sábado, 28 de fevereiro de 2009

O S.C. ULBRA mudou de nome?

Um fato que vem chamando a atenção de todos aqueles que acompanham a transmissão dos jogos do campeonato gaúcho pela RBS TV e pelo Pay Per View é o Sport Club ULBRA ser chamado de Canoas pelos narradores. Como todos sabem, o clube tem sua sede em Canoas/RS, mas não leva o nome da cidade. Desconheço as razões que fazem a emissora denominar um clube por outro nome que não o correto, mas é tão evidentemente proposital que, há alguns dias, o comentarista, em ato falho, iniciou sua intervenção dizendo: ” a Ulbra…” para logo após pedir desculpas e retificar para “Canoas”. Pediu desculpas por haver utilizado o nome correto do clube, ora vejam só.

Aliás, falando em Ulbra vale a pena fazer uma visita às imediações do estádio, em Canoas. É um lugar muito limpo e b0nito, com alamedas de plátanos e paisagens bucólicas.

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Escrito por Miss Lou Lou

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Grêmio 0×0 Universidad -Um resultado inexplicávele

Parafraseando Ortega Y Gasset, um jogo de futebol é feito do jogo em si e das suas circunstâncias. Quando o jogo não sai exatamente como queríamos – isto é, com a vitória do nosso time – procuramos culpados nas circunstâncias: o time estava desentrosado, o clima não ajudava – muito frio, ou muito quente -, o campo estava em más condições, os jogadores estavam cansados, a torcida não apoiou o time (quando joga em casa) ou o intimidou (quando joga fora), etc, etc. Tudo se transforma em justificativa quando não ganhamos. Isto é, tudo o que é possível transformar em justificativa, mesmo que não seja uma justificativa de fato.

O jogo Grêmio x Universidad do Chile, disputado ontem, transcorreu em uma noite bastante agradável, algo surpreendente em se tratando de verão gaúcho: a temperatura roçava os 20 graus e um vento moderado, aliado à umidade, diminuía ainda mais a sensação térmica. O gramado do estádio Olímpico estava em excelente condições,e a torcida, animadíssima. Os jogadores do Grêmio estavam em excelentes condições físicas, dormiram bem, comeram direitinho o que o nutricionista receitou, rezaram o Pai Nosso antes de entrarem no campo, fizeram o sinal da cruz do jeito certo – tudo saiu perfeito, comme il faut.As circunstâncias não atrapalharam o Grêmio.

Faltou o jogo. E o jogo foi perfeito. Nem sobrou espaço para criticar Celso Roth – outra circunstância frequentemente apontada como decisiva para maus resultados – ritualmente vaiado antes de todos os jogos: o esquema 3-5-2, que este blogueiro não tem em boa conta, funcionou como poucas vezes é capaz de funcionar. Os três meio-campistas – Adilson, Tcheco e Souza – revezavam-se na troca de posições entre as duas intermediárias, como uma rotação de time de vôlei em que o jogador ora é ponta, ora é meio de rede, ora é levantador; os dois alas – Jadilson e Ruy -, talvez as posições mais importantes do esquema, apareceram com força no ataque e guarneceram bem a defesa quando necessário; os três zagueiros – Léo, Réver e Rafael Marques – tiveram pouco trabalho defensivo e, por isso, puderam avançar com segurança para ajudar o meio-campo na destruição e até mesmo na armação de jogadas (os lançamentos de Réver da defesa para o ataque, à Bobby Moore, são uma das marcas registradas do Grêmio); e funcionou bem até mesmo o ataque que não marcou gols – Jonas e Alex Mineiro, este menos, aquele bem mais -, movimentando-se dentro e fora da grande área, confundindo a marcação e abrindo espaços. E, mais do que tudo isso – e por causa de tudo isso – funcionou bem o Grêmio. Funcionou com notável harmonia entre defesa, meio e ataque, usando a bola longa, as tabelas entre atacantes, a jogada aérea, as bolas paradas, os chutes de fora da área, enfim, todos os recursos que o futebol permite para criar situações de gol. Funcionou bem porque jogou e não deixou o Universad jogar (não tenho os números, mas o percentual de posse de bola do Grêmio deve ter ficado em, pelo menos, 75%) Tudo à perfeição. Uma atuação digna de uma estréia de Libertadores, que mostra a verdadeira cara de uma equipe e fornece os adjetivos pelos quais ela ficará conhecida pelos adversários: uma máquina bem calibrada, um exército unido pelo sangue, um grupo artístico ensaiadíssimo – o melhor que o futebol encarado coletivamente pode proporcionar. Foram três bolas na trave. Foram dezenas (sim, dezenas, sem exagero) de chances claríssimas de marcar. Foram pelo menos dois pênaltis não marcados (aí, sim,uma das circunstâncias normalmente invocadas, o juiz, pode ser responsabilizado). Foi tamanha a superioridade que o adversário só conseguia apelar para os pontapés (tiveram um expulso e poderiam ter tido mais dois, pelo menos) e para uma retranca absurda de cinco defensores, quatro volantes e um atacante solitário que só serviu para marcar a saída de bola. Um jogo para ficar na memória dos que a presenciaram, e provavelmente ficará, só que por outro motivo: como exemplo de como uma equipe pode jogar tão bem e, mesmo assim, não conseguir fazer gol.

Avaliação dos jogadores:

Victor – Impossível avaliar quem mal encostou na bola. Limitou-se a agarrar a bola vinda dos chutões que a defesa do Universidad do Chile mandava quando batia o desespero.

Réver – Não resta dúvida de que, a seguir assim, será titular da seleção brasileira. Réver lembra o inglês Bobby Moore pela facilidade no desarme e a precisão milimétrica dos lançamentos longos para o ataque, uma das marcas mais fortes deste Grêmio de 2009.

Léo – interrompeu uma sequência interminável de más atuações. Aventurou-se ao ataque com facilidade e desenvoltura e até chegou à linha de fundo para cruzar, sempre muito bem.

Rafael Marques – avançou menos para o ataque que seus dois companheiros de zaga e, por isso, apareceu menos, já que o Universidad do Chile quase nunca passava da sua própria intermediária.

Ruy – Conseguiu furar a retranca do Universidad do Chile pelo lado direito e perdeu as contas de quantos cruzamentos fez, de quantas vezes entrou pelas costas dos defensores adversários e de quantas vezes chutou a gol, com direito a bola na trave. Peça fundamental do esquema de Celso Roth, o “Cabeção” evolui a cada jogo.

Jadilson – Não obteve tanto sucesso quanto o seu companheiro do lado direito, mas suas arrancadas e sua notável habilidade dribladora, mais típica de um ponta-esquerda do que de um lateral, incomodaram e muito a defesa do Universidad. Disputa a vaga pau a pau com Rafael Santos.

Adilson – Uma gratíssima surpresa. Integrante do grupo desde 2007, quandos chegou das categorias de base, o “alemão” de *Bom Princípio nunca conseguiu garantir seu espaço no time, seja pela sequência titulares muito qualificados para a sua posição (Gavilán, Eduardo Costa e Rafael Carioca), seja pela própria indefinição sobre qual setor do meio-campo ocuparia. Adilson jogou como meia e como segundo volante, sem render o seu melhor. Com a lesão de William Magrão , conquistou a posição cercado de expectativas sobre si mesmo. No jogo de ontem, mostrou que tipo de jogador ele é: um volante de marcação forte, incansável, desarmador nato, brigador, bom na saída de bola e na chegada à frente. Um aporte excelente e um titular absoluto do 3-5-2 rothiano.

Tcheco - Junto com Adilson, o melhor em campo no jogo de ontem. Tcheco não errou um passe, um só lançamento, uma só saída de bola e uma só decisão sobre qual seria a melhor jogada a seguir. Seu corta-luz para Alex Mineiro, no segundo tempo do jogo, foi um lance memorável de quem honra como poucos a braçadeira de capitão de uma equipe. Nenhum jogador do Brasil, e poucos no resto do mundo, têm a sua visão de jogo, a sua capacidade de organizar o time a partir do meio campo, a sua doação em prol da equipe, sacrificando sem problemas o brilho individual em prol do bem coletivo. Como já dissemos várias vezes neste blog, Tcheco é o perfeito meio-campista “box-to-box” britânico, aquele que vai de uma área (”box”, em inglês) à outra do campo armando, atacando e defendendo com a mesma competência. Nenhum jogador do Grêmio toca tanto na bola quanto ele – e ainda bem.

