do Sergio Buarque de Hollanda –, cujos torcedores não carregavam o espírito belicoso de alguns torcedores da capital. Por que o Grêmio não ganhou? Ah, foi o Simon… O Sr. F. Rules esquece – ou faz-se esquecer? – que um dos gre-nais do Brasileirão 08 ocorreu no Estádio Olímpico e se não fosse a estupidez do Renan… Aliás, o Sr. F. Rules, muito maroto, esqueceu que tanto Inter quanto Grêmio adoram vencer na casa do rival. Quem não lembra do 5×2, da inauguração do Olímpico, dos 4×0 no uniforme todo vermelho, do gol do Christian e a fuga do rebaixamento – e eu lembrei desses apenas de memória! Imaginem uma pesquisa no Google? Concordo que o mando da cancha é importante, mas ele não vem em primeiro lugar, pois com um treinador como o Celso Roth, um capitão “chiliquento” e uma diretoria “fanfarrona”, aliados a ausência de um ataque, de um primeiro volante e de uma zaga segura, as coisas ficam bem difíceis. Bem mais difíceis. Ah, mas o Gaciba…

*Eugenio Brauner é professor, colorado, passa a manhã na Internet e gosta de café moreninho com bolachinhas Passatempo.

Tudo que Eugenio Brauner publicou no Perspectiva está aqui

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dez anos de The Legend of Zelda: Ocarina of Time

zelda

Foi comemorado no final do ano de 2008 os 10 anos do lançamento do jogo que redefiniu a indústria de videogames e se tornou parâmetro para todos os jogos lançados posteriormente. The Legend of Zelda: Ocarina of Time, tido por muitos como o melhor jogo da Série (e por outros vários como o melhor de todos os tempos) foi lançado em 1998 para Nintendo 64 e vendeu até hoje aproximadamente 7.5 milhões de cópias, sendo assim o mais vendido dos jogos da Série e o quarto colocado dentre os games do console.

A impressão à época foi de que um novo poder estava nascendo. A transição dos jogos em duas dimensões para os 3D ainda não havia sido colocada totalmente a prova. Super Mario 64 cumpriu brilhantemente seu papel de estréia, mas com defeitos de jogabilidade; no Playstation, raros eram os jogos que possuíam um desenho gráfico capaz de encher os olhos e fazer corar as máquinas obsoletas de tempos passados. The Ocarina of Time cumpriu com louvor o papel: encheu os olhos com gráficos até então inimagináveis e teve o mérito também de possuir uma história envolvente e a implantação de um padrão que até hoje perdura, a câmera lock on: ao pressionar o Botão Z, a imagem acompanhava o personagem para onde o próprio enxergasse. Parece pouco para hoje, como para um ignorante as palavras de Immanuel Kant também. Só que esta obviedade só foi posta em prática pelas mãos dos criadores do jogo.

Um fato em comum aos jogos da era 32/64 bits foi que muitos “envelheceram mal”. A imensa maioria dos jogos lançados para os consoles desta geração (Nintendo 64, Sega Saturn e Playstation) são praticamente impossíveis de serem admirados nos dias de hoje. Os gráficos, que à época encheram olhos e encantaram multidões hoje não passam, em sua grande maioria, de desenhos animados mal feitos e com erros grotescos. Mas não Ocarina of Time: ao que pese uma análise criteriosa gráfica, é evidente que o jogo deixa a desejar para os dias atuais. Entretanto, deve-se observar um jogo de uma época…com olhos desta época. E é por esta razão que TLoZ: OoT é um jogo atemporal e tal qual Caetano Veloso, envelhece com dignidade aos olhos e aos ouvidos dos fãs.

O mundo do videogame ainda está na espera de um novo jogo da série que supere Ocarina – mas é uma tarefa inglória. Novos jogos da série já foram feitos e talvez sejam até melhores que o homenageado: porém, o impacto que Ocarina of Time gerou jamais será superado. É o carma de quem alcança a perfeição: tal nível impede que um dia supere-se a sua própria obra. Já faz mais de dez anos que o videogame foi reinventado, mas para quem participou da mudança a impressão é de que foi ontem. E a sensação sentida há uma década mantém acesa a chama para a expectativa de que a master-piece seja superada. Assim como Celso Roth acredita que um dia ganhará um título relevante, eu creio que Ocarina of Time será superado. I have a dream!

