segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

*Algumas considerações sobre o Oscar 2009

*Mateus Broilo da Rocha

O palco desta edição do Academy Awards realmente foi de embasbacar. Com todos aqueles cristais, e a interatividade do cenário – mudava a toda hora, uma “paisagem” para cada uma das principais premiações. Sem falar da genial apresentação de Hugh Jackman, que além da pitada de humor, como já é de praxe da apresentação, demonstrou ser um excelente cantor ao longo dos musicais. Digo o mesmo de Anne Hathaway que participou do show de abertura. Realmente é uma linda mulher, dona de uma belíssima voz, concorrendo como Melhor Atriz, mas ainda muito “fraca” para receber tal premiação. Algumas das premiações já eram esperadas, mas confesso que outras me surpreenderam. Por exemplo, o Oscar de Melhor Ator foi para Sean Penn em Milk. O filme conta a história de Harvey Milk (personagem vivida por Sean Penn), o primeiro político assumidamente homossexual da história dos EUA; nos anos 70, ele foi supervisor da prefeitura de San Francisco, sendo assassinado em 1978 junto com o prefeito George Moscone. Eu tinha absoluta certeza que Brad Pitt seria premiado, devido a sua excelente atuação em O Curioso Caso de Benjamin Button, segundo alguns críticos, o melhor dos seus trabalhos até o momento. Como já era de se esperar, Heath Ledger ganharia o Oscar (póstumo) como Melhor Ator Coadjuvante, em The Dark Knight. Vivendo a personagem de Coringa ‘the Joker’ buscando uma forma de humilhação pública e definitiva ao Cavaleiro das Trevas, Batman, personagem de Christian Bale. Ledger, neste filme, realmente mostrou todo seu potencial – e como eu já havia dito, resumiu Jack Nicholson a nada. Sem sombra de dúvida, com esta atuação não ganhou apenas o premio de Melhor Ator Coadjuvante, mas o lugar de melhor Coringa tanto para os fãs quanto para os críticos. E digo mais, poderia muito bem ter concorrido ao prêmio de Melhor Ator. Também, Penélope Cruz – esta é a segunda indicação ao Oscar, sendo a primeira como Melhor Atriz em 2006 em Volver – foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante. Não foi uma briga difícil, sendo, talvez, ameaçada apenas por Viola Davis (sua primeira indicação) em Doubt e Marisa Tomei em The Wresteler. Claro que Kate Winslet, após cinco indicações e nenhuma conquista, ganharia na sexta vez! E nesta edição como Melhor Atriz, bom começo de vitórias. Kate Winslet interpreta Hanna Schimtz em The Reader, uma alemã de cerca de trinta anos que esconde seu passado obscuro de um amante adolescente. Não preciso nem comentar a premiação por Melhores Efeitos Especiais para O Curioso Caso de Benjamin Button. E por último, mas não menos importante, as premiações de Slumdog Millionaire – um filme que tem a ver com o sentimento atual da América (de esperança e de mudança), porém não tem tanto o estilo da Academia -, pateticamente traduzido para Quem Quer Ser um Milionário?, entre elas a de melhor filme. Concorrendo com outros tantos filmes de peso, que com certeza tinham, pela crítica, teriam mais chance de saírem vitoriosos. Não foi o que aconteceu, se não estou enganado Slumdog Millionaire foi o mais condecorado da noite, e do ano. Este é um breve resumo da maior noite de gala do ano, espero que o nível seja mantido paras as demais edições.

Broilo

Fonte: http://spoilermovies.com/ http://blogdovinicius.wordpress.com/2009/02/19/oscar-2009-melhor-filme-e-direcao/

Escrito por blogperspectiva

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