domingo, 22 de fevereiro de 2009

O pivô de um quase desastre*

* Mateus Broilo da Rocha

Um ano após o Grêmio ter sido eliminado do Campeonato Gaúcho, pelo mesmo polenteiro alviverde, na mesma etapa do campeonato (quartas de final) e no mesmo estádio (Olímpico Monumental), quase que a mesma história veio a se repetir. O jogo mal havia começado, e Fábio Santos – o pivô de um quase desastre – recua a bola de tal maneira juvenil possibilitando o domínio da mesma pelos pés leves de Ivo, do Juventude, dando início a uma situação semelhante a “queda de peças de dominó”. Já ouviram falar da Teoria do Caos(?), o forte determinismo das condições iniciais? Pois então, não podemos culpar a expulsão de Victor, afinal, ele fez o que é da sua natureza de goleiro, proteger o gol, evidente. Se há alguém para ser crucificado, é o ordinário do Fábio Santos – que de Santo não tem nada.

Finalmente, o fabuloso Celso Roth decidiu começar um jogo de maneira inteligente e descente, com o esquema tático do 3-5-2. Mas é incrível como podemos passar do céu ao inferno em menos de um minuto. Se não bastasse a expulsão do goleirão, o Divino retirou Jonas, o goleador do time – até então -, para a entrada de Marcelo Grohe, goleiro reserva do Grêmio. Claro que sob vais, ressalvas e um coro gritado pela torcida gremista: “Burro! Burro! Burro! [...]”. Celso Roth definitivamente é uma espécie de Macunaíma, porém, o Anti-Herói gremista.

O jogo continua, aos trancos e barrancos, e com uma singela ajuda do Juiz – aliás, péssima arbitragem do mesmo -, expulsou Alex Moraes logo aos oito minutos da primeira etapa em, ao meu ver, lance normal mesmo sendo o último homem da defesa. Lance para no máximo cartão amarelo. Não estou reclamando, muito pelo contrário, não achei justo, mas sou gremista, o que seria do futebol se não houvesse os erros de arbitragem(?), isso mesmo(!). seria uma monotonia só. Ainda sem contar o claro lance de pênalti anulado a favor do Juventude. Alex Moraes, ao sair do jogo (expulso), disse o que todos pensaram, ou pelo menos o que eu pensei: “Ele quis compensar! Era óbvio que ele faria isso!”.

É esplêndida a maneira como Roth, O Anti-Herói, é capaz de confundir o time adversário, e, ainda, o próprio time. Siiiiiiiim, ele troca de esquema tático, a estratégia, enfim, tudo(!), no decorrer do jogo. É difícil jogar contra duas forças – o time adversário e o próprio técnico – para isso é preciso talento, e foi o que o Grêmio demonstrou contra o terrível e péssimo polenteiro da serra, o Juventude. Momentos brilhantes de Ruy, cabeça de lâmpada; bons chutes de Souza; jogadas de efeito por parte do capitão Tcheco, como eu costumo chamar, ShevTcheco(!), ótimo primeiro tempo de Rever; um único cruzamento certeiro de Leo, realmente não sei o motivo de ele ser zagueiro; e uma não tão boa partida de Alex Mineiro, mas duas finalizações que balançaram a rede, tirando, assim, a angústia da eliminação, e sua abstinência de gols.

A Copa Libertadores está chegando, para o Grêmio (último clube brasileiro a estrear) começa na quarta-feira próxima, 25 de fevereiro de 2009. Espero que o nosso brilhante “professor” Celso Roth, seja sensato de não cometer os mesmos erros que vem cometendo.

Broilo

Escrito por blogperspectiva

Nenhum comentário: