terça-feira, 21 de abril de 2009

Diego Souza, resgatando os fatos

Tenho lido, há mais de um ano, comentários de torcedores do Grêmio sobre a saída de Diego Souza do Olímpico. Basicamente, o chamam de ‘traidor’.

Há mais de um ano leio esses comentários e, há mais de um ano, esses comentários me irritam.

Hoje, após a polêmica entre Diego Souza e Domingos, após Diego ter dito que no Grêmio ‘aprendeu a viver de loucura’, resolvi quebrar o silêncio e explicar o porquê da minha irritação.

Vejam bem, caros gremistas. O ano é 2007. O Benfica, no meio do ano, faz uma proposta de 4 milhões de Euros (se não me engano) por Carlos Eduardo, e, além disso, nos cederia Diego Souza. O Grêmio, naquela oportunidade, não apenas silenciou ao receber a proposta do Benfica como, dois dias depois, anunciou que Carlos Eduardo havia sido vendido para o Hoffenhein por 7 milhões de euros e, no mesmo dia da venda, anunciou a contratação de, pasmem, RODRIGO MENDES. Era como se o nosso dirigente à época (pra quem não lembra o – não – saudoso Paulo Pelaipe) quisesse constranger a torcida a não reclamar, tanto da venda quanto da contratação do antigo ídolo Rodrigo (que estava há 5 meses sem jogar devido a ua lesão).

Pois bem, a direção não quis Diego Souza naquele momento. Passaram-se alguns meses, dezembro chegou e, com dezembro, expirou a preferência do Grêmio para contratação do jogador. Sim, era escolha do Grêmio contratá-lo ou não. Não se tratava de decisão de Diego Souza e, sim, de decisão do Grêmio. Diego Souza era jogador do Benfica, não tinha autonomia para decidir qual clube estava disposto a pagar para contratá-lo.

O Grêmio não contratou Diego Souza. Nem vou lembrar aqui que, um mês depois, o Grêmio estava gastando um milhão de dólares pelo empréstimo de Júlio dos Santos, mais uns milhões por Perea, dentre outros.

Sempre lembrando que naquela época quem dava as cartas no Olímpico era Paulo Pelaipe. O dirigente que sempre, SEMPRE após a saída de um jogador, ia para a imprensa e falava mal do atleta pelas costas. Vamos recordar das palavras de Pelaipe durante a estadia de Diego no Olímpico:

“Amoroso chegou sob o aplauso de toda a imprensa e fracassou. Diego Souza foi ridicularizado, chamado de gordo, e deu certo. Não é o nome que conta.”

E após a saída de Diego:

- Perdemos um jogador que fez uma Libertadores muito boa e um segundo semestre apenas razoável. Lutávamos para contratar o Diego da Libertadores, não aquele dos três últimos meses. Não estamos frustrados com a ida dele para o Palmeiras. Eu ficaria frustrado de perder Renato Portaluppi, Ronaldinho Gaúcho ou Anderson, não o Diego Souza.

E ainda, mais tarde, reclama do jogador que, já contratado pelo Palemeiras, imaginem vocês, cometeu a INDECÊNCIA de falar bem do clube que se esforçou para adquiri-lo!

- Quando dava entrevistas aqui para a imprensa do Sul, ele dizia que queria ficar no Grêmio. Para São Paulo, afirmava que seria um sonho trabalhar com o Luxemburgo.

Me pergunto que tipo de conduta Diego Souza deveria ter quando de sua chegada ao Palestra Itália. Deveria Diego Souza dizer algo como ‘olha gente, o Grêmio era o clube no qual eu queria estar agora, mas infelizmente eles não quiseram adquirir os meus direitos, então eu acabei vindo pra essa porcaria de Palmeiras mesmo. Fazer o que, né? É a vida!’

Convenhamos!

Então, recapitulando: o Grêmio não quis contratar Diego Souza. Só isso. O resto é intriguinha criada pelo ex- dirigente ( \o/) Paulo Pelaipe.

Tudo que Perspectiva publicou sobre Diego Souza.

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