Souza – Atuação perfeita no primeiro tempo, um pouco menos inspirada no segundo. Souza cansou de deixar adversários no chão, de arrancar em disparada para o gol, de chutar com perigo (carimbou a trave duas vezes), de cruzar para os companheiros, de tabelar com os atacantes…..inutilmente. No primeiro tempo, dividiu com Tcheco e Adilson o posto de melhor em campo. No segundo tempo, visivelmente cansado – e talvez até um pouco abatido pela falta de resultados melhores – produziu menos. A avaliação geral, porém, é muito boa.

Jonas – o mesmo atacante incansável de sempre. Participou de incontáveis jogadas de gol, movimentou-se bastante, atraiu marcação e concluiu várias vezes, além de fazer a parede muito bem apesar de seu porte franzino. Confirmou sua titularidade mais uma vez.

Alex Mineiro – o jogador menos inspirado desta noite. Participou de algumas jogadas de ataque, mas perdeu gols que um centroavante de sua categoria não deve perder e pareceu um pouco displicente em alguns momentos, destoando um pouco do espírito geral de doação irrestrita. Além disso, sua baixa estatura é um empecilho para um time que tem na jogada aérea uma de suas armas mais mortais. Se Maxi Lopez demonstrar que tem condições de jogar, Celso Roth deve considerar seriamente a sua titularidade.

Fábio Santos – Entrou no finalzinho e não teve tempo de fazer nada.

Reinaldo - Também entrou no final para dar mais mobilidade ao ataque e também teve pouco tempo

Douglas Costa – a jovem revelação também entrou no final, deu alguns dribles, algumas arrancadas, algumas jogadas de efeito (às vezes até pretensiosas e desnecessárias, quando não mal sucedidas) e não pôde ajudar muito.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

*O jogo de um só time

*Mateus Broilo da Rocha

Fazia tempo que eu não assistia a um jogo de um só time. O Grêmio dominou a partida, “de cabo a rabo” (início ao fim). Se bem estou certo, só na primeira etapa – até quando parei de contar – foram 12 oportunidades claras de gol. Hoje, inusitadamente, não tenho do que reclamar do Celso Roth, absolutamente correto durante o jogo, fato um tanto estranho, confesso que me fez matutar que ele realmente quer o bem do time. Esse é o time digno de ser campeão da América. Um time que em nenhum momento, neste jogo contra o “La U”, demonstrou estar acuado frente aos fulminantes ataques dos chilenos (risos).

Apesar de ter sido um jogo ‘pseudo-perfeito’ – calma eu explico – demonstrou para nós, gremistas, que podemos vestir esta linda, e tradicionalíssima, camisa tricolor sem medo de mostrar que somos dignos de um clube com um futebol aguerrido, tão a cara dos gaúchos. Em um momento de epifania, podemos dizer que nosso passado nos condena, pois o Grêmio vitorioso de outrora ainda é o mesmo.

O que realmente doeu em nossos corações foi ter que assistir a este belo espetáculo sem gols. Espetáculo este que mais tinha cara de goleada celeste. Bolas na trave, jogadas inteligentes, jogo em equipe… Enfim um jogo atípico no cenário sul-americano atual. Sem falar nos tradicionais erros de arbitragem. Aqueles mesmos erros que, certa feita, eu comentei: “Uma partida sem erros de arbitragem se torna monótona.”, hoje, se esses erros fossem relevados, poderiam, talvez, ter mudado a história deste jogo. Um pênalti, CLARO, ÓBVIO – só um cego não teria visto, até mesmo um leigo concordaria ter sido – não foi marcado. Naquele “empurra empurra” típico dentro da área, um dos chilenos puxava, incansavelmente, a camisa do atacante gremista, Jonas, e, se não bastasse, por fim o calçou. O gol anulado, siiiim aquela bola entrou, mas o juiz marcou falta sob goleiro chileno. Afinal, o goleiro é intocável dentro da pequena área, mas falta não impede gol(?), enfim, talvez eu até concordo com a atitude do árbitro nesta jogada, mas não com o “não-pênalti”.

Uma coisa temos que concordar, a defesa chilena trabalhou incansavelmente. Motivo? O Grêmio não parou sequer um segundo.

Foi lindo ver o Estádio Olímpico mais uma vez coberto com o manto azul dos torcedores, ouvir as canções de apoio ao time, ver a torcida lotando o estádio. Ver a torcida! Ver o Olímpico vibrar em uníssono. Ver o pulsar azul celeste. Este é o resultado de torcer em pé. Agora foi triste, e ao mesmo tempo ridículo, assistir tanto aos jogadores quanto aos torcedores chilenos comemorarem este empate sem gols – como se fosse uma vitória. Bem talvez tenha sido, pois, milagrosamente saíram ilesos.

É este Grêmio – com esta atitude – que eu quero ver ganhar o mundo mais uma vez.

Broilo

Escrito por blogperspectiva

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O porquê de torcer em pé

A torcida do Grêmio tem se notabilizado em todo Brasil pelo estilo vibrante de apoiar o time, em qualquer circunstância. Implantou um verdadeira revolução na maneira de torcer em nosso país. Todos que frequentaram estádios em décadas passadas sabem do que estou falando. Ir a estádio consistia em passar a maior parte do tempo sentado, levantando esporadicamente em lances de maior perigo. Torcer e estimular o time era quase que exclusividade das torcidas organizadas que não se comportavam em sintonia com o resto estádio. Pulavam, cantavam, torciam separadamente e o restante do público assistia. Era assim. Confesso que sempre tive anseio por ver o Olímpico vibrante e participar, não sendo apenas uma espectadora, enquanto torcer ficava a cargo das organizadas. Uns dos poucos cânticos que o torcedor comum podia entoar eram , pelo que lembro, “GRÊMIOOOOOO” e “Olê, olê olê olê, Grêmio, Grêmio”, “Olê lê lê, olá lá, o Grêmio vem aí e o bicho vai pegar”. Que essa lembrança não soe como uma crítica, pois estes eram momentos especialíssimos, em que podíamos extravasar um pouco da imensa emoção que o Grêmio nos causava. O sentimento estava lá, como permanece até hoje. Apenas não havia harmonia entre os diferentes setores do estádio.

E aí está o grande mérito da Geral do Grêmio. Conseguiu tornar realidade este torcer em conjunto, no momento de extrema crise em que o clube fo lançado por equívocos de seus dirigentes. A torcida do Grêmio sentiu que dependia dela a saída do inferno onde o clube havia sido lançado. O torcedor associou-se em massa, salvando um Quadro Social que era praticamente inexistente. O torcedor passou a querer fazer mais do que apenas assistir sentado e confortável( conforto em termos) ao jogo. Passou a sacrificar esta acomodação em nome do bem maior: o Grêmio. O estádio inteiro, a partir de então, passou a entoar, em uníssono, os cantos da Geral. No início timidamente. Até chegarmos ao momento atual, em que praticamente todo torcedor gremista, seja ele de arquibancada, social ou cadeira, conhece as músicas cantadas no estádio. E canta junto.

É o que mostra este vídeo:

ou este:

Pois bem, pois não é que agora a nova direção do Grêmio, que assumiu o clube com o quadro social transbordante, uma torcida apaixonada e consumidora voraz, além de uma classificação pronta para a Libertadores, quer que voltemos a época em que somente as organizadas cantavam e apoiavam o time?

A direção tem a capacidade de gastar dinheiro do clube para distribuir panfletos, (conforme noticiado aqui) pedindo que o torcedor assista ao jogo sentado, como se estivéssemos assistindo a uma ópera, e não ao nosso time do coração.

Estranho que a direção pareça pretender que o estádio permaneça impassível enquanto em campo os atletas lutam pela vitória. A impressão que passa é que a direção não gosta de ver o Olímpico inteiro sendo conduzido pelos cantos da Geral. Eu considero que acima de eventuais erros cometidos de parte a parte, o que deve prevalecer é o interesse do Grêmio e certamente um Olímpico amorfo não convém a estes interesses.

