sexta-feira, 7 de novembro de 2008

R.E.M em Porto Alegre


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Verão de 2001. O costumeiro e insuportável calor de Janeiro para quem tem de permanecer nas cidades distantes da brisa do mar. A temperatura e os insetos voadores me conduzem em busca do alívio proporcionado pelo ar condicionado. Como meu quarto é o lugar onde este alívio está presente é onde permaneço a maior parte do tempo em que estiver em casa. E foi de lá que ouvi os sons que indicavam que os demais parceiros desse blog assistiam ao Rock in Rio de 2001. Enquanto isso eu lia no meu quarto refrigerado. Nem aí para os roqueiros.

Ocorre que no outro dia a televisão reprisou os shows e fui convidada a assistir a performance de uma banda que trataram por “espetacular”. Como uma concessão generosa sentei-me na sala para acompanhá-lo no que seria a reprise do espetáculo da noite anterior. E então, como diria aquele narrador de futebol: Feito!!! Sim, porque é impossível ouvir Michael Stipe e companheiros e não ficar fã de carteirinha. Assisti ao show gravado no mínimo por cem vezes, até praticamente decorar cada gesto do vocalista daquela que reputo como sendo a melhor banda do mundo enquanto lamentava pelos anos perdidos em que deixei que REM acontecesse sem que eu ficasse sabendo. Além disso, restava a certeza de que NUNCA teria chance de assistir a um show da banda. Se em 20 anos de carreira nunca tinham estado do Brasil certamente não retornariam e se retornassem não seria para este paralelo 30.

Como compensação sobraram Cds, Lps, fitas, DVDs, revistas, jornais, que foram comprados ávidamente pela nova fã.

E agora, sete anos depois, a oportunidade de assistir REM ao vivo, com direito a autógrafo de Mike Mills no ticket, ao final do show.

O estádio Passo D´Areia, do São José ( sem essa de Zequinha Stadium nesse lado do mundo,por favor) à primeira vista não seria o local indicado para um show do REM. Pelo que tenho conhecimento inaugurou seu papel de anfitrião em eventos de grande porte com o espetáculo de ontem. Sob o prisma circulação de veículos o local é excelente, com acesso fácil e saída também fácil. O tumulto que seria no Beira- Rio ou Olímpico todos sabemos. No interior do estádio,só o que considerei inadequado foi a saída, pois o público de aproximadamente 15.000 pessoas, ficou comprimido em um único portão, ocasionando grande demora. Claro que a presença de um “clone” de Jesus Cristo nas arquibancadas provocando brincadeiras dos retirantes amenizou a lentidão. Fotografado, aplaudido, alvo de piadinhas o rapaz entrou no clima acenando, agradecendo com mesuras e,a pedido, beijando a namorada.

Claro que sempre sobram aspectos desagradáveis. Nesse show o único que encontrei para não dizer que só falei de flores foi o mau-humor do atendente da banca de objetos da banda. O jovem estava aparentemente muito contrariado por estar ali na pista perto do palco. Pois é. Será que é funcionário da Opinião Produtora?

Encontramos por lá o Luciano Calheiros,repórter da Sportv em Porto Alegre, que demonstra ter uma personalidade compatível com a profissão escolhida. Conquistou admiradores pela sua simpatia e amabilidade.

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Fim de tarde e o público ocupando a pista

feira-055-redimensionado1Pista lotada

rem23aArquibancadas

Como tivemos dificuldades para sair do estádio demoramos para chegar ao local onde estava o carro. Casualmente este local era ao lado do portão de onde a banda sairia.Imaginamos que já teriam ido embora (aproximadamente 45 minutos haviam se passado do final do show), mas como algumas pessoas ali estavam resolvemos conferir. Então nós e mais umas vinte pessoas ficamos por ali, com a remota esperança de vermos os integrantes da banda de perto. De repente surge Mike Mills e dirige-se a uma van.Chamei-o, ele acenou, sorriu ,ignorou meu apelo e seguiu em direção ao veículo. No entanto, deve ter sido inspirado a ser justo e atender-me pois de repente saiu de trás da Van e foi até onde estavamos. Gentil e sorridente assinou tickets, catálogo da turnê , CD e só saiu após esgotar os pedidos. Desnecessário dizer que cativou a todos. Aliás já havia cativado quando apresentou-se com camiseta da Seleção Brasileira de 2006 (a 7 de Adriano) e solicitado uma bandeira do Brasil ao público, que levou consigo.

Michael não atendeu aos apelos de chegar até onde estavam os fãs e embarcou na Van, mas é compreensível pois depois de um show com aquela carga de energia, o vocalista certamente estava “moído”.

Enfim, tenho certeza de que aqueles que estiveram no Estádio do São José sairam satisfeitos por terem participado de um ótimo show de rock. Difícil é ter de “baixar o preço”, pois nível REM não é sempre.

Leia também: R.E.M os EUA que aprendemos a gostar

Publicado por Madame Li Li | | | 5 Comentários |

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