segunda-feira, 27 de outubro de 2008

* Hasta la vista, baby


*Eugenio Brauner

Tal e qual uma noiva abandonada no altar, o Inter despede-se do sonho de contrair núpcias com a Libertadores 2009.

É um fim melancólico para um time de milhões, que foi apontado pela crítica esportiva (des)especializada como um dos favoritos ao título do PMDBzão 2009.

O que dói na massa colorada, vermelha de raiva e de vergonha, é ver o arqui-rival despontar como o mais belo do baile, rodeado pelas mais belas chinocas, todo desejoso de levar a mais bela potranca para o quartinho dos fundos do bolicho.

O Inter, como o joguinho dos sete erros, abusou do juízo. Aliás, acho até que a direção colorada foi, em peso, tirar os sisos no dentista mais próximo do Beira-Rio. Listo, a seguir, os sete erros que aguaram o chopp colorado na temporada.

  1. Montar um time no meio da temporada. Saíram Fernandão, Iarley (e os vermelhos preceisando de ataque, vide Adriano), Sidnei e outros. Chegaram D’Alessandro, Daniel “Roliço” Carvalho, Gustavo Nery e mais uns tantos.
  2. Ausência de laterais. O Inter não tem lateral direito e esquerdo. Ângelo não joga nem no Flamenguinho da Vila Cruzeiro. Nery é enganador e as alternativas não são boas: Ricardo Lopes, Ramon e Bustos. A situação é tão ruim que o Marcão virou a solução, novamente.
  3. Clemer como titular. Nem preciso falar mais, pois um goleiro que tem o seu nome ovacionado pela torcida adversária, quando da escalação do sistema de som, deve-se desconfiar.
  4. A direção. Píffero é um velhinho simpático e “faladoire”, como diz o meu avô e o Luigi, bem, este nem sabe o que é futebol, imagina dirigir o tal departamento. Estes dois são tão “fraquinhos” que até o F. Carvalho está se contaminando: colocar a culpa do segundo gol do Atlético no Sandro foi para matar. Olha o cheque-especial Carvalho!
  5. Falta de um atacante para fazer companhia ao Nilmar ou, ao menos, para adentrar nas quatro linhas e fazer bonito. Adriano não dá e não sei quem inventou de dizer que o Daniel “Pancinha” Carvalho é atacante.
  6. Edinho. Não acerta passe, não faz gol, não se machuca e nunca é suspenso. E, ainda por cima, é capitão. Para quem teve Fernandão com a braçadeira é melhor colocar o dedo no fiofó e rasgar, outra do meu avô.
  7. Tite. Um treinador que fala e fala e fala e fala e fala e nunca melhora nada. Não tem convicção alguma no que faz, tem medo de ganhar e insiste sempre nos mesmos jogadores, além de não dar chance para a gurizada (Sandro, Walter ou qualquer outro lateral-direito que deve ter nas categorias de base) ter uma seqüência. O Senhor, definitivamente, não é o meu Pastor.

Enfim, é muita besteira para passar em branco. Resta, agora, a Sula Miranda ou melhor, a Sul-Americana, que não é nenhuma Mara Maravilha, mas dá para o gasto.

Satisfaçam-se!

*Eugenio Brauner, ex-FICO, ex-Camisa 12 e atualmente coordenador do Núcleo de Poesia da Guarda Popular, tem uma foto do Fernando Carvalho (ao lado do Abelão e do Ceará) pendurada no quarto.

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