Espero que esta atitude da direção de criticar publicamente aqueles que ousam sacrificar seu conforto para pular 90 minutos em prol de seu time não desencadeie problemas de relacionamento na própria torcida. E que todos estes criticados continuem manifestando seu amor pelo clube da mesma maneira que o tirou do inferno e o levou à classificação da Libertadores. Sempre lembrando que ficar em pé não é opção para satisfazer os interesses dos torcedores. É mais um sacrifício que fazemos para transformar o Olímpico em um estádio temido por ser um caldeirão vibrante.

Torcida cerceada

Escrito por Miss Lou Lou

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tarde de feriado no Olímpico

Os torcedores do Universidad, clube chileno que será adversário do Grêmio nesta quarta-feira pela Copa Libertadores, estavam muito à vontade no pátio do Olímpíco na tarde desta terça-feira, sentados no gramado ao lado do Quadro Social. Os gremistas que aproveitaram o feriado para ir na loja do Grêmio, no Memorial e acertar seus títulos não esboçaram nenhum sinal de animosidade ante os visitantes. Registramos isso com muita satisfação.

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Torcedores chilenos

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O treino fechado pouco incomodou os torcedores que se dirigiram ao estádio. Trata-se de um prtocolo comum em véspera de jogos decisivos, sendo eficiente ou não. Mas, mesmo que o trabalho dos atletas não fosse aberto ao público era de se esperar que os gremistas comparecessem ao complexo do estádio, fazendo compras, visitando o Memorial e estimulando os atletas ao final do treino como fizeram em 2007. No entanto, mesmo com o Largo dos Campeões repleto de torcedores a loja cerrou as portas às 17horas, bem como o Quadro Social e o Museu do clube.

As atitudes dos encarregados de zelar pelos interesses do clube parecem não considerar o torcedor quando decidem questões administrativas no estádio. O retrato era o seguinte: feriado, véspera de jogo inicial da Libertadores, treino vespertino. Dezenas de torcedores no pátio do estádio debatendo esquemas táticos, criticando Celso Roth e esperando para, ao final do treino, ter contato com os seus jogadores. No entanto, aqueles que terão a missão de enfrentar uma tarefa hercúlea para apoiar o Grêmio dentro do estádio foram veladamente expulsos dos arredores do estádio quando os administradores gremistas decidiram encerrar atividades em horário absurdo até mesmo do ponto de vista comercial do clube.

Um toque de sensibilidade não custa nada (pelo contrário, a loja lucraria com a quantidade de torcedores que estavam no estádio) e auxilia. A parte dos torcedores mais uma vez foi feita e com louvor. Talvez os comandantes tricolores não enxerguem estas situações justamente por isto: esqueceram ou nunca souberam o que é ser um torcedor comum.

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Torcedores esperavam ver o time após o treino, mas foram convidados a desocupar o Largo às 17 horas.

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Superados os obstáculos, recomeça amanhã. A briga pela Copa mais uma vez está no caminho do Grêmio.

Escrito por F Rules

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

*Algumas considerações sobre o Oscar 2009

*Mateus Broilo da Rocha

O palco desta edição do Academy Awards realmente foi de embasbacar. Com todos aqueles cristais, e a interatividade do cenário – mudava a toda hora, uma “paisagem” para cada uma das principais premiações. Sem falar da genial apresentação de Hugh Jackman, que além da pitada de humor, como já é de praxe da apresentação, demonstrou ser um excelente cantor ao longo dos musicais. Digo o mesmo de Anne Hathaway que participou do show de abertura. Realmente é uma linda mulher, dona de uma belíssima voz, concorrendo como Melhor Atriz, mas ainda muito “fraca” para receber tal premiação. Algumas das premiações já eram esperadas, mas confesso que outras me surpreenderam. Por exemplo, o Oscar de Melhor Ator foi para Sean Penn em Milk. O filme conta a história de Harvey Milk (personagem vivida por Sean Penn), o primeiro político assumidamente homossexual da história dos EUA; nos anos 70, ele foi supervisor da prefeitura de San Francisco, sendo assassinado em 1978 junto com o prefeito George Moscone. Eu tinha absoluta certeza que Brad Pitt seria premiado, devido a sua excelente atuação em O Curioso Caso de Benjamin Button, segundo alguns críticos, o melhor dos seus trabalhos até o momento. Como já era de se esperar, Heath Ledger ganharia o Oscar (póstumo) como Melhor Ator Coadjuvante, em The Dark Knight. Vivendo a personagem de Coringa ‘the Joker’ buscando uma forma de humilhação pública e definitiva ao Cavaleiro das Trevas, Batman, personagem de Christian Bale. Ledger, neste filme, realmente mostrou todo seu potencial – e como eu já havia dito, resumiu Jack Nicholson a nada. Sem sombra de dúvida, com esta atuação não ganhou apenas o premio de Melhor Ator Coadjuvante, mas o lugar de melhor Coringa tanto para os fãs quanto para os críticos. E digo mais, poderia muito bem ter concorrido ao prêmio de Melhor Ator. Também, Penélope Cruz – esta é a segunda indicação ao Oscar, sendo a primeira como Melhor Atriz em 2006 em Volver – foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante. Não foi uma briga difícil, sendo, talvez, ameaçada apenas por Viola Davis (sua primeira indicação) em Doubt e Marisa Tomei em The Wresteler. Claro que Kate Winslet, após cinco indicações e nenhuma conquista, ganharia na sexta vez! E nesta edição como Melhor Atriz, bom começo de vitórias. Kate Winslet interpreta Hanna Schimtz em The Reader, uma alemã de cerca de trinta anos que esconde seu passado obscuro de um amante adolescente. Não preciso nem comentar a premiação por Melhores Efeitos Especiais para O Curioso Caso de Benjamin Button. E por último, mas não menos importante, as premiações de Slumdog Millionaire – um filme que tem a ver com o sentimento atual da América (de esperança e de mudança), porém não tem tanto o estilo da Academia -, pateticamente traduzido para Quem Quer Ser um Milionário?, entre elas a de melhor filme. Concorrendo com outros tantos filmes de peso, que com certeza tinham, pela crítica, teriam mais chance de saírem vitoriosos. Não foi o que aconteceu, se não estou enganado Slumdog Millionaire foi o mais condecorado da noite, e do ano. Este é um breve resumo da maior noite de gala do ano, espero que o nível seja mantido paras as demais edições.

Broilo

Fonte: http://spoilermovies.com/ http://blogdovinicius.wordpress.com/2009/02/19/oscar-2009-melhor-filme-e-direcao/

Escrito por blogperspectiva

Oscar 2009- Fatos e fotos

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A 81ªedição do mais cobiçado prêmio da indústria cinematográfica, teve características que a diferenciaram das anteriores. O cenário era um espetáculo a parte com seus milhares de cristais e as cortinas que mudavam de cor conforme a iluminação. A apresentação de Hugh Jackman que cantou, dançou, fez piadas e , o mais importante, não se tornou enfadonho deu um brilho a mais na cerimônia. O tapete vermelho, como sempre,reúne as maiores estrelas do mundo do entretenimento.

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Meryl Streep concorreu pela 15ª vez

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Penélope Cruz e sua amiga Salma Hayek. Penélope ao receber seu Oscar brincou que estava prestes a desmaiar e ao final reverenciou em espanhol seu país de origem.

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O casal mais badalado do cinema concorria aos prêmios de melhor ator e atriz.Quando Jennifer Aniston subiu ao palco para entregar o prêmio de Melhor Animação, as câmaras focalizavam Angelina e Brad insistentemente. Aparentemente estavam bem a vontade, ao contrário de Jennifer que mostrava algum desconforto.

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Mickey Rourke emocionou aos amantes de animais ostentando pingente com a foto de sua cadelinha que morreu no dia 16 de fevereiro,após acompanha-lo por 17 anos. Segundo Mickey , quando os humanos o abandonaram em fase ruim da carreira, Loki uma chihuahua permaneceu fiel.

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Kate Winslet -Melhor atriz da 82ª edição do Oscar. Ainda, brincou com Meryl Streep por tê-la derrotado: “Meryl, voc~e vai ter de engolir essa.

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Freida Pinto de Slumdog milionaire

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Taraji Henson a mãe adotiva de Brad Pitt em “O Curioso Caso de Benjamin Button .

