quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Astronomia na Antigüidade e suas origens


Mateus Broilo da Rocha*


Ao contrário do que é suposto por muitos, a astronomia não é razão de deleite de alguns poucos. Esta por sua vez é, provavelmente, a ciência natural mais antiga, com suas origens em práticas religiosas pré-históricas; vestígios dessas práticas que ainda são encontrados na astrologia, hoje uma pseudociência, que por muito tempo foi entrelaçada com a astronomia. Astronomia que etimologicamente significa “lei das estrelas”, nasceu e cresceu gradativamente para suprir as necessidades sociais, econômicas, religiosas e também culturais. É, atualmente, uma ciência que se abre num leque de categorias paralelo não só aos interesses da física, mas também a matemática e biologia.

A astronomia antiga envolvia-se em observar os padrões regulares dos movimentos de objetos celestiais visíveis, especialmente o Sol, a Lua, estrelas e os planetas vistos a olho nu. Com as observações dos astros, os antigos poderiam estudar, por exemplo, a mudança da posição do Sol ao longo do horizonte ou ainda as mudanças nos aparecimentos de estrelas no curso de um ano. Através dessas observações do movimento aparente dos astros, esses dados poderiam ser usados como prognósticos astrológicos confeccionando assim alguns tipos de calendários ritualísticos, e até mesmo agrícolas. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como: chegada do período das chuvas; período em que o ano fica mais quente ou mais frio; épocas em que o clima propicia nas plantações e nas colheitas, entre outras aplicações. Este conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras idéias de constelações surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos astros contra um quadro de referência fixo. A astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários.

Mas o ápice da ciência antiga se deu na Grécia, por volta de 600 a.C. e 400 d.C., a níveis só ultrapassados séculos mais tarde. Com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, e do esforço dos gregos, surgiram os primeiros conceitos astronômicos como: Esfera celeste, que acreditavam ser uma esfera cristalina incrustada de estrelas com a Terra em seu centro; Eclíptica (assim chamada pois os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica), que é o caminho aparente que o Sol percorre dentro da esfera celeste; o Zodíaco, dividida em doze constelações em forma de animais – estas, por sua vez, para serem consideradas zodiacais, devem ser atravessadas pela linha da eclíptica (atualmente são treze as constelações do Zodíaco, com a constelação de Ofiúco, também chamada de Serpentário, tendo um pequeno aparecer entre elas). Os gregos relacionavam a astronomia como um ramo da matemática, a um nível bem sofisticado. Astrônomos da Antigüidade eram capazes de diferenciar entre uma estrela e um planeta, já que as estrelas permaneciam relativamente fixas durante os séculos enquanto os planetas moviam-se consideravelmente em um tempo comparativamente menor.

Para mais informações sobre o 13º Signo, Ofiúco, segue abaixo um link que trata a respeito de maneira bastante detalhada:

http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/polemica.htm

* Mateus Broilo da Rocha é estudante de Física e gosta de olhar para as estrelas.


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