terça-feira, 21 de abril de 2009

Libertadores sem treinador?

Os dois últimos jogos do Grêmio na Copa Libertadores tiveram um gostinho especial. Foram as duas primeiras partidas sem a presença de Celso Roth na casamata e isso, por si só, já é motivo para deixar qualquer torcedor entusiasmado. Aliado a isso, o fato de a bola, finalemente, ter começado a entrar no gol adversário. Fim da zica.

Como era de se esperar, a torcida se empolgou. No primeiro jogo, gritava pelo nome de Marcelo Rospide, técnico interino, antes mesmo do início, só pelo fato de ser ele, e não Celso Roth, quem estava no banco de reservas. Os bons resultados fortaleceram o sentimento de apreço pelo interino. Normal que assim seja. Todos estamos contentes com os resultados obtidos até agora e gostamos da dedicação do gremista Rospide.

No entanto, sabemos que uma disputa de Libertadores exige um treinador experiente.

O Grêmio, após a saída de Roth, passou a especular diversos nomes para assumir o cargo de treinador. Afinal, praticamente classificado, e com folga no calendário,o novo treinador teria tempo de sobra para reorganizar o time e dar ’sua cara’ para a equipe. Imaginou-se, então, que a direção gremista estaria prestes a anunciar o novo comandante.

Não foi o que ocorreu.

A direção decidiu esperar por Paulo Autuori até o dia 20 de maio. Até lá, o Grêmio continua sob o comando de Marcelo Rospide.

Repito que não tenho nada contra Rospide, pelo contrário. Aliás, antes ele do que Geninho ou Ney Franco, que chegaram a ser cogitados. Porém, o Grêmio que se viu nas últimas partidas ainda tem os resquícios (bons ou maus) do Grêmio de Celso Roth. E, não sei quanto aos demais torcedores, mas eu vi a zaga falhando, e muito, no jogo contra o Universidad.

Temerária a postura da direção gremista. Não sei o motivo do veto ao nome de Renato Portaluppi. É um técnico que foi até a final da Libertadores da América, perdendo apenas nos pênaltis, tem identificação com o clube e, além de tudo, é gremista.

A direção praticamente dá por garantida a classificação do Grêmio para as quartas de final, ao anunciar que só nessa fase Autuori assumirá o cargo de treinador do Grêmio. E, frise-se, assumir é diferente de treinar. É diferente de preparar um time com um mês de antecedência. Em 20 de maio Paulo Autuori apenas assumirá o Grêmio, mas ainda não será nosso treinador. Sabe-se lá quanto tempo precisará para, de fato, organizar a equipe de sua maneira.

Esperemos que essa brincadeirinha de dirigir um clube não nos custe a classificação para as quartas de final.

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