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Anne-Hathaway

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Jennifer Aniston e John Mayer

Escrito por Miss Lou Lou

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O pivô de um quase desastre*

* Mateus Broilo da Rocha

Um ano após o Grêmio ter sido eliminado do Campeonato Gaúcho, pelo mesmo polenteiro alviverde, na mesma etapa do campeonato (quartas de final) e no mesmo estádio (Olímpico Monumental), quase que a mesma história veio a se repetir. O jogo mal havia começado, e Fábio Santos – o pivô de um quase desastre – recua a bola de tal maneira juvenil possibilitando o domínio da mesma pelos pés leves de Ivo, do Juventude, dando início a uma situação semelhante a “queda de peças de dominó”. Já ouviram falar da Teoria do Caos(?), o forte determinismo das condições iniciais? Pois então, não podemos culpar a expulsão de Victor, afinal, ele fez o que é da sua natureza de goleiro, proteger o gol, evidente. Se há alguém para ser crucificado, é o ordinário do Fábio Santos – que de Santo não tem nada.

Finalmente, o fabuloso Celso Roth decidiu começar um jogo de maneira inteligente e descente, com o esquema tático do 3-5-2. Mas é incrível como podemos passar do céu ao inferno em menos de um minuto. Se não bastasse a expulsão do goleirão, o Divino retirou Jonas, o goleador do time – até então -, para a entrada de Marcelo Grohe, goleiro reserva do Grêmio. Claro que sob vais, ressalvas e um coro gritado pela torcida gremista: “Burro! Burro! Burro! [...]”. Celso Roth definitivamente é uma espécie de Macunaíma, porém, o Anti-Herói gremista.

O jogo continua, aos trancos e barrancos, e com uma singela ajuda do Juiz – aliás, péssima arbitragem do mesmo -, expulsou Alex Moraes logo aos oito minutos da primeira etapa em, ao meu ver, lance normal mesmo sendo o último homem da defesa. Lance para no máximo cartão amarelo. Não estou reclamando, muito pelo contrário, não achei justo, mas sou gremista, o que seria do futebol se não houvesse os erros de arbitragem(?), isso mesmo(!). seria uma monotonia só. Ainda sem contar o claro lance de pênalti anulado a favor do Juventude. Alex Moraes, ao sair do jogo (expulso), disse o que todos pensaram, ou pelo menos o que eu pensei: “Ele quis compensar! Era óbvio que ele faria isso!”.

É esplêndida a maneira como Roth, O Anti-Herói, é capaz de confundir o time adversário, e, ainda, o próprio time. Siiiiiiiim, ele troca de esquema tático, a estratégia, enfim, tudo(!), no decorrer do jogo. É difícil jogar contra duas forças – o time adversário e o próprio técnico – para isso é preciso talento, e foi o que o Grêmio demonstrou contra o terrível e péssimo polenteiro da serra, o Juventude. Momentos brilhantes de Ruy, cabeça de lâmpada; bons chutes de Souza; jogadas de efeito por parte do capitão Tcheco, como eu costumo chamar, ShevTcheco(!), ótimo primeiro tempo de Rever; um único cruzamento certeiro de Leo, realmente não sei o motivo de ele ser zagueiro; e uma não tão boa partida de Alex Mineiro, mas duas finalizações que balançaram a rede, tirando, assim, a angústia da eliminação, e sua abstinência de gols.

A Copa Libertadores está chegando, para o Grêmio (último clube brasileiro a estrear) começa na quarta-feira próxima, 25 de fevereiro de 2009. Espero que o nosso brilhante “professor” Celso Roth, seja sensato de não cometer os mesmos erros que vem cometendo.

Broilo

Escrito por blogperspectiva

sábado, 21 de fevereiro de 2009

*Fiasco no Bento Freitas

*Fiasco no Bento Freitas

*Mateus Broilo

Não podemos culpar o cansado Brasil-Pe pela campanha que vem demonstrando no Campeonato Gaúcho, afinal, oito jogos em 16 dias é um trabalho de Hércules. Na última partida, realizada ontem, 19 de fevereiro de 2009, contra a Ulbra, no Bento Freitas, um placar atípico – mas já esperado – submeteu o Brasil-Pe a, mais uma, derrota (goleada) por 5 a 2 . Uma derrota com gosto amargo, fruto de uma briga generalizada, seguida de expulsões e açoites entre ambos os times.
Este jogo, qual encerrava as atividades do primeiro turno, terminou em clima de violência quando o volante da Ulbra Rogério Pereira fecha a goleada – aos 46 min da segunda etapa -, e comemora o gol provocando(?) a torcida Xavante. Segundo a versão de Danrlei, ídolo da torcida gremista e atual goleiro do Brasil-Pe :
- “Ele foi lá na frente da torcida fez a flecha do Milar e foi arrogante. Isso não existe.”
Foi a gota d’água para estourar na peleada que marcou o final do jogo, decorrendo em sete jogadores expulsos. Até o médico da equipe Xavante entrou na briga, se não bastasse isso, o presidente do Brasil de Pelotas, Helder Lopes, também entrou em campo e tentou agredir um jogador da Ulbra. Ao fim da confusão, Helder deu sua versão da história para tal atitude.
- “A gente foi tentar apaziguar os nossos jogadores para evitar maiores conseqüências.”
Como toda história tem dois lados, Rogério Pereira, balaústre da confusão, deu a sua explicação:
- “Não xinguei nem ofendi a torcida. Isso é coisa de jogador marqueteiro que quer fazer média com a torcida.”
Eu, particularmente, acredito que não foi um ato de má fé. Ou pelo menos assim quero acreditar. Seria de tamanha brutalidade, e imensa falta de respeito – tanto para a torcida quanto à memória de Cláudio Milar, remexer em águas paradas da maneira como foi feito.
Sou pacifista, não aprovo nenhum tipo de violência. Mas no calor da hora, e, claro, SE EU FOSSE o Danrlei, teria dado aquela clássica voadora que tanto consagrou no Grêmio, bem no meio das costas desse Zé Mané.

Broilo


Danrlei e companheiros – Inexigibilidade de outra conduta

Complementando o que foi publicado abaixo expresso meu posicionamento no sentido de que, pelas imagens que passaram na televisão, o jogador da Ulbra realmente provocou a torcida do Brasil durante o jogo realizado no Bento Freitas dia 19 de fevereiro ao fazer o quinto gol de seu time. Se a repetição do gesto famoso de Claúdio Milar na hora da comemoração dos gols,morto de forma trágica em pleno exercício de sua atividade, não é provocativa, então poucos atos poderão ser qualificados como tal.

Lamentável um ser humano ter esse tipo de conduta. Incompreensível. Entendo que os jogadores do Brasil não deveriam ser punidos pela reação que tiveram, enquadrando-se no conceito jurídico de inexigibilidade de outra conduta . A punição deveria ser destinada ao provocador insensível e desrespeitoso.

Quem aceitaria passivamente tal atitude? Homens cansados no limite da exaustão física e emocional, após uma verdadeira via crucis com oito jogos em dezesseis dias e ainda por cima assistem ,ao final de mais um massacre no campo de jogo, o companheiro morto ser alvo de chacota por parte do adversário. Convenhamos, é demais.

Solidariedade mais uma vez ao Brasil de Pelotas.

Força Xavante!

Escrito por Miss Lou Lou

Academy Awards, Oscar 2009*

*Mateus Broilo da Rocha

Mais um ano tem seu inicio, e mais uma vez começam os preparativos para a maior festa de gala do tapete vermelho. Desde o dia 25 de fevereiro de 2008, muitos filmes estrearam na telona, uns recentes outros nem tanto, mas igualmente participarão da 81ª edição do Academy Awards, marcada para o dia 22 de fevereiro de 2009. Segundo a visão do arquiteto David Rockwell, esta edição de 2009 será “toda azul”, a idéia de cenário é “trazer de volta a intimidade dos primeiros anos da festa, quando tudo eram taças de champanhe, banquete e festa”.

