*Eugenio Brauner
Ontem fiquei com a certeza de que o ambiente no OLÍMPICO MONUMENTAL não está cheirando a jasmins, petúnias e rosas como o jardim bem cuidado da minha tia Lúcia (viu tia, falei do seu jardim?).
Tudo por culpa de 15 segundos. Mas o que é o tempo, senão algo tão relativo?
O operador de milagres São Victor começou a ter chiliques debaixo dos paus logo aos 17 segundos. E não foi de ontem não que ele bota o guri pra fora, procurando um papagaio desavisado.
Já faz um bom tempo que ele xinga a defesa por qualquer coisinha. Aliás, mais uma opinião forte de minha parte: o Victor é um Fernando Henrique (o goleiro-presidente do Fluminense) com um posicionamento melhor, pois adora pular e rolar como se estivesse em uma das peças do DAD. Ontem ele deu um senhor pulo, com braço trocado e pose para fotografia da Zero Hora, para defender um cabeçada que foi em cima dele .O Lord C, goleiro do glorioso selecionado do “ La Salle”, e que desfila a sua categoria nas canchas de cimento do Parque Getúlio Vargas, seguraria a pelota com a mão esquerda e, num chute rápido, ligaria o contra-ataque para o F. Rules, lá na ponta direita.
Celso Roth, brincando de jardineiro, conseguiu trocar as sementes de canteiro. Parece até titulo de filme dos Didi, na Sessão da Tarde: “O jardineiro trapalhão”. W. Magrão, outrora um dos destaques da equipe, perdeu-se completamente, voltando aos tempos de Mano Menezes. T. Checo, ontem mais avançado, foi de dar pena e o P. Sérgio na lateral esquerda foi para matar. E “o Menino de 80 milhões de dólares”, outro filme, ficou bem papangu com o uniforme branco.
E pensar que o cara treinou escondido uma semana para apresentar aquilo ontem. Os mais iludidos irão dizer: “Tomamos um gol aos quinze segundos”. Mas em verdade, em verdade vos digo, que os listrados de azul preto e branco não estão jogando nem peteca nas últimas partidas.
A liderança, ou melhor, a perda dela, é só uma questão de tempo. Também, com um jardineiro desses, quem precisa de um regador?
Nenhum comentário:
Postar um comentário