sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sapucaiense x Brasil – uma nova experiência


O Brasil de Pelotas já desfrutaria de nossa simpatia por contar entre seus atletas com a presença do lendário Danrlei, herói da adolescência da maioria dos integrantes desse blog. Somado a isso o time conta com jogadores como Jorge Mutt, ex-Grêmio, e Thiago Magalhães Pereira. Motivados por tudo isso, decidimos realizar um programa diferente nessa sexta-feira escaldante de verão: fomos assistir a um jogo do campeonato gaúcho sem a presença do Imortal tricolor. Com este propósito nos dirigimos a São Leopoldo rumo ao estádio Cristo Rei.

Os últimos dias de horário de verão nos proporcionaram um início de noite claro às 20h quando chegamos a São Leopoldo, limpa e organizada cidade do Vale do Sinos. São Leopoldo melhorou muito nos últimos anos, com a ressalva dos recém plantados coqueiros na rua João Correia ao invés de árvores que dão sombra. Não conseguimos entender a predileção que os administradores tem por esta planta que não alivia em nada dos malefícios do sol que agride a pele dos gaúchos.

As imediações do Cristo Rei, no setor destinado aos visitantes, é um lugar agradável e muito arborizado. Tivemos boa impressão já na chegada. Imaginávamos que seríamos poucos torcedores do Brasil, mas a torcida Xavante demonstrou que realmente está disposta a fazer seu papel nesse difícil momento que o clube atravessa. Lá estavam eles, com seus trapos, suas bandeiras e seu amor incondicional que permite pagar 20 reais por ingresso em arquibancadas sem as mínimas condições de conforto.

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Amor xavante

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Esperando o Brasil

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Saudando o campeão do bem-querer

E entra em campo o time que percorre uma verdadeira via crucis nesse Gauchão 2009, com jogos a cada 48 horas, enfrentando viagens de várias horas entre um estádio e outro. Extenuado, sem condicionamento físico, sem treinamento adequado por absoluta falta de condições para isso, o Brasil enfrenta o Sapucaiense.

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E não é surpresa o fato de que leve dois gols, antecipando provável derrota acachapante. No entanto, sua leal torcida não aceita isso e segue apoiando , incentivando os combalidos combatentes que vestem a preta e enlutada camisa do Brasil de Pelotas. E eles correspondem com dedicação, empenho e dignidade, empatando a partida. Empate com sabor de vitória, dadas as circunstâncias, devidamente comemorado dessa forma, com gritos de “eu acredito”.

A torcida é aplaudida pelo time de forma sincera e não apenas formal ao final do jogo. Justo reconhecimento ao 12º jogador.

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dsc01743 Amor e fé

Encontramos nas arquibancadas, com sua cortesia habitual, um nome emblemático, integrante do primeiro time gaúcho campeão do mundo.

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Paulo Cezar Magalhães

Enfim, valeu a pena nosso primeiro jogo de Gauchão fora do Olímpico. O estádio do Aimoré, mesmo com instalações precárias para o nosso nível de exigência, situa-se num local muito agradável e o ambiente proporcionado pela torcida do Brasil nos fizeram ter vontade de repetir a experiência.


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