Filmes como, O curioso caso de Benjamin Button (recordista em indicações, 13, ao Oscar nesta edição) dirigido por Daivd Fincher, conta a história de um homem nascido sobre circunstâncias incomuns; Benjamin Button, personagem de Brad Pitt, nasce velho, aos 80 anos, e rejuvenesce à medida que os anos passam; entra na briga com uma pitada extra de favoritismo em categorias como: Melhores Efeitos Visuais; Melhor Maquiagem e Melhor Filme. Ironman (criação de Stan Lee, Marvel, popular nas HQ’s) conta a história de um magnata egocêntrico, Tony Stark, personagem vivido por Robert Downey Jr., que ao sofrer um acidente, durante a exposição de uma das suas armas tecnológicas, decide largar os vícios que o compunham, e construir uma armadura para salvar os cidadãos e a si mesmo; ganhou uma adaptação para as telas. Adaptação que ao meu ver, o público – em si – teve uma certa desconfiança pelo fato de não ser um super-herói tão legal quanto os outros por aí, msa que acabou rendendo bons frutos. Na minha opinião, é um dos melhores filmes do gênero estando atrás apenas de Spider-Man, do primeiro – óbvio. Disputa nas categorias de Melhores Efeitos Visuais e Melhor Som. The Dark Knight, dirigido por Christopher Nolan, finalmente o filme que os fãs esperavam, dispensa comentários, portanto, vamos direto a indicação póstuma de Heath Ledger, interpretando o Coringa – resumindo Jack Nicholson “a nada” - a personificação da Teoria do Caos, um psicopata criminoso ensandecido cuja (única) obsessão é humilhar Batman, personagem de Christian Bale. Tem indicações, principalmente, nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante.

Se me é permitido dizer, Slumdog Millionaire, dirigido por Christian Colson, conta a história de um jovem de um bairro pobre de Mumbai, cidade da índia, decide participar de um programa de perguntas e respostas na televisão; mesmo sendo analfabeto, ele surpreende a todos ao ganhar o jogo, o que levanta suspeitas de que pode ter trapaceado, no entanto, o rapaz queria, apenas, reconquistar a guria que ele ama; tem uma boa proposta e vem com uma boa expectativa para sair com alguns “homenzinhos de ouro”. Realmente pode surpreender, pois foi indicado em diversas categorias (mais precisamente 10), entre elas a de Melhor Filme.

Kate Winslet, que já competiu como coadjuvante em 1995 com Razão e Sensibilidade e em 2001 com Iris; como protagonista em 1997 com Titanic, em 2004 com Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e ainda em 2006 com Pecados Íntimos, e nunca sequer ganhou. Esta é a sexta indicação da diva, e concorrerá como Melhor Atriz com o filme O Leitor. Porém, já sabemos para quem vai o premio de Melhor atriz, “and the Oscar goes to(?)”… para a brasileira em Zurique.

Broilo

Fonte: http://spoilermovies.com/tag/oscar-2009/

Escrito por blogperspectiva

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Grêmio 3 x 0 Brasil-PEL


Fica difícil fazer uma análise individual do jogo entre Grêmio e Brasil-PEL, realizado na noite de terça-feira no estádio Olímpico. Primeiro porque tratava-se de um jogo experimental em que Celso Roth colocou em campo um time mesclado, alternando prováveis titulares com definitivos reservas. Em segundo lugar porque foi o jogo de Danrlei, motivo que creio eu levou os mais de dez mil torcedores ao estádio. O fato de que os jogadores do Xavante foram submetidos a um martírio neste primeiro turno pela FGF colabora para a impossibilidade de análise.

Mas a principal razão pela qual não é possível avaliar o jogo da noite de ontem é que a principal atração não esteve nas quatro linhas. A torcida gremista – leia-se os torcedores que vão na geral e que criam o espetáculo da torcida -, insatisfeita com a direção do clube que cortou benefícios vem praticando boicotes nos jogos no Estádio Olímpico. As tradicionais “barras”, as faixas e os bumbos não estão sendo levados aos jogos e os integrantes, para deixar bem clara a insatisfação, deixam um corredor aberto no meio do local onde costumam se reunir (atrás do gol que fica na direita das Sociais do estádio).

Como no jogo anterior contra o Juventude, não cantaram durante a partida. O estádio não pulsou. O jogo que já era entediante pelo futebol dentro de campo ficou mais sonolento ainda pelo silêncio sepulcral que vinha das arquibancadas. Até que no segundo tempo algo de estranho aconteceu. Um pequeno grupo de torcedores estendeu faixas e bandeiras no lado oposto ao da tradicional Geral e cantava, ainda que em baixo som, as músicas que embalam o Grêmio há meia década. Não eram mais de 20 inicialmente, mas faziam o que o Brasil inteiro se acostumou a ver nos jogos no Estádio Olímpico: torcedores incondicionais cantando para o que der e vier, não se importando com fim de regalias e benefícios. O grupo foi ganhando integrantes com o decorrer do segundo tempo e aí sim passou a fazer barulho: passados 20 minutos, o tradicional setor da Geral já se via com menos da metade dos torcedores que ali estavam quando o jogo iniciou.

O silêncio na antiga Geral foi quebrado. Assustados com a debandada e percebendo o fracasso de seu motim contra o Grêmio, voltaram a cantar. As duas “Gerais” protagonizaram no segundo tempo um duelo particular de quem fazia mais barulho: a “nova”, movida pelo sentimento de amor ao Grêmio que faz superar richas pessoais com direção ou quem quer que seja; a “tradicional” cantava para provar que não o fez antes porque não queria. O jogo que era para ser de Danrlei e de Germán Herrera tomou um rumo diferente. Ficou a sensação de que o Grêmio está em segundo plano nesta rinha Direção-Torcida.

Quanto ao jogo, os gols do Grêmio foram marcados por Herrera, Makelele e Ortemán, sendo os dois primeiros com participação efetiva de Jadilson. Douglas Costa voltou a jogar com a camisa do Grêmio e teve participação discreta, apesar de ter ficado claro seu bom relacionamento com a gorduchinha – a popular bola. Danrlei fez defesas milagrosas e o Brasil, bem, fez o que era possível. 8 jogos em 16 dias acabam com qualquer um.

Primeiro tempo

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Segundo tempo- a debandada da Geral silenciosa povoou o setor oposto

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A gata pianista

Escrito por Miss LouLou

O nome dele é Roth, Celso Roth*

*Mateus Broilo da Rocha

16/02/2009

Com tantos atacantes, nosso querido técnico, Celso Roth, continua a insistir em um esquema que não dá certo, o horrendo e desesperado 3-6-1. Mesmo que este esquema dá a possibilidade de manter absoluto controle na ala central, o popular meio-campo (como bem foi demonstrado no último Gre-Nal) não é o bastante para facilitar a vida do atacante Alex Mineiro (como bem foi demonstrado no último Gre-Nal) mantendo assim a abstinência de gols. Já o 4-4-2 com a participação de Jonas, trabalhando junto com Alex Mineiro no ataque, não o deixando assim tão isolado, vem demonstrando resultados bastante eficientes.

Na vitória de 2 a 1 sobre o Avenida, com surpreendente pitada de juízo, Roth escalou a dupla e instituiu o 4-4-2 desde o início. Mesmo com as assistências de Alex e a boa fase de Jonas, a Excelência continua a defender o esquema suicida.

Agora, com mais dois atacantes para reforçar o time, Herrera e Maxi López, o brilhante Celso Roth diz que está numa situação “desconfortável”, pois tem muitas opções e não sabe exatamente o que fazer. Sinceramente, antes reclamava pela falta de opções, agora reclama pelo excesso, o que ele tem na cabeça?

Se não bastasse a teimosia de Roth, outro problema está preste a retornar. Perea está em faze final de recuperação da lesão sofrida na pré-temporada em Bento Gonçalves. Não ficaria surpreso se o Colombiano voltasse como titular do Grêmio, afinal, estamos lidando com Celso Roth.

Broilo

Mateus é gremista e sabe que o maior adversário do Grêmio na Libertadores da América veste azul e tem Juarez no meio do nome


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A imigração sem poesia

Para começar este artigo, convido o leitor a meditar brevemente sobre este poema:


E os trens que vêm de Bauru
Trazem cheia a segunda classe,
Com catingas de porão de navio,
Com choros de crianças embrulhadas em grossas lãs
européias,
Com caras rubras queimadas de sóis estrangeiros,
Famílias salubres e miseráveis
Que o Brasil chamava, miragem de ultramar.