Ele saiu!!!

CELSO ROTH, O TREINADOR IMUNE A TÍTULOS FOI DEMITIDO DO GRÊMIO!

VAMOS SAIR NAS RUAS, AMIGOS. A GOETHE SERÁ TOMADA! PORTO ALEGRE FICARÁ PEQUENA! ESSA É A MAIOR FESTA QUE O ESTADO VERÁ!

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAÍS A CIDADE VIVEU TANTA EMOÇÃO. É UM SONHO QUE SE TORNA REALIDADE.

SONHE, GREMISTA. SONHE QUE É POSSÍVEL. SONHE QUE A LIBERTADORES SE APROXIMA.

JÁ OUÇO OS FOGOS DE ARTIFÍCIO!

*TEMA DA VITÓRIA*

QUE COISA LINDA. É COMO SE AYRTON SENNA VENCESSE MAIS UM GRANDE PRÊMIO. COMO SE PELÉ DESFERISSE MAIS UM SOCO NO AR.

VAMOS ÀS RUAS!

domingo, 5 de abril de 2009

Domingo de Ramos


domingo

Desenho elaborado por Madame Y , baseado na obra

A entrada triunfal em Jerusalém

de Bernhard Plockhorst

Museu de Syracuse- New York

Quer saber mais? Leia aqui

15 anos sem Kurt Cobain

Na entrada de Aberdeen, cidadezinha do noroeste dos EUA, há uma placa que recepciona os visitantes com os seguintes dizeres: “Come as you are” (venha como você é). Alguns visitantes incautos talvez possam pensar que ela é um aviso para o forasteiro com segundas intenções. Talvez pudesse ser assim. É certo que Aberdeen é uma cidade pequena, e, como as cidades pequenas – e, ainda mais, as cidades pequenas dos EUA – é cheia de pessoas que vêm até você e mostram-se claramente, como elas de fato são, sem cinismos nem duas caras. Mas a placa não está lá por causa disso. Está lá por causa da música composta por seu filho mais ilustre, Kurt Cobain, cujos versos incluíam uma demonstração cabal de frontalidade: “And I swear that I don’t have a gun” – eu juro que não trago uma arma.

Kurt Cobain foi uma criança tímida e um adolescente inseguro, presa fácil das más companhias. Filho de família desestruturada – conta-se inclusive que sofreu abusos por parte do padrasto – nunca teve a necessária formação para resolver os problemas que a vida (e,em especial, a vida de celebridade) impinge a todos nós. Nunca lhe disseram para cuidar com quem andasse, para não confiar cegamente nos estranhos e nem lhe deram qualquer exemplo prático de que este tipo de conduta dava certo. Nunca lhe deram lição alguma. Nunca lhe deram ajuda alguma, nunca lhe protegeram – nunca lhe deram as armas necessarias para enfrentar o que qualquer um de nós, bons e respeitáveis cidadãos, enfrentamos bem armados todos os dias. E vivemos bem armados, cada vez que abrimos a boca ou que emprestamos um ouvido a outros. Kurt Cobain encarou o nosso mundo de peito aberto. Sem armas nem armaduras, recebeu cada um dos golpes e dos tiros que o inimigo lhe desferiu. Incapaz de, na solidão, encarar as cicatrizes que lhe cobriam o corpo e a alma, refugiou-se nas drogas e no álcool, sem saber que também eles eram responsáveis por muitas destas cicatrizes, e , há exatos 15 anos, encontrou sossego da única maneira que pessoas como ele podem sossegar.

CELSO ROTH, PEÇA DEMISSÃO!

Caro Roth,

Tenho em vista a incompreensível decisão da direção do Grêmio, que reafirma mantê-lo no cargo independente de resultados ruins e atuações VEXATÓRIAS como a de hoje, nós, do Blog Perspectiva, pedimos:

PEÇA DEMISSÃO!

Tenha o MÍNIMO de dignidade e admita a sua incompetência, covardia e INCAPACIDADE de sair vencedor! Aceite que a sua permanência coloca em risco todo o ano do Grêmio. Tenha amor próprio e retire-se, vá curtir a vida, aproveitar os duzentos e tantos mil reais que você recebe todo mês para, além de não fazer absolutamente nada de útil, criar situações constrangedoras para toda a torcida gremista.