Nesse amontôo de povo mal dormido
— Cabeças com lenços de cores, boinas de veludo negro —,
Nesses corpos fétidos que os beliches balançaram
Na travessia do vapor inglês,
Há uma poesia profunda,
Há uma poesia violenta,
Poesia das plebes agrícolas da Europa,
Poesia de raças antigas e obstinadas
Que qualquer coisa para este lado do Atlântico atrai;
Poesia da sorte desconhecida sobre o mar,
Poesia do porto de Santos,
Poesia da São Paulo Railway Company,
Poesia da Capital entrevista na bruma,
Poesia da imigração.


Este poema de Ribeiro Couto foi publicado em 1933. O autor é paulista e a imagem que o inspirou é a das estradas de ferro do Interior paulista e seus trens apinhados de gente “das plebes agrícolas da Europa” atraídos para um Brasil verde, pujante e vazio, imagem clássica da América dos sonhos dos europeus pobres.O rico solo da terra paulista foi uma mãe grata para milhões, a maioria deles italianos, cujo patois ítalo-paulista, característico até hoje de boa parte daquele Estado, batizou a terra que lhe matou a fome de “terra rossa” – terra vermelha em italiano, “terra roxa” na corruptela brasileira que passou à história. O trem de Ribeiro Couto passa pela “terra roxa”, circundada por serras cobertas pela Mata Atlântica e pelas florestas de Araucárias, mas poderia perfeitamente falar do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro ou do Espírito Santo, e, talvez do Mato Grosso e do Amazonas. Poderia falar do imenso Planalto Brasileiro – as “Brazilian Highlands”, dos mapas ingleses – que se estendem do Norte do Rio Grande do Sul ao Sul da Bahia, dos vales riograndenses e catarinenses, dos centros antigos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Manaus e Belém do Pará. Poderia falar de quase todo o país.

Um país que viu sua população quintuplicar em menos de setenta anos, passando de menos de 10 milhões de pessoas para mais de 44 milhões entre entre 1870 e 1945, época em que esta poesia da imigração foi entoada. Ao povo brasileiro, fruto da miscigenação do colonizador português, dos índios que restaram e dos escravos africanos, juntou-se esta massa gigantesca de gente de todos os cantos do mundo, do Japão à Alemanha, de Portugal à Rússia, do Oriente Médio à Grã-Bretanha, que coloriu o já coloridíssimo panorama étnico brasílico. Este brasileiro que os recebeu estranhou seus hábitos, suas línguas “do demo” e, em alguns casos, até sua religião. Acabou por aceitá-los e misturar-se a eles, ou deixar-se perder no meio deles. Deixou também que ocupassem as terras virgens do Brasil, a fim de que buscassem em solo brasileiro o pão que suas pátrias infelizes não lhes davam. Deixou ainda que construíssem bairros e cidades inteiras à imagem e semelhança das suas terras natais para que não fossem atormentados pelo sentimento doloroso que ele, brasileiro, tão bem conhecia – e que, dizem, só ele conhecia – , chamado saudade. Deixou também que abrissem mercearias, bares, padarias, pizzarias, cervejarias onde poderiam vender livremente a comida que sempre faltou e passou a lhes sobrar – e também passou este brasileiro a beber cerveja e vinho, a comer pizza, sushis, salsichões, kibes e pastéis, a jogar futebol, a usar bonés, a falar “tchau”, “caramba”, “estrudel”, “chimia”, “caricatura”, “catzo” e tantas outras expressões alienígenas. Por fim, para completar a receptividade, o brasileiro deixou que seu rosto, seu nome e seus próprios hábitos se alterassem – passou a se chamar Schmidt, Rossi, Hidalgo, Nakamura, Scott, Mansur e outros que ele nem sequer aprendeu a pronunciar direito. Seu rosto virou, como no poema, uma cara rubra queimada de sol, mas não estrangeiro, sim brasileiro – o sol brasileiro destinado a iluminar e a queimar o rosto de todas as raças.

Diante disto tudo, diante deste poema com o qual o brasileiro recebeu o mundo inteiro, uma notícia como a da brasileira que teria sido agredida na Suíça, ou casos semelhantes não deve gerar ódio ou raiva e muito menos acordar uma xenofobia adormecida, quase morta, no coração de nosso povo, oriundo em grande parte justamente destas “raças antigas e obstinadas” que hoje não nos deixam sequer visitar a terra de onde partiram para sentirmos um pouco o ar que nossos miseráveis e famintos avós respiraram, comermos a escassa comida que lhes estava disponível, bebermos o pouco vinho que jazia no fundo de suas garrafas, caminhar, enfim, pelas estradas que seus pés – e não seus sapatos – cansadamente palmilharam. Não devemos nos sentir injustiçados quando os italianos, os mesmos que, por calcarem as mãos de tanto trabalharem nas lavouras, nas fábricas e nas cantinas, ganharam o apelido de “carcamanos”, nos expulsam de sua pátria com os bons gritos que nos acostumaram a conhecer. Nem devemos gritar aos céus pelo olhar frio e arrogante dos alemães, os mesmos que encontraram nos nosso verdejante interior a paz que sua pátria, presa de intermináveis conflitos internos e externos, de raça e de idéias, só logrou encontrar há menos de vinte anos; e muito menos devemos achar minimamente estranho quando ninguém menos que os portugueses, expulsos de sua pátria não pela guerra mas sim pela dura e simples fome, fome da comida que seu solo pedregoso e pobre não lhes dava, fome de liberdade que seu país preso de ditaduras lhe negava, fome, enfim, de dignidade, de humanidade mesma – quando eles, que são 700 mil em nosso país, chamam os 50 mil brasileiros que hoje estão em Portugal de ladrões e as 50 mil brasileiras de prostitutas. As portas que se fecham diante de nós, portas de ferro, protegidas por pontudas lanças, impedem a velha Europa de receber esses indesejáveis vagabundos que o mundo – o Terceiro Mundo – repeliu, não nos devem provocar dentes cerrados, órbitas saltadas, dores de cabeça ou reações mal pensadas, como a do nosso próprio presidente.A única coisa que devemos fazer, com a certeza e a decisão dos que, como o apóstolo pregou, abandonam uma vida para entrar em outra, é crescer. Crescer duramente, como os adolescentes divertidos e alegres que são obrigados a se tornarem adultos taciturnos e tristes. Crescer decididamente, como os jovens sonhadores que abandonam os sonhos de juventude para adquirirem o pragmatismo dos “vencedores”. Crescer em tudo, da cabeça aos pés, de coração e alma, de dentro para fora e de fora para dentro. Em cada praça deste gigantesco país devíamos pendurar letreiros coloridos com os dizeres “Urge que cresçamos”, mesmo que isso doa. Porque, caros compatriotas, é importante ficar claro, e muito claro, que um povo que consagra as nobres palavras da poesia a um bando de estrangeiros famintos é, sem a menor dúvida, nada menos do que um povo tristemente infantil.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

Teatro da Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Recebemos o seguinte e-mail do vereador Toni Proença, que exerce seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores de Porto Alegre:

Caros amigos,

É com prazer que lhes informo que o Teatro Glênio Peres, localizado na Câmara Municipal de Porto Alegre, está selecionando propostas artísticas na área da música, teatro e dança para a sua ocupação no decorrer do ano de 2009.

O projeto tem por objetivo inserir o Teatro Glênio Peres no circuito de artes da capital, além de incentivar o desenvolvimento da cultura no nosso Estado, principalmente com a modalidade “Novas Caras”, criada para estimular nossos jovens artistas a debutarem nos palcos.

Os interessados (ou aqueles que conhecem grupos ou pessoas que possam ser), devem mandar um email para memorial@camarapoa.rs.gov.br com o formulário de inscrição que lhes envio em anexo. Lembrando que podem se inscrever pessoas físicas e jurídicas, e a programação dura de abril a novembro, com ingressos gratuitos.

Em caso de dúvida, o edital pode ser lido no site da Câmara Municipal (http://www.camarapoa.rs.gov.br), no link “Edital Teatro Glênio Peres”.


Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Astronomia na Antigüidade e suas origens


Mateus Broilo da Rocha*


Ao contrário do que é suposto por muitos, a astronomia não é razão de deleite de alguns poucos. Esta por sua vez é, provavelmente, a ciência natural mais antiga, com suas origens em práticas religiosas pré-históricas; vestígios dessas práticas que ainda são encontrados na astrologia, hoje uma pseudociência, que por muito tempo foi entrelaçada com a astronomia. Astronomia que etimologicamente significa “lei das estrelas”, nasceu e cresceu gradativamente para suprir as necessidades sociais, econômicas, religiosas e também culturais. É, atualmente, uma ciência que se abre num leque de categorias paralelo não só aos interesses da física, mas também a matemática e biologia.