Sei que estamos pedindo algo improvável. Mas não custa tentar.

Atenciosamente,

Blog Perspectiva

sábado, 4 de abril de 2009

Oasis em Porto Alegre

Quando no ano passado foi anunciada a vinda da banda norte-americana R.E.M. para Porto Alegre, os fãs comemoraram. Trata-se de uma das maiores bandas da história do rock e com uma capacidade invulgar de cativar todas as faixas de idades. Previa-se que os ingressos para o show no Gigantinho ou Pepsi On Stage fossem esgotados rapidamente. Mas, contrariando todas as previsões, o palco escolhido para o show foi o estádio Passo D´Areia, do São José, clube pequenino da capital – ou se preferirem, no Zequinha Stadium.

O espanto foi geral. Nos últimos anos Porto Alegre havia sido palco de muitos bons shows, mas todos em casas menores: a capacidade do Gigantinho é de 13~14 mil pessoas e do Pepsi On Stage é de 6 mil pessoas – e mesmo assim alguns não lotaram. Trazer uma banda que não estava propriamente em seu auge para fazer o maior show da miniturnê brasileira foi uma aposta perigosa da organização. Mais: foi um teste para Porto Alegre. Aquele show determinaria se a capital gaúcha estaria apta a receber shows deste porte. Chegado o dia do espetáculo, mais de 15 mil pessoas assistiram ao excelente concerto do R.E.M. dos cerca de quase 18 mil ingressos colocados à venda. No vestibular de sua própria capacidade, Porto Alegre foi aprovada. E as conseqüências – positivas, diga-se de passagem – começam a aparecer com força neste ano.

A confirmação do show do Oasis em Porto Alegre para o próximo 12 de maio mostra que a cidade já não é mais vista como apenas mais uma no rol das escolhidas pelas grandes produções. Pelo contrário: o Gigantinho, palco escolhido para o evento, tem mais capacidade de público que o Citibank Hall que abrigará os britânicos na apresentação em São Paulo. Ou seja, Porto Alegre está sendo considerada pelos organizadores do evento como um dos expoentes de público musical no país. Nas três oportunidades em que veio ao Brasil (sendo uma delas o Rock in Rio 3 onde a banda tocou para o maior público de sua história, cerca de 200 mil pessoas) jamais Porto Alegre foi cogitada para receber o espetáculo. Menos mal para os fãs que agora terão a oportunidade de ver de perto a banda que liderou o movimento britpop na metade dos anos 90.

O Oasis vem ao Brasil promover seu mais recente lançamento, Dig Out Your Soul. Os ingressos para o show em Porto Alegre já estão no seu segundo lote e a expectativa é que esgotem rapidamente. Não há quem discorde de que é o espetáculo do ano na esfera musical – friso musical porque o espetáculo do ano em Porto Alegre será o título continental do Grêmio, o maior clube da cidade – e este blog sugere que quem queira assistir vá comprar seu ingresso rapidamente, para evitar que olhem para trás com raiva e fiquem a se remoer por ter deixado passar a chance de assistir esta que foi uma das maiores bandas dos anos 90.

DICAS PARA QUEM VAI AO SHOW:

- Não use camisas do Manchester United pensando que está abalando: apesar de serem da cidade de Manchester, os Irmãos Gallagher são supporters do Manchester City, o rival dos Red Devils

- Não leve a sério as “brigas” no palco dos integrantes: faz parte da interação – ou o que eles imaginam ser interagir – com a platéia

- Não solte gritinhos histéricos quando Don´t Look Back in Anger for cantada. Ou em Wonderwall. Ou em Masterplan. Ou em Songbird. Para ser mais honesto, não solte gritinhos histéricos. OK???

- Beba água. O Gigantinho tem o dom de se transformar em um forno mesmo com a temperatura externa lembrando um inverno glacial.

- Estejam com os ouvidos atentos. Liam é beberrão e este será o último show na turnê brasileira. Ou seja, a chance da voz do Gallagher vocalista estar avariada é considerável.

- CHEERS