A astronomia antiga envolvia-se em observar os padrões regulares dos movimentos de objetos celestiais visíveis, especialmente o Sol, a Lua, estrelas e os planetas vistos a olho nu. Com as observações dos astros, os antigos poderiam estudar, por exemplo, a mudança da posição do Sol ao longo do horizonte ou ainda as mudanças nos aparecimentos de estrelas no curso de um ano. Através dessas observações do movimento aparente dos astros, esses dados poderiam ser usados como prognósticos astrológicos confeccionando assim alguns tipos de calendários ritualísticos, e até mesmo agrícolas. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como: chegada do período das chuvas; período em que o ano fica mais quente ou mais frio; épocas em que o clima propicia nas plantações e nas colheitas, entre outras aplicações. Este conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras idéias de constelações surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos astros contra um quadro de referência fixo. A astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários.

Mas o ápice da ciência antiga se deu na Grécia, por volta de 600 a.C. e 400 d.C., a níveis só ultrapassados séculos mais tarde. Com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, e do esforço dos gregos, surgiram os primeiros conceitos astronômicos como: Esfera celeste, que acreditavam ser uma esfera cristalina incrustada de estrelas com a Terra em seu centro; Eclíptica (assim chamada pois os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica), que é o caminho aparente que o Sol percorre dentro da esfera celeste; o Zodíaco, dividida em doze constelações em forma de animais – estas, por sua vez, para serem consideradas zodiacais, devem ser atravessadas pela linha da eclíptica (atualmente são treze as constelações do Zodíaco, com a constelação de Ofiúco, também chamada de Serpentário, tendo um pequeno aparecer entre elas). Os gregos relacionavam a astronomia como um ramo da matemática, a um nível bem sofisticado. Astrônomos da Antigüidade eram capazes de diferenciar entre uma estrela e um planeta, já que as estrelas permaneciam relativamente fixas durante os séculos enquanto os planetas moviam-se consideravelmente em um tempo comparativamente menor.

Para mais informações sobre o 13º Signo, Ofiúco, segue abaixo um link que trata a respeito de maneira bastante detalhada:

http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/polemica.htm

* Mateus Broilo da Rocha é estudante de Física e gosta de olhar para as estrelas.


Ainda a reforma ortográfica


Eis aqui o texto mais engraçado sobre a Reforça Ortográfica da Língua Portuguesa.

Para uma piada de português (sem trocadilho), nada melhor do que umas boas gargalhadas.

P.S.: Atenção nos comentários, schifaizfavoire.

Escrito por Celso Augusto Uequed Pitol

BLUES DA ENCRUZILHADA *


*Maurício Rezende Pereira

johnsion

Opa amigos do blog, venho a vós novamente escrever sobre música (como de praxe). Dessa vez venho lhes apresentar com certeza um dos maiores musicos de todos os tempos, musico do delta blues, e inventor de novas tecnicas usadas por muitos até hoje.

Enfim, vamos logo com a breve historia de sua vida, que não posso esconder de meu caros amigos, que vem a ser um pouco misteriosa e um tanto curiosa.

Robert Leroy Johnson (ou somente Robert Johnson) foi um guitarrista e cantor de Blues, um dos melhores eu diria. Viveu razoavelmente pouco, de 1911(data não comprovada) até 1938, data de sua estranha morte, a qual falaremos a seguir.

Johnson escreveu somente 29 musicas, que até hoje são tocadas pelos maiores nomes da musica mundial como Eric Clapton.

Dizem os sussurros mais distantes, que Robert tenha conseguido sua incrível habilidade de tocar e cantar de maneira macabra e pouco ortodoxa, sim amigos, ele teria vendido a sua alma para o “coisa ruim”. Tal acordo teria sido feito na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississipi, feito a pacto com o demo teria sucesso e grande carreira no blues, seria o melhor guitarrista que nascera em todos os tempos, mas com um preço, dali a algum tempo, depois de desfrutar dos louros da “fama”(convenhamos que fama em 29, era tocar em algum lugar sujo em alguma esquina empoeirada), ele teria de morrer e entregar sua alma.

Mas isso é somente uma lenda, dizem.

A versão mais aceita entre todos é a seguinte:

Em 1938, num bar chamado “Tree Forks” Johnson bebeu um copo de whisky envenenado com estricnina, preparado pelo dono do bar, esse que achava que Robert estava “flertando”com sua esposa. Sonny Boy Williamson, amigo de Jonson teria avisado sobre o whisky adulterado, mas ele não deu importância e bebeu mesmo assim. Robert se recuperou do envenenamento mas contraiu pneumonia e morrera três dias depois em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississipi. Muitas versões existem sobre sua morte, mas tudo é um mistério, pois, no seu certificado de óbito cita apenas “No Doctor” (Sem Médico) como causa da morte.

johnsion2

Johnson certamente não inventou o blues, mas foi muito importante para algumas modificações no modo de tocá-lo, empregou mais técnicas, riffs mais elaborados e maior ênfase nas cordas graves para ditar um ritmo na música. Existe uma linha direta entre o delta blues de Johnson e o rock n’rool que viria a fazer tanto sucesso.

Bom, demônios e anjos de lado, esse é o resumo da vida de um dos maiores músicos do mundo, acreditem na versão que quiserem, ou preferirem, mas por favor nada de sair vendendo sua alma por encruzilhadas pelo mundo.

Abraços!!

Crossroad Blues : http://br.youtube.com/watch?v=Yd60nI4sa9A&feature=related
Mauricio Rezende

* Maurício Rezende Pereira já colaborou anteriormente no Perspectiva. Estuda Engenharia Mecânica, aprecia quadrinhos e o bom e velho Blues. No momento, recupera-se de uma lesão que o afasta do convívio social mas o aproxima de nosso leitor. Desejamos melhoras!


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bixos, trote universitário


Mateus Broilo da Rocha*

Bem, amigos do Blog Perspectiva, eu não sou conhecido de vocês ainda, mas hei de ser daqui por diante. Antes de mais nada, sinto-me na obrigação de introduzir minha pessoa, meu nome é Mateus Broilo Da Rocha – salvo piadas – não tratarei de assuntos restritos tampouco escreverei com freqüência (sim, eu não aderi à Cretinice Ortográfica ), não sou jornalista, muito menos um aspirante, portanto, imparcialidade não faz a minha imagem.

“Quantas outras pessoas queriam ser BIXOS como vocês? Vocês são os calouros da federal, o trote é um tipo de boas-vindas”.

Foram estas as palavras proferidas a mim e a mais tantos outros alunos em uma quinta-feira à tarde ao fim de uma aula de ‘Química Fundamental A’. Sou universitário do curso de Física – Bacharelado da UFRGS, e lembro bem que no início do ano letivo, do primeiro semestre da faculdade, eu estava com a mão direita fraturada. Para ser mais preciso, tinha fraturado o quinto metacarpiano – sim sim mesmo problema que lutadores de Boxe, em algum momento de suas carreiras, passam – e não, não pratico Boxe -, msa de fato estava eu com o ante-braço engessado. Foi, no mínimo, contagiante aquele trote, pois, eu estava/estou da Universidade Federal do Rio Grande do Sul! Passamos pela brincadeira do elefantinho*– calma, eu explico -, e fomos sujos de tinta; erva-mate; azeite; farinha; água de peixe; esmalte; batom; terra; vinagre… ( imagina o cheiro da gente ao final, e eu preciso pegar um ônibus e o trem para voltar para casa ). De certa forma, foi um trote saudável, pois não exigiu da nossa saúde, e só participou quem quis. Enfim ninguém saiu ferido. E espero que neste ano de 2009, nos trotes na UFRGS, e de qualquer outra das demais instituições, não haja violência como foi o caso de algumas universidades do estado de São Paulo.

É impressionante a tamanha falta de respeito com que os veteranos ‘de lá’ demonstraram frente a essa brincadeira. Uma caloura, grávida de três meses foi queimada em várias partes do corpo com um líquido onde um dos constituintes era creolina, produto este exclusivo de uso animal. Em outros lugares, os estudantes foram submetidos a sessões onde deveriam rolar sobre fezes de animais, quiçá humanas. Ainda em outros lugares, estudantes foram chicoteados – sim, chicoteados – e embebedados a ponto de entrarem em coma alcoólico. Parece que esses trotes universitários cada vez mais vêm se tornando assunto de polícia, e se não forem contidos de alguma maneira, continuarão sendo manchetes das páginas policiais. Vale a pena lembrar, também, da morte do calouro Edson Tsung da USP, não me recordo o curso, há 10 anos atrás, onde ele e tantos outros foram jogados dentro de uma piscina e espancados se tentassem sair. Na manhã seguinte, o corpo, já sem vida, de Edson fora encontrado boiando na piscina. Edson Tsung não sabia nadar, maa mesmo assim não era motivo para não participar da “brincadeira”.

*A brincadeira do elefantinho diz que devemos, todos, nos curvar; passar uma das mãos por baixo das pernas da pessoa a nossa frente e segurar em uma das mãos dela; passar a outra mão por baixo das nossas pernas e segurar nas mão da pessoa de trás. Andar, ainda curvado, e, em nossa condição de Aspirantes a Físico, gritar: “ Uto, uto, uto, engenheiro é tudo p***(!)

* Mateus Broilo da Rocha é estudante universitário, gremista e sobreviveu ao trote.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Avenida 1 x 2 Grêmio


Victor – Falhou bisonhamente no gol do Avenida, saindo do gol da forma errada

Ruy – Bom jogo, mostrando que foi uma contratação acertada: jogou bem em todos os esquemas

Rever – Como sempre, não falhou. Mostrou a segurança habitual

R. Marques – Bom jogo, está mostrando um futebol superior ao de Léo

Fábio Santos – Apareceu pouco na partida e não deu muitas opções pelo seu lado

Adilson – Boa participação defensiva marcando com vigor. Errou algumas jogadas bobas, mas deve evoluir

W. Magrão – Em um lance infeliz, se machucou logo no início da partida

Tcheco – Estava mal até ser substituído por lesão

Souza – Precisa parar de cobrar escanteios. Fez boa partida com grande movimentação, mostrando que está adaptado completamente

Jonas – O melhor do Grêmio. Além de ter marcado os dois gols, mostrou oportunismo, talento e sorte. É o atacante titular

Alex Mineiro – Inteligente e com excelente toque na bola. Mas um pouco devagar em algumas jogadas e precisa voltar a fazer gols

Maylson – Entrou muito melhor do que costumava jogar. Claro, ainda não está completamente adaptado ao time, mas em relação ao que jogava, surpreendeu

Makelele – Correu bastante

Herrera – Deixou um pouco a desejar, mas recém voltou a atuar. Com o tempo deve melhorar


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Maurício Saraiva descobre o mercado soviético


Maurício Saraiva , durante a transmissão do jogo Avenida x Grêmio, fez referência à transferência do jogador Rafael Carioca para o mercado soviético.

Onde será que fica tal lugar? Não consigo localizar em nenhum mapa pós 1991.

Escrito por F Rules


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sapucaiense x Brasil – uma nova experiência


O Brasil de Pelotas já desfrutaria de nossa simpatia por contar entre seus atletas com a presença do lendário Danrlei, herói da adolescência da maioria dos integrantes desse blog. Somado a isso o time conta com jogadores como Jorge Mutt, ex-Grêmio, e Thiago Magalhães Pereira. Motivados por tudo isso, decidimos realizar um programa diferente nessa sexta-feira escaldante de verão: fomos assistir a um jogo do campeonato gaúcho sem a presença do Imortal tricolor. Com este propósito nos dirigimos a São Leopoldo rumo ao estádio Cristo Rei.

Os últimos dias de horário de verão nos proporcionaram um início de noite claro às 20h quando chegamos a São Leopoldo, limpa e organizada cidade do Vale do Sinos. São Leopoldo melhorou muito nos últimos anos, com a ressalva dos recém plantados coqueiros na rua João Correia ao invés de árvores que dão sombra. Não conseguimos entender a predileção que os administradores tem por esta planta que não alivia em nada dos malefícios do sol que agride a pele dos gaúchos.

As imediações do Cristo Rei, no setor destinado aos visitantes, é um lugar agradável e muito arborizado. Tivemos boa impressão já na chegada. Imaginávamos que seríamos poucos torcedores do Brasil, mas a torcida Xavante demonstrou que realmente está disposta a fazer seu papel nesse difícil momento que o clube atravessa. Lá estavam eles, com seus trapos, suas bandeiras e seu amor incondicional que permite pagar 20 reais por ingresso em arquibancadas sem as mínimas condições de conforto.

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Amor xavante

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Esperando o Brasil

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Saudando o campeão do bem-querer

E entra em campo o time que percorre uma verdadeira via crucis nesse Gauchão 2009, com jogos a cada 48 horas, enfrentando viagens de várias horas entre um estádio e outro. Extenuado, sem condicionamento físico, sem treinamento adequado por absoluta falta de condições para isso, o Brasil enfrenta o Sapucaiense.

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E não é surpresa o fato de que leve dois gols, antecipando provável derrota acachapante. No entanto, sua leal torcida não aceita isso e segue apoiando , incentivando os combalidos combatentes que vestem a preta e enlutada camisa do Brasil de Pelotas. E eles correspondem com dedicação, empenho e dignidade, empatando a partida. Empate com sabor de vitória, dadas as circunstâncias, devidamente comemorado dessa forma, com gritos de “eu acredito”.

A torcida é aplaudida pelo time de forma sincera e não apenas formal ao final do jogo. Justo reconhecimento ao 12º jogador.

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dsc01743 Amor e fé

Encontramos nas arquibancadas, com sua cortesia habitual, um nome emblemático, integrante do primeiro time gaúcho campeão do mundo.

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Paulo Cezar Magalhães

Enfim, valeu a pena nosso primeiro jogo de Gauchão fora do Olímpico. O estádio do Aimoré, mesmo com instalações precárias para o nosso nível de exigência, situa-se num local muito agradável e o ambiente proporcionado pela torcida do Brasil nos fizeram ter vontade de repetir a experiência.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Grêmio 2 x 0 Juventude


Victor – Fez uma grande defesa, mas foi só. O Juventude foi frágil no ataque

Léo – Foi melhor ofensivamente que nos últimos jogos. Na defesa, mantenho algumas restrições

Réver – Brilhante, não falha

R. Marques – Bem também, foi substituído no intervalo por razões pessoais do treinador

Ruy – Continua se afirmando na equipe. Bom jogo

Diogo – Ruim, muito ruim. Fez um favor ao Grêmio ao levar o terceiro amarelo e ser suspenso

W. Magrão – Em geral foi bem, embora tenha errado muitos passes

Tcheco – Teve mais ousadia e mais participação. Só que ainda precisa ser mais agudo ofensivamente: muitas vezes parece temer uma jogada individual

Souza – Excelente partida, fez gol e movimentou-se muito. Principal jogador da equipe até agora

Jadilson – Tem qualidade e deixa isso visível, mas é instável. Errou muitas jogadas bobas na partida

Alex Mineiro – Tem um toque de qualidade extremo na bola mas sofre com o esquema fracassado que vem sido adotado.

Jonas – Continua provando que é titular da equipe. Entrou e fez grandes jogadas, inclusive acertando a trave

Herrera – Ainda fora de ritmo, mas mostrou um bom futebol. Deu o passe para o segundo gol, de Souza, e brigou bastante

Adilson – Jogou pouco tempo

Escrito por FRules

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Oasis em Porto Alegre?


Um grande produtor de eventos daqui garante: as chances de Porto Alegre receber neste semestre um show do OASIS são de 50% – Quer dizer, algo tipo “definitely maybe”… A banda inglesa se apresentaria no dia 12 de maio, em local a ser definido.

O mesmo empresário ainda assegura que a banda dos irmãos Liam e Noel Gallagher vai tocar naquela mesma semana em Curitiba, no dia 15 – “99% certo”, afirma ele.

Mas não adianta ir conferir lá no site do grupo porque nada disso ainda foi confirmado oficialmente. Por enquanto, a turnê do disco Dig Out your Soul só tem datas divulgadas na Europa Ocidental, no Japão, na China, na Coreia do Sul e na África do Sul.

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Escrito por FRules